Cooheart (Earth)
Pensei que fazer faculdade fosse fácil, pode até ser divertido, mas fácil não é. Principalmente quando se é filho único do dono de uma das maiores agências de modelos do país, meu pai é muito controlador e sério, mas eu procuro sempre fazer tudo da maneira mais divertida, dizem que sorrir faz bem a saúde e que prolonga os nossos anos de vida, e minha atividade favorita é fazer as pessoas ao meu redor se sentirem contagiadas pelo meu sorriso.
Meu pai sempre desejou ter um filho e por sua sorte acertou de primeira, diz que as meninas dão muito trabalho aos pais. Lutou muito para que eu fosse um estudante brilhante, queria que eu trabalhasse na agência ao seu lado e acabou conseguindo, meu desejo era de ser um arquiteto, mas meu pai sempre consegue o que quer.
Esse é o meu último ano na faculdade de economias e em alguns dias passarei a estagiar na agência da minha família para adquirir mais experiências, meu pai insiste que eu esteja a par de todos os negócios que envolvem a nossa família.
Minha aula finalmente termina e estou morrendo de vontade de sair daqui correndo ver P'Dew, deve estar a minha espera. Prometeu que iríamos jantar juntos hoje e, eu mesmo farei o nosso jantar. Quando se trata dele meu entusiasmo é maior, quero estar constantemente ao seu lado porque sempre me faz sentir melhor comigo mesmo.
Arrumo as minhas coisas e saio da sala com muita pressa, estou muito ansioso para vê-lo, chego ao estacionamento e não vejo o carro dele aqui, só espero que nada tenha acontecido, ele normalmente nunca demora.
─ Seu amorzinho ainda não chegou? – Tar diz se aproximando de mim, ele nunca perde a oportunidade de provocar.
─ Ele vai chegar. – Digo enquanto procuro por todo o lado, talvez ele chegue a qualquer instante. – Como foram as suas aulas?
─ Divertidas e as suas?
─ Normais, eu só quero ver o Dew.
─ P'Dew roubou você por completo, nem de mim se lembra mais. – Me rio da sua carinha triste e pulo para as costas dele, mas ele acaba perdendo o equilíbrio e caímos.
─ Eu nunca irei te abandonar seu malandro, seremos sempre os melhores amigos.
─ Olha o seu galã vindo te levar. – Sigo a direção dos seus olhos e vejo P'Dew se aproximando. Ele é lindo demais, hipnotiza qualquer um com os seus olhos, sua boca é incomparável.
─ Ele não é lindo? – O observo caminhando até nós, como se o mundo estivesse em cámara lenta.
─ Nem tanto.
─ Invejoso!
─ Acho melhor eu ir. Nos vemos mais tarde.
─ Ok!
Tar é meu melhor amigo desde a infância, seus pais e os meus se conhecem há muitos anos e isso tornou-nos amigos até hoje. Eu até diria que ele é como um irmão para mim se preocupa muito comigo e, apesar de termos a mesma idade, pelo fato dele ser mais alto em relação a mim, ele sente-se no direito de me proteger das pessoas, até do próprio Dew. Principalmente dele por que tem medo de que ele me magoe e mude muita coisa na minha vida, mas o P'Dew prometeu a ele que jamais fará isso comigo.
─ Desculpa pela demora, havia muito transito hoje.
─ Tudo bem. – Entrego a ele a minha mochila e vou até o seu carro. – Onde iremos almoçar?
─ O que acha de irmos comer pizza aqui perto?
─ Por mim tudo bem. – Abro a porta do carro e entro, ele faz o mesmo. – Mas o jantar será no meu apartamento como prometido não é?
─ Sobre isso... Não será possível hoje, podemos deixar para amahã? – Minha cara de decepção é obvia, eu estava à espera para passar a tarde e a noite ao seu lado. – Haverá um jantar impotante organizado pelos meus pais, teremos visitas e estão contando comigo.
─ Eu poderia ir também, assim seus pais me conhecem de uma vez. – Ele para o carro e olha para mim surpreso.
─ Já falamos sobre isso meu amor. Meus pais não precisam saber sobre isso.
─ Não precisam saber sobre isso? Como assim P'Dew?
─ Me desculpa Earth não devia ter falado dessa forma. – Me encarra e passa suas mãos nos meus cabelos. – Por enquanto eles não estão prontos para saber.
─ São eles ou você que não está pronto?
─ Você sabe que se dependesse de mim nossas familias já estariam sabendo.
Decidi permanecer calado e olhar para outra direção, não quero brigar por causa do mesmo assunto. Quando se ama alguém devemos estar prontos para enfrentar qualquer coisa, mas no nosso caso, ele sempre foge.
Por outro lado ele pode ter razão porque apenas minha mãe sabe sobre isso, não tenho coragem de enfrentar o meu pai.─ Você me perdoa?
─ Eu estou com muita fome, você não?
─ Hey! Não muda de assunto.
─ Só se você me der um beijo.
Ele me dá um beijo rápido na testa e liga o carro. Não falo nada, mas sinto que o beijo dele tem se tornado cada vez mais frio e sem sabor algum.
As horas passam voando e durante o almoço todo eu sinto que ele está cada vez mais distante, está sentado aqui comigo, mas seus pensamentos estão tão distantes.
Depois do almoço rápido ele deixa-me no meu apartamento, os pais o esperam para o grande encontro de hoje a noite, só queria saber do que se trata o jantar.─ Me dá um beijo P'Dew. – peço a ele fazendo uma careta.
─ Está bem. – beija-me lentamente e seguro sua cintura fazendo-o ficar mais perto de mim. – Tenho que ir agora
─ Tem certeza que quer ir? Ainda não anoiteceu. – digo tentando impedi-lo de ir. Eu queria passar essa noite ao seu lado, mas parece que o que ele mais quer é fugir de mim.
─ Eu preciso estar lá antes das visitas aparecerem.
─ Está bem. – eu dou um último beijo e ele se retira do meu apartamento me deixando só.
Vou até o quarto e troco as minhas roupas, vou ao banheiro e ligo o chuveiro. Debaixo da água sinto meu corpo relaxar, penso no dia de hoje e se minhas suspeitas são reais. P'Dew estava muito distante, parecia estar a esconder algo de mim. Mas espero que seja apenas impressão minha.
Termino o banho, me visto rápido e decido ir fazer compras para o jantar de hoje. Sei que não faz sentido cozinhar vivendo sozinho, mas quero aprender a preparar alguns pratos simples que P'Dew gosta.
Ligo o carro e dirijo até o supermercado, compro todos os ingredientes que necessito e pago no caixa. Assim que saio do estabelecimento a chuva começa a cair. O vento sopra com muita força e me amaldiçoo por ter deixado o casaco no carro.
No caminho de volta eu vejo alguém deitado no chão no mio da chuva, parece estar desmaiado. Paro o carro e vou à sua direção, e vejo que ainda tem os olhos abertos.
─ Você está bem? – digo e ele não responde nada. – Qual é o seu nome?
Ele não responde e vejo seus olhos fecharem aos poucos, está muito fraco e cansado. Penso numa forma de levantá-lo, mas ele é mais forte e muito alto e não sei se conseguirei carregá-lo.
Pego a pasta que está em suas mãos e coloco a mesma no carro. Arrasto-o até o carro que felizmente está estacionado perto e o levo até o meu apartamento.
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Na Passarela Do Amor (KaoEarth) - Concluído
FanfictionFanfic inspirada nos personagens da série Until We Meet Again, Korn e In. Porém aqui usei os nomes reais dos atores Kao e Earth. É tudo ficção tá! $$$$$$$$$$$$$$$$$$ Há tanta coisa que a humanidade não consegue explicar, mistérios que a vida nos a...