Epílogo

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"Cinco anos se passaram desde o reencontro de Betty e Jughead desde a prisão de Betty e toda aquela confusão. Foram tempos difíceis, os dois sabiam, mas hoje tudo iria mudar. Toda a confusão ia desaparecer com o amor e com a certeza de que mesmo que o mundo seja um inferno, quando duas pessoas se amam tudo fica mais belo.

Jughead respirou fundo. Ele já sabia a resposta mas mesmo assim quando se trata de amor, a única certeza é a incerteza. E quando se tratava de Elizabeth Cooper, ele não tinha nenhum controle sobre seus sentimentos e suas ações. Era tudo para ela, por ela, sempre foi e sempre será.

Ele pegou uma caixinha preta e a guardou em seu bolso no peito, sentindo seu coração bater mais forte a cada pensamento. Eram tantas lembranças,  algumas que ele preferia esquecer,  mas que são responsáveis por hoje ele estar feliz e por saber que tudo o que ele fez o levou para aquele momento.

Era noite, as árvores balançavam lentamente, como se dançassem no ritmo de seu coração. As estrelas iluminavam o céu e as corujas voavam ao alto. Ele respirou profundamente, sentindo a brisa bater seus cabelos e penetrarem seus pulmões.

Era apenas uma pequena palavra que mudaria sua vida. Uma. Três letras. Mas que despertava nele emoções que nem com o alfabeto inteiro ele seria capaz de exprimir.

O restaurante era chique. As luzes das velas iluminavam o ambiente e as pétalas davam um ar de romance para o ambiente. Ele se sentou numa mesa mais reservada e aguardou sua amada. Jughead revisou seu discurso em sua cabeça, como se uma palavra errada pudesse mudar a resposta dela. Mas ela não mudaria, porque eles se amam.

Ele pensava que não podia ficar mais nervoso, menino tolo. Quando ela chegou em seu vestido esvoaçante e seus cabelos loiros sedosos percorrendo seu rosto,  ele viu o mundo dele gritar que ela era a mulher de sua vida. Elizabeth Cooper.

Ela já sabia o que ia acontecer. Em uma coisa Jughead não era bom: esconder algo. Ela já foi preparada, colocou seu mais belo vestido pois sabia que lembraria daquela noite para sempre. Ela já sabia a pergunta, duas palavras que significavam o mundo e que fariam dela a pessoa mais feliz.

Ela estava sorridente, aquele sorriso que despertara a atenção de Jughead quando eram apenas crianças. Duas crianças que não faziam ideia do mal que lhes aguardavam, do pesadelo que viveriam e do desespero que assolaria suas vidas. Foram anos horríveis, a morte batia a cada dia na porta da vida dos dois, mas eles sempre estiveram juntos. Não felizes, pois as circunstâncias não ajudavam, mas unidos e fortes, mesmo que tudo conspirasse contra os dois.

Os dois comeram, estavam ansiosos pelo que viria depois. O discurso. Palavras que sempre ficariam marcadas na mente dos dois. Não começava com "era uma vez" porque o que viveram estava longe de um conto de fadas, mas terminava com "felizes para sempre", porque mesmo que estivessem em um filme de terror,  o amor dos dois espantava qualquer mal.

A pergunta todos já sabem. A resposta mais ainda. Os dois choraram e se beijaram apaixonadamente. Era a noite mais feliz da vida dos dois. O amor que ambos sentiam estava agora selado em um anel que brilhava nas mãos de Betty. Ele era lindo e com ele havia um símbolo do infinito. Infinito como o amor que ambos sentiram.

Os anos seguiram e sim, nada foi tão perfeito. Houveram brigas, mas sempre eram resolvidas. Eles estavam juntos na alegria e na tristeza, na saúde e na doença... Eles tinham oitenta anos, vividos com muito amor, cercado das pessoas que amavam e que completavam suas vidas: Alice, Jelly, Veronica e Cheryl. Era uma vida bela, que carregava consigo profundas cicatrizes, mas que só mostravam que ambos foram feitos um para o outro... Até que a morte os separou."

- Eles viveram felizes para sempre, vovó? - Uma menininha doce perguntou para uma senhorinha que carregava consigo um anel de brilhantes com um símbolo do infinito.

- Viveram querida. Viveram.

Fim

𝘿𝙚𝙖𝙧 𝙎𝙩𝙖𝙧𝙨 | 𝘳𝘪𝘷𝘦𝘳𝘥𝘢𝘭𝘦Onde histórias criam vida. Descubra agora