Capítulo Quinze

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A morena pôs as mãos na cintura e olhou orgulhosa para o trabalho que tinha feito. Havia ficado responsável por parte da decoração da festa que Larissa e Firmino iriam dar. Era uma simples comemoração para amigos, nada de holofotes ou coisa parecida.

Bárbara desceu da cadeira que usava até minutos atrás e caminhou até o quintal da casa dos amigos. Em alguns minutos as pessoas começariam a chegar e ela estava contente que havia conseguido terminar sua parte antes do previsto.

— Ele conseguiu montar o pula-pula? — ela riu observando Gabriel ajudar as crianças a entrarem no brinquedo.

— Depois de anos, o pateta finalmente entendeu o manual. — Firmino riu.

— Sua irmã não vem? — Larissa perguntou.

— Eu achei melhor não, não quero que nada atrapalhe a festa de vocês e considerando que os dois estariam no mesmo ambiente, eu sei que isso aconteceria uma hora ou outra.

— Eu acho que uma hora eles precisam ter uma conversa como adultos. Afinal, se evitarem não vai resolver nada, olha você e o Philippe. — a loira deu de ombros.

— Nossa situação era bem diferente da que eles estão vivendo, vocês sabem.

— Bom, que seja, uma hora o circo fecha para eles também e aí a palhaçada acaba. — o camisa 20 disse simples e seguiu para perto da churrasqueira, começando a ligá-la.

Bárbara estava pronta para ir até onde Gabriel estava — pulando no brinquedo junto com outras crianças como se fosse uma — e chamá-lo para ajudar com as bebidas mas ouviu alguém lhe chamar com um assobio e procurou quem era porém sem sucesso.

Outra vez o assobio foi ouvido e dessa vez ela virou-se, encontrando Philippe na sacada a olhando com um sorriso divertido nos lábios.

— Você vai subir aqui ou eu vou precisar jogar minhas tranças daqui de cima para você vir? — ele questionou dando uma risada.

Bárbara riu fraco e negou com a cabeça indo para dentro da casa, em direção as escadas.

Ao chegar no cômodo que era uma espécie de escritório, a morena o viu encostado na grade da sacada, observando algo lá embaixo.

Philippe era lindo e isso era notável mas ele estava ainda mais naquela roupa. Uma regata branca quase invisível devido a blusa social de manga curta que estava por cima e uma calça bege.

Às vezes, quando se tratava de comemorações e festas, ele nem sempre acertava no modelito e era incrível como ela amava até aquilo nele.

— Ele parece não crescer. — ela comentou se encostando na grade ao lado dele, enquanto observava Gabriel brincar com as criancas, ainda no pula-pula.

— O Jesus é uma eterna criança — eles riram — você tá incrível. — ele a olhou, dando aquele sorriso que a desconcertava.

Deus, como ela amava aquele sorriso.

E o jogador não mentira. Ela usava uma blusa de alças dourada e um short de seda azul escuro, o casaco preto que ela usava para caso sentisse frio estava agora em uma das cadeiras daquela sala e suas botas pretas cano alto deixavam o modelito mais despojado.

— Eu tô simples. — ela deu de ombros sorrindo envergonhada.

Ela poderia estar simples para qualquer outra pessoa mas não para Philippe. Ele achava que ela estava radiante, a mais linda dali.

— Eu não acho. — ele a puxou para perto, ficando de frente para a mesma.

Bárbara sorriu e colocou os braços envolta do pescoço do jogador, fazendo um carinho na nuca do mesmo.

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