Pov Namjoon
Alemanha - 10 de Setembro de 2010 13:00
Eu estava finalizando uma ligação com o Hotel em Seul, ficaríamos no Germany um dos melhores hotéis.
Tudo estava pronto, assim que foi confirmado as reservas.
Peguei o celular e mandei uma mensagem para Seokjin.
Ainda não havia confirmado uma data, mas era hora de avisar que estava indo ao encontro do mesmo.
_ Chego em Seul dentro de 12 horas, espero te encontrar logo _
Fez o mesmo com o Irmão mais novo, uma mensagem curta.
_ To indo para Seul, poderia tirar um dia para vim me ver?_
Coloquei o celular para carregar e caminho até o quarto, a bagagem pronta em cima da cama, me faz sorrir.
Sempre quis conhecer Seul, foi onde nossa mãe nasceu e se criou, foi onde conheceu nosso pai, onde se casou e onde eu fui gerado, Tae foi anunciado quatro anos mais tarde.
Mas antes de eu nascer meu pai recebeu uma proposta irrecusável de emprego e mudaram pro canadá, o meu pai sendo italiano gringo, que ainda xinga em italiano quando fica bravo e minha mãe em coreano, e meu irmão que faz os dois.
Com eles minha vida fica completa, mas os vejo muito pouco nesse último ano principalmente.
Pego um conjunto de roupas pretas que havia separado, cueca e toalha.
Vou para um banho quente, mandar embora os resquícios de ressaca.
E trazendo de volta flash da noite de ontem.
(Flash back on)
- Jimin, para com isso. - era a camiseta do garoto que voava pela janela, o loiro já estava somente de calças e seus sapatos, sentado no banco do carona.
Após muito drama e cena do outro decidi por levá-lo para minha casa, mas me arrependi amargamente em vários momentos como aquele
Olha eu podia fingir muito bem as coisas, afinal neutralidade era precioso no campo onde atuava, lidando com gente de todo jeito, etnias e tipos.
Mas seus olhos não mentiam e se Jimin estivesse sóbrio seria a hora perfeita para uma daquelas piadinhas infames com tom de provocação.
Eu já não aguentava mais, estava por um fio de sanidade quando a janela foi aberta novamente e o ar gelado me ajudou a respirar profundamente.
Mas o loiro, mesmo em um estado de embriaguez total não dava descanso nenhum para a minha mente perturbada.
O que Jimin nunca entendeu, e eu nunca vou conseguir explicar com palavras, era que eu nunca deixei o mais novo se aproximar sexualmente falando por medo.
Eu admiti isso para mim mesmo diversas vezes nesses anos.
Medo do que eu poderia fazer com o menor, medo de acabar com algo bonito que é a amizade e parceria, medo de envolver dois temas complicados e deixar Jimin confuso ou magoado.
Eu conheço o Jimin como a palma da minha própria mão, sei cada evento absurdo que ele passou, e eu o admiro muito pela força, por não ter deixado que esses traumas interferissem em quem ele se tornou.
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Mas também por saber do passado, e traumas é que eu não me atrevia a tocar no mesmo,
ele tinha uma alma machucada, feridas que nunca fecharam.Eu não poderia ceder ao capricho de tê-lo por uma noite, ou outras, sendo que eu acredito que ele ainda vai achar alguém que vai suprir cada necessidade dele.
E apesar de Sexualmente eu e ele parecermos muito, fora isso, o amor e carinho que eu sentia por ele, não era romântico, nem o dele por mim.
Mas isso tudo não me impedia de pensar e sentir certas coisas.
Se Jimin soubesse os desejos mais profundos que eu sentia quando ele me provocava sendo atrevido e debochado.
Eu sentia uma vontade, vontade nem era a palavra, sentia uma necessidade de colocar o menor em seu colo e encher de palmadas, e depois fode com ele até deixar o mesmo inconsciente de tantos orgasmos, mas o medo tem mantido o mesmo na sanidade, mesmo que por um fio.
- Me beija Hyung - Jimin cantarola enrolado enquanto se contorce no banco arrancando a calça e arremessando pela janela aberta.
- Porra Park colabora comigo, que inferno.- Consigo falar, mas com os olhos fixos nas coxas fartas do menor, e logo senti a mão em sua nuca fazendo um pouco de pressão com a ponta das unhas.
- Só um beijo, eu nem vou lembrar amanhã - a voz embolada me faz achar graça, pois ele não ia mesmo, eu sabia, o nível de bebedeira dele era imenso.
- Mas eu não conseguiria esquecer então, não. Aquieta esse cu projeto de lúcifer - O mesmo cruza os braços e faz um bico, "mimado".
Garoto você tem é sorte eu penso e rio estacionando o carro e logo adentrando o elevador, com um pequeno dormindo no meu colo, ele nem parecia aquele diabinho quando dormia, apenas com minha jaqueta e cueca.
O coloquei no chão apenas para abrir a porta, e logo o coloquei na cama, vestindo uma camiseta minha e me ajeito no quarto de hóspedes, dormindo segundos depois.
(flash back off)
Saio do banho ainda mais inquieto, precisava dar um jeito de Jimin parar com as provocações ou eu vou acabar cedendo.
Meu despertador toca me avisando que eram 2:00 P.M
Ligo para JImin antes mesmo de terminar de colocar a roupa, ele atende no terceiro toque com a voz sonolenta.
_ To passando ai em 30 minutos, me espera na entrada, não me faz subir ai _ falo rápido e desliguei o telefone, largando o mesmo como se queimasse minha mão.
"Argh inferno Park Jimin, você é o próprio demônio em pessoa".
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Pov Jimin
Acordo com o telefone tocando, atendi e mal abri os olhos Nam ja ta falando.
Concordo com a cabeça ainda sonolento demais para raciocinar que eu tava no telefone e ele não me veria.
Ouço o tu tu tu e encarei a tela com a chamada finalizada.
Levanto me arrastando até as roupas em cima da cama, estava apenas de cueca, sai do banho e deitei por minutos e acabei dormindo.
Visto minha roupa com calma, arrumo os cabelos para ficarem lisos, aplico spray temporario rosa, eu tinha de varias cores.
Seria uma viagem de quase dez horas, me nego a me maquiar.
Peguei o óculos de sol, e saio do quarto com a mochila nas costas e arrastando a mala até o corredor, parando apenas para trancar a porta, guardo a chave no bolso lateral da mochila e pego o elevador.
Em minutos estou parado na frente do prédio esperando Nam com o tal taxi.
Olho pro relógio 2:35 e como sempre o mais velho estava atrasado, nenhuma novidade, novidade seria ele cumprir algum horário na vida dele.
Ele fez cursinho de como se atrasar em qualquer situação.
O táxi para e vejo o motorista descer e pegar minha mala guardando no porta-mala enquanto eu entro no carro, me sento no banco de trás ao lado do meu melhor amigo de cara fechada.
- Que bicho te mordeu? - pergunto dando uma cutucada com o cotovelo nas costelas do maior, mas ele nem se mexe.
- Nada Jimi - ele nem fecha a boca, e eu sinto aquele frio irritante na nuca, e o encarei com uma expressão rigorosa no rosto.
- Odeio quando mentem pra mim - falo sério e vejo o mesmo ofegar, me olhando nos olhos pela primeira vez desde que entrei no carro.
- Desculpa Minnie, eu andei pensando em algumas coisas que me deixaram chateado e nervoso, já vai passar.
O carro arranca e eu decidi não investir no assunto, vendo que ele aprendeu a sair fácil do meu radar anti-mentiras.
Chegamos no aeroporto de Frankfurt, faltando cinco minutos pro embarque e eu queria matar Kim Namjoon pelo atraso.
Depois que todas as burocracias necessárias para o embarque foram feitas, Kai adentra o portão de embarque, fazendo vários rostos encararem ele passando.
Fecho o sorriso assim que o mesmo chega perto de nós.
Embarcamos no avião, um voo de primeira classe.
Graças a Deus ele pegou outro corredor, ja que a passagem foi comprada por ele mesmo.
Assim que decolamos eu me ajeitei na poltrona e dormi, sonhando com coisas que preferia nunca lembrar.
(Pesadelo Memorial)
_ Mochi, acorda por favor _ a voz nervosa de Hoseok atravessou meu sono e me despertou já em estado de alerta.
_ Ele vem hoje, os guardas me mandaram pro banho mais cedo _ os olhos saltados na face do meu amigo me indicava perfeitamente de quem ele falava.
Seungri, meu pior pesadelo.
Estava ali a o que, quase um ano?
Um ano vendo Hope entrar na frente de tudo e todos para me defender, muitas vezes apanhamos os dois, a ponto de ficarmos roxos por semanas.
Mas quando Seungri vinha que era realmente o inferno na terra.
Eu era retirado do quarto por pedido do próprio Hoseok cada vez que o monstro vinha aqui, mas eu imaginava as cenas mesmo sem ver nada.
A porta é aberta e um dos brutamontes entra no quarto.
- Vamos loirinho - Eu me levanto devagar, deixar o quarto era ainda pior do que esperar naquela sala escura.
Assim que sou colocado em outra sala, ouço a voz do homem que eu mais odeio na vida.
Eu tinha quase 13 anos, e já conhecia o gosto de querer ver alguém afogado no próprio sangue.
Em seguida algumas gargalhadas são ouvidas através da porta, depois o silêncio que me apavora domina.
Horas depois quando eu fui liberado para entrar no quarto, encontro Hope na cama de olhos abertos, sem se mexer ou falar, e eu odiava o fato de aquilo me parecer "normal" pois era assim que eu encontrava ele toda vez que Seungri aparecia. Dopado, sem expressão alguma, rastros de lágrimas no rosto e com roupas diferentes das que estava quando eu saí.
Me deitei ao lado dele, sem encostar em seu corpo, ele nunca aceitou bem qualquer tipo de toque e eu entendo, com a vida que levamos aqui, aliás a vida miserável que ele vive aqui, não resultaria em alguém diferente do que eu via agora, através das lágrimas em meus olhos.
Um garoto saindo do transe de alguma droga, e piscando freneticamente.
Eu desabei no choro assim que ele me abraçou, foi a primeira vez que ele me deixou confortá-lo e se permitiu chorar, sua dor sendo misturada com a minha.
(Pesadelo Memorial off)
Acordo suando e chorando como no sonho, e meus olhos se encontram com o do meu amigo que me olhava preocupado.
- Ta tudo bem minnie? - ele me pergunta baixinho se inclinando para perto de mim, pegando minha mão e fazendo um carinho calmo na palma com seu polegar, fazendo repetidamente círculos, era uma coisa tão comum entre nós, que poderia passar batido para qualquer um, mas eu aprendi nesses momentos a respirar na velocidade dos círculos sendo desenhados, minutos até minha respiração voltar ao normal.
- Pesamôria - vendo o mesmo me olhar com um olhar triste, memorias em forma de pesadelo.
Era tão comum para mim quanto para ele, meus pesadelos reais vindo em forma de memórias recriadas.
- Faltam algumas horas de voo, quer um calmante? - Nam pergunta, mesmo sabendo que eu diria não, odeio como os remédios me deixam, então não tomo se não for extremamente necessário.
- Não, eu vou ficar bem- me aproximo ainda mais do maior que enlaça os braços ao meu redor, me passando segurança e fazendo carinho nos meus cabelos, até que eu volte para a terra do sono sem sonhos.
- Hyung - sinto meu corpo balançar de leve e abro os olhos lentamente sentindo um embrulho no estômago ao sentir o avião pousando na pista.
- Bom dia - digo sorrindo sabendo que pelo horário da Coreia do Sul, eram cerca de 8:00 da manhã.
- Bom dia Mimim - dou uma risada, sabendo que o que quer que estivesse incomodando o mais velho, tinha passado.
Me levanto assim que a aeromoça indica a saída com ambas as mãos.
Pego minha mochila no suporte acima dos assentos, ajeitando a mesma nas costas enquanto vejo Namjoon seguindo meus passos, desço as escadas e espero instruções do boçal do meu melhor amigo que tá de trelelele com um cara estranho que estava nas poltronas atrás de nós.
- Joon - falo com um tom mais alto, chamando a atenção dos dois.
- Desculpa, tenho que ir - vejo o mesmo dispensando o outro homem e vindo em minha direção com um sorriso sem vergonha.
- Depois eu que sou o projeto de Lucifer né? Porra em 2 dias você flertou com umas 5 pessoas diferentes, credo.
-CIúme mini ? - o mesmo fala com ar de deboche, me fazendo revirar os olhos.
Kai estava vindo logo atrás e ouviu a pergunta com uma cara de " Sempre soube"
- Aaa mama meu pau - digo baixinho já adentrando a área de desembarque, com Nam ao meu lado, e o infeliz do Kai na nossa cola.
- Olha o respeito moleque, ainda de dou uns tapas - Nam fala tão baixinho que eu duvidei ter ouvido o que ouvi, e me virei encarando o mesmo, que ficou pálido ao ver meu olhar intrigado.
- Eu ouvi, o que eu ouvi? - pergunto dando um sorrisinho.
- Argh. Oh as mala ali oh - e sai indo em direção a esteira rolante e pegando as nossas malas e colocando em um carrinho.
Mal chego ao lado dele e ele já se coloca a andar para a saída.
Apenas segui Namjoon que parou na frente a um homem, e eu pensei.
Credo, por que ele tem que flertar com todo mundo?
Mas ele só tava falando com o taxista mesmo, preciso parar de paranoia.
Olho pro lado rapidamente vendo Nam me olhar rindo, enquanto Kai fecha seu sorriso.
Ouço um som de desgosto e eu apenas me aproximo mais do loiro. Amo provocar discórdia no coração do ex.
Seguimos caminhando atras do moço que Nam falava antes, quando iamos entrar no Taxi Ouço a voz no Nam.
- Kai, vai na frente - fala e entramos na parte traseira do carro..
A Viagem até o Hotel é feito rapidamente,
- Passo no quarto pra pegar vocês para jantar, agora vão dormir - O mais velho ordena assim que paramos na frente do hotel.
Deixo Nam pegando as chaves e sigo na frente em direção ao elevador com o Ex no meu encalço.
- Encosto, por que você não mudou pra tóquio mesmo? - pergunto mas sem olhar para ele.
- Não te falei que estava em Tóquio - o moreno fala rindo.
-Aff- me limito a dizer.
Namjoon chega e ao mesmo tempo as portas do elevador se abrem, adentramos o mesmo em silêncio.
Estávamos no mesmo andar, mas o quarto do embuste na direção da esquerda e o meu e do Jonnie para a direita, uma chave é colocada na minha mão pelo mais velho.
- Vai dormir, não me chama. Passo aqui as 22. - Nam fala e se retira entrando na porta ao lado do meu quarto.
- Ok Boss - digo e entro o quarto elegante do hotel, mas sem prestar muito atenção em nada, deixo a porta bater atrás de mim e me atiro na cama assim que a mesma aparece no meu campo de visão.
Com os pés retiro os sapatos e me tampo, adormecendo em seguida, cansado pela mudança de fuso-horário.Notas da autora:
Oi meus psicos, como estão?
desculpa att curtinha, mas essa foi a introdução dos personagens principais,
agora a maioria dos caps será de Pov Narradora.
Mete o dedo nessa estrela...Notinha?
Jimin - (aparência)Kai (aparência)
Namjoon (aparência)
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The Game - Você esta pronto?
RastgeleYoongi é delegado investigativo acostumado a resolver crimes hediondos, porém a um ano um Serial Killer está assombrando os dias e noite de Yoongi. O caso 103 foi aberto, 103 vitimas do mesmo assassino, Yoongi não via saídas pra resolver esses cri...