Vamos andando a pé, prestando atenção em cada passo. Carol não para de falar o quanto aquela idéia tinha sido péssima, que teria sido melhor termos saído todos juntos. Já irritado com aquela ladainha, peço para que fique calada, mas ela continua tagarelando, como se não estivesse preocupada.
Falta apenas um quarteirão, e já são 14:30. Eu estou morrendo de fome, e pelos olhares dos outros, é provável que também estejam. As ruas estão bem calmas. Calmas até demais. Não escuto nem sequer um passarinho cantando.
Estou sentindo calafrios. É como se meu corpo avisasse que algo estava por vir. Caminhamos pelo o meio da rua, e já consigo até escutar aquelas músicas de suspense, aquelas badaladas de sino ao longe, que vão aumentando conforme nos aproximamos de sino, mas deve ser meu nervosismo.
Rusty dá uma sugestão:
— Pessoal, se tem um monstro por aí, por que vamos apenas ao mercado pegar comida? Devido às circunstâncias atuais, precisamos de algo para nos defender, não concordam?Wemerson responde:
— Garoto esperto! Precisamos de armas e, quem sabe, um carro.Carol:
— Um carro? Você sabe dirigir? Assim poderia nos levar até em casa. Assim, conseguiríamos sair desse bairro maluco.Frederick:
— Miguel e eu sabemos dirigir... Mas pessoal, vamos mesmo ter que roubar?Isabella:
— Acha mesmo que vamos roubar? Vamos só pegar emprestado. — ela revira os olhos.Falo, dando uma opinião:
— Então pessoal, tive uma idéia. Caso aceitem, vamos nos separar e agir rápido. Carol e Rusty vão até ao mercado e pegam o máximo de comida. Pelo menos, o suficiente para não termos que voltar, caso nossa estadia na mansão se prolongue mais do que o necessário. Frederick e eu vamos em alguma loja de armas. Wemerson e Isabella, vocês dois encontrem dois carros, e já abasteçam de gasolina no posto mais perto.Todos afirmam que seria uma boa idéia, menos Carol, que ainda resmungava algo sobre sermos negligentes. Mas no final, aceitou a idéia.
Frederick e eu viramos a primeira rua a direita, seguindo o conselho do Wemerson sobre a loja de armas mais próxima. A gente corre bem rápido, fazendo o menor barulho possível. As casas são todas lindas.
Frederick comenta:- A gente sempre estudou no bairro mais rico da cidade, e nunca percebemos isso. Já parou pra prestar atenção?
- Nossa rota só passa por casas velhas; é o caminho mais rápido até a escola. — respondo ainda correndo.
Cansados, chegamos até a loja de armas. Está fechado. Quebro a porta de vidro, mas isso acionou um alarme bem alto. O que a gente menos queria era não fazer barulho, ferrou tudo. Entramos na loja. Aviso o Frederick:
- Pega tudo. Tudo que parecer útil. E bem rápido, pois temos que sair daqui em pelo menos 3 minutos. Não quero nem pensar no que está por aí a solta.
Frederick não responde, já obedecendo, vasculhando tudo que via pela frente.
Pego umas armas: Carabina 556, Fuzil Parafal 762, Pump CBC 12, Carabina CT 40, Submetralhadora MT-40, Imbel MD 97, e algumas pistolas. Pego 3 bolsas grandes, coloco as armas e jogo outra bolsa pro Frederick. Ele, por sua vez, tinha pegado munições, e alguns equipamentos como "Granada M26" e uns coletes.
- Tudo pronto? Vamos sair rápido daqui. - pergunto ansioso.
- Enquanto eu pego o resto dos coletes, vê se tem dinheiro no caixa. - Frederick responde.
- Ok. - abro o caixa, e encontro muito dinheiro. Coloco tudo na bolsa.
Frederick e eu já havíamos acabado de ajeitar tudo quando voltamos a correr em direção ao mercado.
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Apocalipse - Sobrevivência e Extinção
ParanormalA humanidade durante as décadas não viveu, lutou pela sobrevivência. E depois de todo esse tempo, precisará sobreviver e lutar mais uma vez, mas acima de tudo, fugir dos perigos que tentaram trazer a extinção total da terra. Miguel era um rapaz com...