O Inferno de Dante

Capítulo 8

Dante

Após a iniciação como Homem de Honra, fui designado pelo Don Giovanni a exercer a função de soldado. Meu pai não queria que eu recebesse tudo de mão beijada, se algum dia eu quisesse ser o chefe dessa organização, teria que aprender de baixo e subir.

Adorava ser soldado, podia ir pra rua e matar. Trabalhava com meu tio Gino, um dos capos de meu pai e eu era um executor. Torturava prisioneiros, matava com requintes de crueldade e era temido.

Minha outra diversão era sexo. Comia todas as putas e quando entrei na universidade, as estudantes também me davam facilmente. Às vezes, ia executar algum serviço para meu tio e voltava pras festas da fraternidade. Todos me viam como um playboyzinho.

No submundo, eu era a reencarnação do demônio. Quando os traidores tinham que me encarar, era como se entrassem no verdadeiro Inferno de Dante.

Naquele dia, após uma sessão de sexo com uma das putas de Jaqueline, meu pai me ligou pedindo que eu fosse a mansão. Ele precisava conversar comigo urgente.

Quando cheguei em casa, cumprimentei minha mamà com um beijo e me dirigi ao escritório. Já fazia mais de um ano que eu vivia em uma apartamento próprio, de frente pro Central Park. Naquele lugar eu tinha toda a liberdade de fazer minhas orgias.

Meu pai estava lá me aguardando ao lado de meu avó, meus tios, Joe Bianchi, chefe da família Bianchi e meu amigo Enrico.

"Buonasera, senhores. A benção, meu Don" disse beijando o anel de meu pai.

"Que bom que chegou, Dante. Sente-se."

Sentei e aguardei o que eles queriam que eu fizesse. Tinha certeza que seria designado para algo. Parecia sério, já que envolvia duas das mais prestigiadas famílias de Nova York.

"Bom, meu filho, sabe que algumas famílias vem perdendo a força ao longo dos anos, tivemos algumas baixas, capos presos, mas tanto os Bianchis quanto os Martinellis tem se mantido fortes e por isso, para o futuro, vamos realizar alianças entre essas duas famílias e nos fortalecer cada vez mais."

Não era o que eu esperava, mas eu sabia o que significava.

"Como não tenho nenhuma filha mulher para oferecer em matrimonio, escolhi minha sobrinha Martina como noiva de Enrico e assim que ela for maior de idade, eles se casarão. A você, meu filho, foi escolhida a menina Rosanna, irmã de Enrico. Ela tem dez anos agora, e quando for maior, se tornara sua esposa."

E assim, foi selado o meu destino e o de Enrico e entrelaçado com os destino de Martina e Rosanna.