Capítulo 7: Sozinho se chega mais rápido.

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O olhar vultuoso provido pelo torpor que estava sendo gradativamente interrompido por chacoalhões levemente incomodativos. Ainda com a visão turva, percebeu-se incapacitado de mover seus punhos. Ao cair em si, se viu preso por uma algema e por corda nos pés. Não só isso, sua boca estava sendo selada por uma silver tape. Ao desviar os olhos para a esquerda numa tentativa de entender o que ocorrera, vê a doutora com as mãos no volante. Quanto mais desperto ficava, os solavancos ficavam mais intensos.

— Oh, finalmente você acordou! – Disse a doutora, que ainda estava com a máscara medicinal escondendo sua beleza. — Dormiu be – Uma turbulência violenta a interrompe, e dava pra ver pelo olhar dela que a situação não estava nem um pouco agradável.

Barry emitia alguns sons, que seriam palavras se não estivesse impossibilitado de falar.

— Calma aí docinho. – Após conseguir uma brecha, retira de maneira brusca a silver tape da boca de Barry.

— O-O que está acontecendo?? – Ele a questionava, assustado.

— Não dá pra explicar agora. Tô tentando fugir de uma situação difícil. – Ela dizia, com a máscara abafando sua dócil voz. — Você vai ter que me ajudar. Em cima do carro tem uma metralhadora montada. Você sabe o que fazer.

— Ah, sim. Mas como eu vou ajudar se meus punhos estão presos?!! – Uma leve irritação era sentida na voz de Barry.

— Dê um jeito, ou senão não sairemos daqui inteiros.

— Ah cacete...

Com uma grande dificuldade, ele conseguiu levar as mãos aos pés e retirar a corda que o envolvia. Em seguida, tentou abrir a porta do veículo, porém a velocidade do vento que se formava devido a velocidade do veículo a fechou em instantes. Para contornar o imprevisto, quebrou a janela que não era tão grande, mas era possível que Barry passasse por ela inconfortavelmente. Ainda com as mãos presas uma na outra, subir para a parte superior do veículo parecia impossível, mas sua natureza maleável o permitia alcançar o topo.

Ali, lhe foi permitido ver os três veículos que os perseguiam, juntamente com um helicóptero. Todos eles pareciam ser de alta tecnologia, além de resistentes. Havia em cada um uma metralhadora montada, o que indicava que Barry estava num carro daqueles.

Ao se aproximar da metralhadora, apenas tocá-la já o fez perceber a sua potência. Eles ainda estavam vivos pelas esquivas que a condutora realizava maestrosamente.

— Isso vai fazer um estrago. – Concluiu após se preparar para abrir fogo. Então, mesmo com as mãos atadas, começou a atirar, primeiramente no helicóptero. A cadência era estupendamente rápida, e Barry conseguia manter a mira precisa mesmo com o tremor que os disparos causavam, e consequentemente o afetava também. Assim, ele consegue derrubar o helicóptero quando acerta seu piloto. Por acaso, ele caiu justamente na estrada, e a queda causou uma explosão bela de se ver, afetando dois dos três carros.

— Uuuuuuuuhuuuuuuul!!!! – A emoção tomou conta dele. Aquela turbulência que a arma montada causava e o efeito destrutivo dela deixava Barry levemente satisfeito. Não bastou muito para que o próximo veículo também fosse explodido também. Tendo feito, voltou para dentro da mesma maneira que saiu.

— Bom trabalho. Não é à toa que sua cabeça está a prêmio.

— Obrigado, eu acho.

— E não se preocupe, a armadura vai protegê-los da explosão.

— Tá... Mas pra onde você está me levando?

— Confie em mim. É um lugar seguro.

— É meio difícil confiar em alguém depois que ela injeta uma seringa no seu pescoço.

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