Capítulo Dezesseis

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Se passava das duas e meia da manhã quando o jovem casal resolveu que era finalmente hora de voltar para o hotel. Os dois haviam saido há quatro horas atrás para uma festa na praia aberta ao público do hotel e por lá, se acabaram em muita dança e bebida — porém não ao ponto de ficarem embriagados, já que Bárbara estava sempre regulando o quanto eles dois bebiam.

Philippe tinha um dos braços apoiados ao redor dos ombros da namorada e já ela rodeava a cintura do jogador com um dos braços. Ambos riam de alguma piada ruim que ele havia contado enquanto tentavam caminhar até o quarto sem tropeçar nos próprios pés.

— Amor, nós não deveríamos ter ficado fora até tarde. A Maria não podia ter ficado tanto tempo sozinha. — a morena murmurou.

— Ei, para com isso, tá? Não tem nada de errado em queremos um pouco de diversão, nós não desgrudamos dela uma vez sequer desde que chegamos aqui, Babi. E além do mais ela ficou na responsabilidade do Gabriel e da sua irmã, fica tranquila.

— Eu sei — ela suspirou — é que desde que a Maria nasceu eu não sei mas o que é diversão então eu sempre penso nela antes de qualquer festa e etc.

— Tá falando sério? Essa é a primeira vez que você vai à uma festa e bebe mais do que um copo de vodka na sua vida? — ele questionou espantado se desvencilhando da mulher para abrir a porta do quarto.

— Hum-hum. — ela fez careta e entrou no quarto.

A morena pôde finalmente tirar a rasteirinha que usava e sentir seus pés entrar em contato com chão gélido do quarto de hotel, a fazendo morder o lábio. Philippe negou com a cabeça e passou a chave na porta. O jogador caminhou até a porta de vidro do quarto e abriu a mesma, revelando a enorme piscina e a linda vista para o mar.

— Gatinha, você precisa de um pouco mais de diversão. — ele piscou e caminhou até a borda da piscina, retirando a blusa e a bermuda que usava.

— Philippe deve tá um gelo aí fora, você vai pegar um resfriado. — ela se encostou na porta e observou pular na piscina.

— Vai ficar aí resmungando ou vai vir aqui para dentro comigo? — ele perguntou divertido e ela riu baixo.

Bárbara amarrou seu cabelo em rabo de cavalo e desceu o zíper do vestido cor vinho que usava, deixando a peça cair sobre seus pés. O jogador encarava a cena atentamente, ele estava com os braços apoiados na beira da piscina enquanto seus olhos passeavam por cada centímetro do corpo da morena.

Não era como se não tivesse acostumado a vê-la assim, mas depois de tanto tempo, de repente, ele sentiu como se fosse um adolescente outra vez.

Ele podia facilmente passar o dia todo admirando a beleza da mulher.

Bárbara entrou dentro da piscina e logo foi puxada pela cintura para perto do jogador que abraçou a morena apertado.

— Sabe — ele começou — tem vezes que parece um sonho. Eu sei que é bobo falar isso mas se me dissessem que eu te teria de volta e de brinde com uma filha nossa, eu provavelmente riria da pessoa. Eu sou muito grato por vocês, vida. — ele sussurrou a última frase antes de selar os lábios da morena em um beijo calmo.

Bárbara queria poder morar naquele momento, com os braços do jogador a abraçando apertado. Se sentia completa, segura, feliz, e por um segundo ela sentia como se nada nem ninguém pudesse os tocar.

Eles eram a parte que faltava um no outro.

— Promete que isso aqui não vai embora outra vez? — ela pediu depois que eles partiram o beijo.

— Se depender de mim, nunca mais vai embora e você sabe. — ela deu um risada fraca assentindo.

Por mais que não tenha sido intencional, ela sentiu a indireta e não podia culpá-lo.

— Eu também te prometo que isso não vai mais acabar, não importa quantas dificuldades passemos, sempre vamos dar um jeito. — ela disse sincera, olhando nos olhos castanhos de Philippe.

O jogador abriu um enorme sorriso acabando com a distância das duas bocas outra vez.

— Amor, vamos entrar. — ela murmurou contra os lábios do jogador.

— Ah, agora não... — ele resmungou partido o beijo e a olhando com um sorriso ladino — nós ainda não inauguramos essa piscina do jeito certo.  — ele sussurrou no ouvido da morena, mordendo o lóbulo da orelha da mesma em seguida.

Tal ato não só fez a morena se arrepiar como ela também ruborizou fortemente. Ela odiava o fato de ficar vermelha sempre que ele falava alguma sacanagem ou frase de duplo sentido para ela, mas era quase impossível não ficar naquele estado.

E então eles deixaram de lado as delongas das preliminares e reinauguraram não só a piscina, como também a cama, o banheiro e até mesmo o carpete de camurça creme que decorava o quarto. Se ela já adorava aquela peça antes, agora então nem se fala.

Era a última noite deles em Cozumel e eles não poderiam estar levando mais a sério a frase que ouviram assim que chegaram ao hotel: "tenham uma ótima estadia".

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Opa, tudo bom? Kkkkk

Quero pedir perdão novamente pela demora da att mas a autora anda com bastante bloqueio criativo ultimamente e fica complicado escrever algo assim. Estou contando que essa fase passe logo e enquanto isso tem esse capítulo um pouquinho diferenciado rs. Desculpem qualquer erro ortográfico, o capítulo não foi revisado.

Outra coisa, queria saber se vocês se interessariam em conhecer a história da Bruna e do Gabriel. É pro meu TCC....

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