Capítulo 5: Eu definitivamente não estou preso.

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Eu definitivamente estou preso.

O carro que trazia Barry chegava no Presídio Distrital de Crawn. Enquanto o portão era aberto, ele podia ver o quão fortificado a penitenciária era. Os muros de concreto eram preenchidos com atiradores de elite, além do portão que só se abria com autorização de dentro. Era um básico presídio de segurança máxima. Barry não foi a julgamento; naquela cidade, só os ricos tinham direito de se defender de uma acusação.

Seu transporte adentrou o presídio, então o policial pegou-o pelas algemas e o obrigou a andar até dentro do presídio. Durante sua caminhada súbita, observou atentamente cada canto daquela entrada. Era um belo espaço só para a entrada de detentos, mas nada que fosse de muita importância, o que realmente importava era a segurança reforçada que havia nos portões para a entrada daquela verdadeira jaula de ferro.

Após o oficial ter conversado um pouco com quem estava do lado de dentro, o portão se abriu, e novamente Barry foi levado. Após passar por diversos corredores, eles chegam numa daquelas salas de identificação de detentos.

— Nome? – O oficial de identificação perguntava, sem ao menos o olhar no rosto.

— Barry.

— Sobrenome?

— Não tenho.

— Ótimo, outro indigente. – Resmungou consigo. — Se posiciona ali.

Barry se posiciona como é lhe mandado, e assim tiram sua foto de identificação.

— Assim tá bom. Agora entra naquela salinha, tira a capa e as outras coisas e coloca seu uniforme.

— Tenho mesmo que ficar sem a capa? Eu tenho um apego emocional a ela. – Mas o oficial aponta com um olhar de indiferença para a sala.

– Okay. – O desapontamento era gritante em Barry.

Ele obedece, e cinco minutos depois já estava fora da sala, sendo levado finalmente para sua cela.

Os presidiários que estavam ao redor enquanto Barry passava escoltado por dois policiais começaram a fazer barulho quando sentiram a presença de carne nova no pedaço. Eles já sabiam quem ele era, e isso os deixavam loucos para poder arrancar o último suspiro dele.

O arrastaram até a penúltima cela. Lá, um asiático estava deitado na cama de cima. Ele então foi empurrado para a jaula que teria que dividir com um oriental, e logo é trancado lá.

— Eai camarada. Primeiro dia aqui, não é? – O parceiro de cela se prontificara, lendo um jornal, sem prestar muita atenção.

— Você notou? Que gentil da sua parte.

— Você fica com a cama de baixo.

— Beleza. – Não se mostrava interessado em qualquer coisa que ele falava. Apenas sentou-se desconfortável naquela beliche que mal cabia ele.

— Aliás, qual seu nome? – Estava instigado a conhecer seu novo "amigo".

— Barry. – Respondeu com indiferença.

— Hoho, então você é o Barry? Meu amigo... você já está bem conhecido aqui dentro. – O asiático desce da cama superior e se apresenta formalmente. – Okiato Tsuri, cleptomaníaco. É um prazer conhecê-lo.

— O prazer é todo meu. – Disse, sarcástico.

— Pra ser franco com você, acho que todo mundo aqui está querendo sua cabeça.

— Até na prisão? Quem diria que a fama teria um preço tão grande a se pagar. – Sarcástico novamente. Era quase um defeito personal que Barry tinha. – Mas e quanto a você? Quer me matar também?

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