Capítulo 6: O rei deve cair.

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— Senhor Willian, ontem o assassino de Maykon foi preso. - O secretário do prefeito disse após entrar na sala dele com sua apostila na mão.

— Oh, eu já suspeitava que esse sujeito não era grande coisa.

— Me perdoe senhor, mas tenho que lhe informar que ele fugiu no mesmo dia. Nosso informante na penitenciária nos disse que ele está indo atrás das outras gangues, começando pelos Leões.

— Mas o que?! Filho da... – Não conseguiu conter sua ira e apertou fortemente a caneta extremamente cara. — Ele já está me dando nos nervos. Não podemos correr o risco de termos mais prejuízo.

— Você quer contatá-los?

— Precisarei.

— Deseja que eu faça isso para o senhor?

— Eu te pago para isso. – O prefeito se mostrava irritadiço.

— Seu desejo é uma ordem. – Disse deixando a sala.

— A minha cidade vai prevalecer. Esse desgraçado irá morrer para que se mantenha a ordem nessa cidade.

— Minhas pernas doem. – Disse Barry depois de uma noite inteira de caminhada. Novamente, seu caminho se voltou para a parte pobre; a Merda. Mas ele enfim chegara, e não cometeria o mesmo erro que a outra vez. Ele abordou a primeira pessoa que passava pela rua, e quase a matando de susto, a pergunta.

— Por favor, onde fica a rua Angeline Trevo.

— E-E-Err... É em um bairro próximo. Se você continuar seguindo essa avenida, você chegará lá. Fica há uns 20 minutos.

– 20 minutos? Caralho, eu vou ter que andar mais ainda. – Ele diz acariciando os joelhos. — Muito obrigado.

— P-Por nada. – A cidadã torna a andar.

— Bem, não há nada que eu possa fazer.

Após uma noite inteira sem descanso, novamente ele começou a andar para o outro galpão.
Foram exatos 18 minutos para localizar o lugar. Fácil e notável, o galpão se destacava no meio das casas semi-abandonadas. Sem guarda, câmeras de segurança ou nenhum tipo de vigilância, a entrada estava totalmente livre para Barry.

— Mas isso é muito suspeito. – Suspeitou Barry. — Eles já devem estar me esperando lá dentro. Eu preciso ser cauteloso.

Do lado esquerdo do galpão, uma pequena janela trazia uma iluminação para o local, mas não pequena o bastante para deter Barry. Ao adentrar, o galpão estava abandonado, mas parecia ter sido deixado recentemente. Bitucas de cigarro recém acesos estavam largados pelo chão, mesas e cofres revirados; estava tudo desordenado, porém vazio.

— Merda... Eles foram avisados antes. Já devem ter levado tudo. – Revirava os objetos jogados por ali.

Não havia mais sentido estar ali. O tempo foi gasto e o plano estava arruinado, agora era hora de bolar outro plano.

— Se eu tiver sorte encontro um jeito de rastreá-los. Talvez marcas de pneus. Vamos ver lá fora... – Porém no mesmo instante ele sentiu o chão com uma textura diferente. Havia raspões no chão, que entregavam uma porta falsa disfarçada de parede.

— Mas olha que bando de filhos da puta. – Disse ele puxando com força a porta que revelava um pequeno espaço que parecia um escritório, cheio de gavetas com papéis, cofres com dinheiros e informações cruciais para qualquer delação.

— Eles estavam planejando voltar para cá depois que eu viesse, espertinhos. – Sem perder tempo, Barry começou a vasculhar os papéis. — Comprovante de venda de drogas, localização de contrabando. Essa merda é das grandes. Vou ter muitas provas contra esse Leo. – Começou a guardar muitos papéis, o máximo que conseguia. — Acho que é o bastante. Isso vai render algo. – Terminou sua grande conclusão.

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