Alguém gosta de segundas? Ninguém. Voltar ao trabalho em plena segunda-feira estressante depois de um final de semana inesquecível era tudo que eu não precisava. Claro que não foi só porque viajei para outro lugar, conheci a família do Shawn e nos beijamos uma única vez mas, também porque sai da minha zona de conforto e me permiti fazer coisas que não tinha feito desde quando Matteo nasceu. Mas como tudo que é bom dura pouco estou de volta a rotina estressante de uma segunda cheia de trabalhos e um questionário afiado da Janna sobre como fora minha "aventura" com o professor do meu filho.
No domingo depois de tudo que aconteceu devido a minha coragem súbita e uma leve ajudinha do álcool em minhas veias, decidi que era melhor agir como se nada tivesse acontecido entre mim e Shawn Mendes. Era obvio que por dentro eu estava pulando de alegria por ter feito o que eu estava com vontade de fazer mas, por fora era difícil pensar sobre o assunto quando eu ainda estava presa entre traumas passados. Sei que deveria seguir em frente e esquecer que fui abandonada pelo cara que eu me apaixonei completamente e me abandou sem nenhum remorso. Beijar o professor do meu filho era um bom escape para dar o primeiro passo porém, não é tão fácil quando se tem um filho cuja personalidade se parece tanto com a do pai. Fazendo com que seja um lembrete perfeito da minha incapacidade de seguir em frente.
— Só pode ser brincadeira! Já disse que foi só um beijo — digo enquanto sento em frente ao computador analisando coisas que eu nem sabia do que se tratava.
— Por que devo acreditar nisso? — Janna brinca com a cadeira de rodinhas que ficava em sua mesa ao lado da minha.
— Para de rodar nesse negócio você pode machucar.
— Ta bom, mãe! — ficando do meu lado ela começa a me analisar dos pés a cabeça como se estivesse procurando provas de algum crime que cometi.
— Não faça nenhuma dessas coisas de terapia em mim.
— Vocês se beijaram uma vez no chão, no outro dia você agiu como se nada tivesse acontecido e agora está estranha.
O rosto de Janna procura o meu que está concentrado olhando para tela do computador tentando desviar do seu olhar questionador. Ela tinha essa mania de me analisar com seu ar egocêntrico de psicóloga.
— E agora você não quer olhar na minha cara. Provavelmente está mentindo sobre alguma coisa.
— Hm...
— Está tentando quebrar a ponte de diálogo que quero construir com você.
— Para! Você tá me usando como cobaia para suas terapias fajuta.
— Kamille, eu te conheço bem — aponta ela quando a encaro sorrindo igual Matteo quando quer alguma coisa ou se safar.
— Só o beijei porque estava um pouco "bêbada" depois fomos para dentro continuamos a participar daquela porcaria de jantar até acabar. Por fim acabei dormindo com a irmã dele, que por sinal é a mais legal dos Mendes, e no outro dia tomamos café todos juntos depois viemos embora cada um pra sua casa e desde então não conversamos sobre isso ou qualquer outra coisa. O que mais você quer saber?
— Não beijou ele porque estava bêbada. Foi porquê quis! O álcool é só desculpa que usamos para não admitir o que realmente queremos quando não estamos bêbados.
— Para de ser psicóloga comigo! — respondo irritada.
— Você não levou Matteo na escola? Deveria ter conversado com ele, se esse silêncio está te incomodando.
— Não levei Matteo. Meus pais levaram, estava atrasada.
— Pior do que pensava — ela se senta novamente na maldita cadeira de rodinhas e começa a rodar de um lado para o outro me deixando tonta só de olhar — Você tá fugindo do professor gostosão, por quê?
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MATTEO 》Shawn Mendes
Hayran Kurgu[CONCLUÍDA] Onde a jovem Kamille se apaixona pelo professor do seu filho. ⚠️ Essa história não é sobre triângulo amoroso ⚠️ Aproveitem mais um clichê!