Capítulo Oito

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O apito final soou me fazendo soltar um suspiro de alívio

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O apito final soou me fazendo soltar um suspiro de alívio. Estamos nas finais! Sorri largo ao ver toda a seleção comemorando e observei que minha filha já tinha dormido no colo da minha mãe.

Ri baixo com a cena. A pequena havia feito uma algazarra para ficar acordada até tarde para assistir o jogo, e eu só concordei porque sabia que ela não aguentaria. Dito e feito.

— Deixa comigo, vai descansar. — disse para minha mãe enquanto pegava Maria do colo da mesma.

— Boa noite meu anjo. — ela depositou um beijo na minha testa e saiu.

Ajeitei a pequena no meu colo e desliguei a TV indo até o quarto dela. Pus a mesma com cuidado na cama e a cobri, apagando a luz e saindo do quarto em seguida.

Me joguei no sofá outra vez e peguei meu celular, desbloqueando o mesmo e clicando no contato de Gabriel. Ponderei algumas vezes antes de ligar, não sabia se ele ainda estava ocupado ou não. Resolvi ir pela sorte.

Após quatro toques, um Gabriel eufórico atendeu, quase me deixando surda com sua comemoração onde era possível ouvir também as vozes alteradas dos outros jogadores da seleção, Daniel Alves era um dos que mais falava alto e comemorava.

— Meu Deus. — rimos.

— Babi, desculpa não ter te atendido logo, eu só vi que meu celular tava tocando porque o Everton me mostrou.

— Sem problemas bebê — ri baixo — eu tô muito orgulhosa de você, menino! Você não tem noção do tanto que eu gritei com seu gol, não só eu como a Maria também.

— Ah para! — nós rimos — você deveria ter gravado essa cena, Babi!

— Foi mal. — disse ainda rindo.

— Muito obrigado pelo apoio morena, e aquele gol eu vou dedicar a uma mulher muito importante para mim... ele foi para a minha mãe. — deu uma risada e eu revirei os olhos rindo também.

— Fiquei ofendida mas tudo bem, só porque é a Dona Vera.

— Para você eu dedico o passe para o gol do Firmino.

— Que foi incrível por sinal, muito obrigado. Escuta, hum, por acaso vocês estão recebendo muita gente?

— Sim mas a gente já tá indo para o ônibus, como o professor mandou. Por que?

— Nada não — pigarreei — não quero que você fique no mesmo lugar que o bozo por muito tempo. — inventei uma mentira, que no final tinha uma ponta de verdade.

— Entendi — Gabriel soltou uma risada e eu fiz o mesmo — escuta morena, vou precisar desligar que o profesor quer dar uma palavra com a gente antes da gente ir embora, te amo e se cuida.

— Eu também te amo nego, fica bem e quando chegar no hotel me avisa. Beijos. — me despedi o mesmo e desliguei o celular.

Passei alguns minutos rolando o feed do Instagram e respondendo algumas mensagens no WhatsApp. E foi aí que eu lembrei dele. Eu ainda estava com o papel com seu número, o mesmo que por várias vezes eu cogitei jogar fora ou rasgar em pedacinhos mas que no fim eu guardei cuidadosamente na minha gaveta.

Mordi o lábio e encarei o nada pensativa. Eu poderia me arrepender daquilo, afinal estava cogitando ir atrás do problema que até então eu queria fugir.

Mas logo as palavras de Carol e Clarice martelaram na minha cabeça e eu bufei derrotada. Elas sempre tinham razão. Esse maldito esconde-esconde já estava ficando cansativo e uma hora ia ter que acabar.

E bom, essa hora chegou.

Levantei e fui até meu quarto, abrindo a primera gaveta do meu closet e procurando pelo pequeno pedaço de papel que eu havia jogado ali dias atrás.  Assim que achei o mesmo, abri e salvei o número no meu celular.

Precisava provar ele o contrário. Provar que eu não era uma covarde que fugia das coisas.

Sentei na cama e encarei mais uma vez a tela do celular que mostrava o número de Philippe. Deus, seu estiver fazendo burrada por favor me perdoe.

Eu: Oi, é a Bárbara.

Eu: Não sei se vai ver essa mensagem...

Eu: Mas eu queria dar os parabéns pela vitória, estava na torcida.

Philippe: Bárbara? É sério?

Philippe: Não estava esperando que meu número fosse ter alguma relevância para você pra ser sincero, achei que você queimaria o papel ou picotaria, sei lá...

Philippe: Mas fico feliz em ver que você não ficou na defensiva outra vez...

Eu: 🙄

Philippe: Brincadeira! Obrigado pelo apoio, aposto que você deu sorte.

Eu: É, eu costumo dar sorte mesmo.

Philippe: E como sempre, convencida...

Eu: Convencida não, realista tá

Eu: Bom, era só isso mesmo, boa sorte na final.

Eu: Espero que você não passe vexame ou arrume briga como hoje

Eu: Pois eu vou estar assistindo de perto.

Eu: Boa noite, Philippe.

●●●●

Que venha as finais caralhoooooo

O capítulo tá meio mixuruca mas eu prometi, então aí está. Desculpem qualquer erro ortográfico, espero que vocês gostem!

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