Capítulo 14: Um contra todos.

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A manhã seguinte da volta de Barry foi marcada com um clima festivo, ao menos dentro do peito de Sophie. Sua euforia era tanta que não conseguia se conter parada. Ela tinha tantas perguntas e Barry estava com aquele sorriso involuntário no rosto para responder tudo.

— Mas como você conseguiu sobreviver ao ser decapitado? – Sophie perguntava após Barry ter explicado como Michelle havia o matado.

— Eu realmente morri. Foi como se eu estivesse dormindo. E aí, eu não sei quanto tempo depois, porque para mim pareceram minutos, eu acordei no fundo do mar e com a cabeça no lugar. Eu estava enrolado num pano, mas isso não foi a pior parte. Quando eu tive que nadar de volta para cima, a sensação de estar se afogando não passava. Eu detesto essas sensações pré-morte.

— Mas como você sabia que eu estava no Bastine?

— Eu admito, foi totalmente indução. Eu tive que vir andando até aqui, e quando cheguei, não havia ninguém. Porém, a armadura que você estava usando não estava no lugar, e tinha café quente na xícara. Então eu peguei a moto que você deixou, e só pra constar, eu não sabia que tinha outra.

— Eu tenho muitas. Mas então quer dizer que nasceu uma cabeça nova no lugar?

— Parece que sim.

— Então além regeneração há a reconstrução de células também! Você é praticamente um deus.

— Não é pra tanto. Por falar nisso, ainda tem aqueles potenciadores?

— Tenho sim. Eu vou pegar um pra você. – Ela se levanta do sofá em que estavam sentados e vai, voltando com o injetor.

— Onde vai ser dessa vez?

— Vire as costas para mim. Vamos fortalecer esses ossos.

Barry faz o que é pedido, mostrando seus ombros largos e sua estrutura escultural.

— Quer uma massagem.

— Se for sem as suas gracinhas eu aceito.

— Droga. Eu vou injetar, se prepara.

A agulha penetrou suavemente em sua pele grossa. E logo após a injeção, os estalos vieram, só que dessa vez Barry se forçou e conseguiu não demonstrar dor, somente uns gritos.

—  Tudo bem dessa vez?

— Sim. Acho que eu já estou me acostumando.

— Ótimo! Vai querer mais uma então?

— Não... Uma pessoa me ensinou que coisas perigosas devem ser evitadas por um tempinho. – Ele lhe deu uma piscadela.

— Então... O que você vai fazer agora?

— Vou voltar para a luta, claro.

— N-Não! Você tem que dizer que está livre.

— Mas eu tenho que terminar com as gangues.

— É que... com a prisão de Michelle, as outras gangues estão atuando muito pouco. E vá por mim, vai ser bem mais difícil assim.

— Mas por que?

— Não discuta! Não dá pra ir para as ruas agora.

— Está bem... E o que você planeja fazer agora?

— Hehe, que bom que você perguntou. Se importaria de vir comigo?

— Acho que não. – Isso bastou para Sophie puxá-lo pelo braço e levá-lo para uma garagem alternativa. Lá haviam motos até ficar enjoado de tanto contar.

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