Capítulo 4: O que me motiva a ser herói.

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— Então quer dizer que alguém matou Maykon? – A pessoa dizia, voltada para o grande vitral de seu prédio, o qual admirava a imensidão de sua cidade. A noite banhava a metrópole, fazendo as com que as luzes pintassem cada canto daquela região.

— Sim senhor. Os membros da Macacos Flamejantes disseram que o assassino se chama Barry. E de acordo com eles, não tinha envolvimento com nenhuma outra gangue ou organização. – Um segundo homem, com um tablet na mão o atualizava das informações. Parecia ser seu trabalho.

— Me diga, como ele é?

— Cabelos brancos e curtos, sem roupa na parte de cima; apenas uma calça e uma capa vermelha. – Mantinha seu vasto olhar ainda na cidade.

— Alguém que pratica assassinato na minha cidade não pode ficar impune. Quero a polícia atrás dele, e se não for o suficiente, teremos que tomar medidas piores.

— Certo, prefeito Willian.

— E a circulação de drogas da gangue do Maykon ainda está funcionando?

— Sim! Apesar de ter enfraquecido o poder da gangue, eles ainda estão na ativa.

— Ótimo. Desse jeito é bem melhor. Nossos clientes não iriam ficar satisfeitos se ficarem sem seus... meios de satisfação.

— E sobre os imigrantes de Fallow City? Qual a sua decisão?

Willian: Vocês ainda não resolveram isso?! Que porra vocês estão fazendo?? – Ele virou furioso por algo tão simples. — Eu mandei deixar todos entrarem. Não podemos deixar os nossos irmãos russos na mão, principalmente Dimitri. Tenho que acertar umas dívidas com ele ainda. E além disso, quanto mais pessoas entrarem nessa cidade, mais dinheiro por proteção chegará em nossas mãos.

— Okay. Irei resolver isso agora mesmo. – O que parecia ser o secretário sai da sala de reunião, deixando o prefeito sozinho, encarando a cidade em seu período noturno.

— Ah... Minha doce Crawn... Levei anos pra deixar você do jeito que é hoje. Eu não vou deixar nenhum justiceiro de merda te destruir.

Barry acordou de repente com os primeiros raios de sol, sentado no banco de passageiro de um caminhão.

Ele olhou para o lado e o motorista estava atento na estrada, mas conseguiu, com sua visão panorâmica vê-lo acordando.

— Opa, acordou? Já estamos quase chegando.

Barry limpa a baba que estava escorrendo no canto de sua boca, desperta seu cérebro e o responde. — Ah, sim. Mais uma vez, obrigado pela carona.

— Não é nada. Ajudar alguém nunca é demais.

— Eu dormi por muito tempo? Não é uma viagem tão grande até lá, né?

— Não se preocupe com isso. Não é incômodo nenhum pra mim. Seu destino é parte da minha rota.

Tenho sorte de conseguir uma carona com um cara legal. – Pensou Barry, feliz por finalmente não ter encontrado nenhum traiçoeiro.

— E o que você vai fazer por aqueles lados?

— Eu sou um caminhoneiro, oras. Vou pra lá e pra cá sempre. – Solta uma gargalhada. — Eu estou voltando para Unit, meu lar.

— Unit? Eu vi uma notícia sobre lá. Parece que a cidade está sob uma onda de assassinato.

— Ah é? Já faz um tempo que eu não volto mais lá; mas naquela cidade, assassinato é o que não falta.

— E sobre o vigilante, você ouviu falar dele?

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