Capítulo 19: Por água abaixo.

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Gênesi freou a moto.

Aquele grande prédio tomado como base da VERO estava lhe encarando, figurativamente. Ele sabia que não seria fácil, mas ele não deixaria aquilo tomar conta dele novamente.

Ele deu o primeiro passo para tirar aquela pedra de seu caminho, e foram passos longos até alcançar a entrada que estava propositalmente desprotegida. Eles sabiam que Gênesi ali estava, e isso não era novidade para o mesmo.

A porta se abriu automaticamente ao aproximar de Gênesi, como se estivesse o convidando. E assim que pôs os pés lá dentro, uma voz preencheu todo o local. A certeza era que vinha de um reprodutor, mas o áudio tinha uma qualidade incrível.

— Então senhor Barry, sinto que você não veio trazer boas novas.

— Está falando com a pessoa errada. – Respondia com indiferença. — Temo que esse Barry que você fala esteja morto, junto com a pessoa que ele amava.

— Ah claro. Como era o alter ego...? Gênesi, correto? Na minha opinião, falta um pouco de modéstia.

— E quem é você pra falar isso?

— Oh, quão rude da sua parte não reconhecer sua maior inimiga. Eu sou a única Camilla que conhecerás que comanda um exército inteiro. – A voz feminina que evidentemente tinha sotaque estrangeiro mantinha-se firme.

— Você não é digna de ser minha inimiga; apenas uma pedra no meio do meu caminho. – Ele então encostou seu ouvido na porta a qual se aproximou enquanto falava com Camilla.

— Sua impertinência chega a ser cômica. Veremos o quanto você consegue sobreviver. – Ela falava quando Gênesi se afastava da porta e pegou o primeiro objeto que encontrou.

— Pode deixar. – Ele joga o objeto, empurrando a porta e ativando um mecanismo que liberou um monte de gases nocivos na sala depois da porta.

Após de ter se emaranhado lá por dentro da base, a voz volta a lhe perturbar.

— Está perdido? – Camilla dizia, sarcástica.

— Um pouco, mas eu não tenho um lugar definido pra ir. – Gênesi começara a simpatizar com Camilla, tentando a tirar do sério. — Mas me diga, você por acaso está aqui no prédio?

— Talvez. Isso é uma ameaça?

— Não. Só não quero que morra sem necessidade.

— Continua sendo uma ameaça.

— Depende do ponto de vista.

Após essas palavras, Gênesi entra, através de uma porta metálica, numa sala que, quando entrou, foi surpreendido por um monte de escopetas apontadas para sua cara.

Os soldados tinham a consciência de que não conseguiriam pará-lo. Aquilo era apenas uma tentativa de fazê-lo se render.

— Rapazes... Eu já liguei com muito mais lá atrás. Para o bem de vocês, recomendo que abaixem as armas... – Mas como esperado, não teve efeito. — Não? Está bem.

Então Gênesi os derrubou, todos de uma vez com uma rasteira giratória. E após desmaiar todos, voltou pela mesma porta que entrou para novamente se perder por aquele labirinto de concreto.

Ao andar tranquilamente pelos corredores infinitos em portas, Camilla tornou a lhe incomodar.

— Já encontrou o que precisa, senhor herói?

— Eu já lhe disse que não estou procurando nada em especial. Mas e você? Vai ficar batendo papo comigo? Achei que tivesse algo melhor pra fazer.

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