Capítulo 8: Erros.

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O som da moto em alta velocidade foi diminuindo ao chegar em sua garagem de maneira estupefata. Barry não conteve sua agitação ao sair quase pulando do assento traseiro.

— Deu tudo certo! Você sabe o quanto eu estava esperando para que algo desse certo pelo menos uma vez?

— Tch. Isso mostra o quão incompetente você é sozinho. – Sophie o incomodava com suas palavras ao tirar o capacete, balançando seus cabelos curtos de uma maneira suavemente truculenta.

— Isso não me afeta mais, doutora. Estamos no começo de um novo começo, e isso aqui – Apontava para a caixa. — Vai tornar as coisas mais fácil pra nós.

— Doutora... – Uma curva em sua testa entoava sua irritação ao ser chamada assim. Isso não era nem um pouco incomodativo para ela, mas a maneira estúpido como Barry a chamava desse jeito, inexplicavelmente a deixava esbravecida brevemente.

— Vamos entrar logo. Eu quero experimentar.

A cientista deu de ombros, estando já perto da porta de entrada. Os dois lá dentro iniciaram uma análise acirrada da maleta em si.

— Abre aí.

— Pode ser você.

— Mas você já é acostumada a mexer com coisas desse tipo.

— Mas você a trouxe. Te dou as honras de abrí-la.

— Então... Vamos para um lugar mais científico.

— À vontade.

Barry leva a maleta para a sala de análises de células, aquela mesma sala obscura onde suas células foram analisadas e meteu a maleta em cima da mesa. Sem a enrolação de antes, com dois cliques ao destravá-la, a maleta estava aberta. Dentro dela, 10 ampolas com a substância azulada, perfeitamente alinhadas.

— Então, é isso. Não quebraram.

— Que estranho... Não era esse tipo de potenciador que estava previsto. Eles estavam escondendo coisas. Que filhos da mãe.

— Que??! Quer dizer que essa não funciona?!

— Não sei. Só testando pra saber. – Ela parecia empolgada, já que prontamente segurava o injetor. — Só preciso de um pouco de seu sangue agora.

Um simples processo de retirada de sangue foi feito, e com o que foi tirado, a cientista misturou com o líquido dentro da ampola.

— Por que eu me arrisco tanto?

— Sem riscos não há vitórias. – Começou a encaixar a substância no injetor.

Barry se aproximou de Sophie, que se preparava para novamente injetá-lo. Ele se manteve firme durante o processo. Aquela dor não passava de uma picada de inseto perto de tudo o que aguentara até agora.

— Prontinho.

— É isso?

— É. Não tá sentindo nada?

— Não...

— Bem, acho que essa substância não deve ser um potenciador. Normalmente, você já estaria sentindo seu sangue esquentar ou seu interior se revirando e_ – Sophie foi interrompida pelo barulho estridente do estralar dos ossos de Barry.

— GHHAAGH!!! – Ele sentia tanta dor que não era capaz de gritar qualquer manifestação de dor que fizesse sentido.

— Barry?!?!!!!?

— HAAAGHAFAAGH!!!! – Seu sofrimento não podia ser mais agonizante.

Os ossos dele estavam se enrijecendo, alguns até se reconstruindo. Ele não suportava mais nada. Seu corpo entrava em colapso.

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