Capítulo Dez

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Rio de Janeiro, Estádio Maracanã; Final da Copa América — Brasil x Peru.

Bárbara sentiu seu coração aquecer ao ver o Maracanã lotado. O verde e amarelo tomava conta do estádio e todos os brasileiros presentes ali cantavam animadamente enquanto adentravam o local. O nervosismo estava sufocando a morena, sempre era assim, ficava uma pilha de nervos em jogos.

Sempre queria entrar no campo e ajudar seu time a ganhar, ou de vez enquando, agredir o juíz.

— O que foi? — Bruna perguntou ao ver a careta que sua irmã acabara de fazer.

— Eu acho que vou vomitar. — Bárbara respirou fundo e logo fez outra careta.

— Eu fico com a Maria, vai lá.

A mais velha assentiu e se levantou do seu lugar e caminhou ás pressas para o banheiro feminino. Estava mais nervosa do que na semifinal contra a Argentina.

Limpou a boca após colocar todo seu almoço para fora e seguiu novamente para as arquibancadas. Respirou fundo e apertou o casaco contra o corpo, estava muito frio esses dias e mesmo com o domingo ensolarado que estava, o frio permanecia.

— Eu preferiria que você tivesse ficado em casa. — ela comentou sem olhar para a irmã.

— Você sabe que eu não sou de fugir das consequências dos meus atos, não sou você. — a mais nova disse causando um revirar de olhos em Bárbara.

Gabriel já sabia que Bruna estava de volta e não tinha gostado nenhum um pouco. Por isso Bárbara queria evitar um encontro entre os dois tão cedo assim, mas sua irmã era difícil de lidar e quis fazer justamente o contrário.

Bárbara sabia que ela só queria mais confusão.

O árbitro apitou o início do jogo e ela suspirou sentindo todo seu nervosismo — que sequer havia ido embora — ficar mais forte. Maria estava em pé no colo da tia e pulava animadamente enquanto observava o jogo.

E foi em alguns depois que saiu o primeiro gol do Brasil. Everton chutara para o gol abrindo o placar para o time da casa com um passe perfeito de Gabriel. Bárbara não hesitou levantar para comemorar como todos presentes ali. Estava animada e otimista porém, ainda sim não queria dar por garantido.

Bárbara estava cada vez mais atenta ao jogo, várias vezes xingou mentalmente o juiz a cada parada desnecessária no jogo e o cartão amarelo que o mesmo dera para Gabriel. Sua vontade de entrar naquele campo e arrancar aquele juíz de lá só aumentava cada vez mais.

O auge de sua raiva e indignação foi quando um pênalti a favor do Peru fora marcado. A carioca estava furiosa e mordia a língua para não xingar na frente de sua filha.

— Ah qual é! Nem precisa entender muito para saber que essa merda não foi pênalti! — Bruna disse exaltada e ganhou um olhar mortal da irmã, o que a fez soltar uma risada antes de se desculpar.

O otimismo de Bárbara se esvaiu assim que Guerrero cobrou o pênalti e empatou para o Peru, porém, nem teve tempo de ficar emburrada já que pouco tempo depois Gabriel fez o segundo para o Brasil.

Obviamente a morena não poupou na comemoração, gritava o nome do amigo e comemorava junto com a filha nos braços. Já do seu lado, Bruna estava de braços cruzados e calada, porém a irmã conseguia ver um sorriso discreto em seus lábios.

Com o fim do primeiro tempo, a morena optou por continuar em seu lugar com a filha enquanto Bruna fora comprar comida para as três.

Com o fim do primeiro tempo, a morena optou por continuar em seu lugar com a filha enquanto Bruna fora comprar comida para as três

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