Capítulo 12

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Capítulo 

não revisado.

Parecia um sonho, mas as batidas do meu coração me fazem lembrar que é  real, que estava em seus braços, que era melhor do que tudo que imaginei durante todos esses anos. Fomos diminuindo a intensidade do nosso beijo, alguns selinhos para pegar folego, nos olhamos, aquele olhar que nunca esqueci, mas que agora é o olhar do homem que eu amo.

– Luna, minha Luna.

– O que acontece agora? - Perguntei, pois mesmo querendo tudo, tínhamos uma situação para resolver, Sophia e sua avó. – Sua "sogra" está no seu apartamento com sua filha, você tem que dar atenção a ela, querendo ou não. - Falei, nos afastamos um pouco, mas ainda mantinha seus braços no meu corpo.

– Podemos ir, nos dois, almoçar com Sophia, Marília não faz mais parte da minha vida, ela só quer passar algumas horas com a neta. Mas não pense que é amor, ela só quer marcar sua presença na vida da minha filha. - Ele falou com um pouco de amargura.

– Por que você acha isso? Ela é avó e perdeu a filha a pouco tempo.

– Acredite em mim, convivi com elas muitos anos e sei o que estou dizendo, mas isso não é assunto para hoje, tem um dia lindo lá fora, domingo, dia de curtir. - Segurou meu rosto e me deu um beijo terno e continuou. – E quero muito passear de mãos dadas com minha Luna e minha filha, esquecer os problemas que temos e os que vão aparecer.

– Não acha que estamos sendo precipitados? Sophia pode não gostar ... a mãe dela, Davi, está muito recente. - Estava sendo sincera, eu o queria, muito, mas e as consequências? Se prejudicasse Sophia? – Nós podemos ir devagar, preparar Sophia, esperar que Marília volte para São Paulo, vamos ganhando tempo para tudo ficar em ordem ou ao menos tentar. - Falei tentando me manter firme. Ele se afastou de mim, deu alguns passos e de costas falou.

– Talvez você tenha razão. - Virou-se. – Mas você vai continuar comigo? Eu não vou conseguir se não estiver do meu lado.

– Claro! Não tenha dúvidas quanto a isso, só vamos devagar. Temos que levar em conta que, para sociedade você está viúvo menos de dois meses, ninguém quer saber se você vivia bem ou não e, eu terminei um relacionamento tem quinze dias ... - Ele me interrompeu.

– Você estava namorando e terminou? Quem é ele? Por que terminou? ... - Agora eu que o interrompi.

– Pode parar, Davi. - Falei colocando minhas mãos em seu peito. – Tadeu foi um amigo antes de tudo, me respeitou e me fez companhia quando estava sozinha aqui no Rio e continua sendo o meu amigo. - Ele ficou me olhando, abaixou a cabeça e perguntou.

– Você teve outros namorados?

– Não, namoro firme ... que durou, só o Tadeu.

– Namoraram muito tempo?

– Quase seis anos. - Ele ficou surpreso e sentou no sofá. – Quando vim morar com Francisco ... foi quando o conheci, eles eram amigos, então nos aproximamos e tínhamos os mesmos gostos os mesmos ideais ... fomos levando, até há duas semanas, ele foi chamado para trabalhar em Goiás e o nosso namoro estava mais para uma amizade. Resolvemos, ele resolveu que era melhor acabar.

– Ele resolveu? Por que você queria continuar? - Eu não estava entendendo esse "ciúme".

– Davi, você está com ciúme? Por que ser for isso é sem sentindo.

– Não é ciúme, foi um namoro longo, você ainda sente alguma coisa por ele?

– Não Davi, por isso que acabou. Somos amigos e gosto dele como amigo, entendeu?

– Tudo bem, não tenho direito de falar ou cobrar nada. - Ainda bem que ele pensa assim. – Até porque tenho o meu passado que não é tão "simples".

– Temos um passado Davi, mas podemos construir o nosso futuro.

– É o que eu mais quero Luna. - Ele levantou do sofá chegando perto da mesa. – Acho melhor esquentar tudo, se ainda quiser um café da manhã de rainha.

Assim fizemos, esquentamos o que esfriou e comemos com prazer o que foi colocado na mesa, tudo estava uma delícia. Terminamos e juntos arrumamos a cozinha, deixando tudo em ordem. Eu ainda tinha que preparar algumas atividades para a semana na escola e, essa seria a minha "desculpa" para não acompanhar Davi até o seu apartamento. O assunto com sua sogra, tem que ser tratado entre eles, por enquanto, até eu entender melhor o que aconteceu depois do casamento e mais ainda, depois que ele descobriu que foi uma armação.

– Você vai comigo Luna?

– Melhor não Davi, tenho atividades para preparar e acho, acho não, tenho certeza que é melhor eu não estar presente nesse momento, ela pode usar isso para te atormentar ... eu ainda não sei de toda a história para te defender. - Falei sorrindo pra ele e não perdendo a oportunidade já me puxou para os seus braços.

– Vai me defender?

– Se for necessário ... até porque você faria o mesmo por mim. - Falei fazendo um carinho em seu rosto.

– Pode ter certeza, mas quando vamos nos ver?

– Você já começou a lecionar? E afinal, se formou em quê?

– Eu não falei! - Colocou a mão no queixo come se estivesse pensando e continuou. – Lembra daquela tarde lá no sítio, que conversávamos sobre o que iriamos ser quando crescer. - Perguntou com um sorriso.

– Claro que lembro, eu segui o que eu queria e você falou que iria ser veterinário para trabalhar na fazenda que Francisco trabalhasse para ficar perto de mim.

– Só que Francisco trouxe outro homem para ficar na sua vida. - Ele falou aborrecido.

– Davi!! - O repreendi. Ele sorriu e disse.

– Muito prazer, Davi Menezes ao seu dispor!! Alguma gatinha para eu cuidar. Falou estendendo a mão para me cumprimentar.

– Nossa, que legal! Mas você me disse que lecionaria?

– Sim, uma faculdade particular, me ofereceu uma vaga na área de pesquisa e consequentemente lecionar sobre a pesquisa e os resultados. Um projeto grande que vai me ajudar no meu doutorado, terminei o mestrado ano passado, já focando nessa vaga que me era oferecida desde que vim fazer um estudo nesta mesma faculdade para o mestrado. Gostei muito do que eles estavam fazendo, me candidatei e fui chamado.

– Isso é legal, eu terminei a minha pós, pensando em fazer outra graduação, mas vou esperar um pouco, gosto do que faço.

– Já que você não vai comigo ... vou ver como está o ambiente lá em casa. A noite podemos nos ver?

– É melhor não, vamos seguir assim, a gente se vê quando der, temos que esperar o melhor momento para conversar com Sophia e não pode ser agora. Está tudo muito recente, é melhor ficarmos em segredo, por enquanto.

– Você tem razão, vamos dar tempo ao tempo, mas não pense que vou ficar longe, sempre que der, vou querer estar com você.

Depois de me dizer essas palavras nos despedimos, com beijos e carinhos, já com sabor de saudades, a vontade era de não deixar ele ir.

Boa noite!

Ciúme gostoso do Davi!

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Obrigada!

Bjs!!

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