Capítulo 01: O Prefácio.

288 13 1
                                    

Nunca sabemos quais serão as palavras que abriram às cortinas de uma nova história. Quais serão as palavras certas que irão fazer com que nós, os autores, apresentamos nossos personagens e venhamos a conseguir construir e elaborar toda a nossa história. Às jornadas, os caminhos positivos e negativos que o personagem principal deverá tomar, a medida que o tempo passa, uma evolução deve ocorrer. Mas, como deve ocorrer essa evolução? Será se realmente conseguimos evoluir? Ou na verdade nunca saímos do ponto de partida de nossas vidas.
Isso é uma jornada, é uma busca por algo mais, ou por alguém. Alguém que nós vamos conhecer, e talvez até mesmo aprender, e se possível, essas lições iram abrir as portas de um novo mundo, um lugar mágico. E eu, estarei esperando por você, lá.

Não me recordo o nome daquela cidade, ou talvez eu possa até me lembrar, mas será se é a hora de dar às cartas e pistas logo no começo da história?
Afinal, o que torna uma história interessante não é a história em si. Mas em como o ar misterioso rodeia todo o mundo envolvido.
Naquela cidade, ao qual o nome não vem ao caso agora, haveria duas pessoas.
Me pergunto se essas pessoas estavam ligadas pelo destino, ou se algo maior realmente vinha a unir os dois no futuro, no passado ou no presente. O tempo na verdade é completamente relativo, assim como a realidade.
A verdade, é que eu não sei como se iniciou a relação desses dois indivíduos, uma amizade de escola? Uma amizade de infância? Ou um simples flete, ou será que era amizade de vizinhança? Afinal, quando uma cidade é pequena, é impossível que seus personagens não se encontrem.
Eu não sei contar a história desses dois, eu só sei contar a história que vem depois deles, mas por que não vamos imaginar um pouco?
Por que não vamos dar um rumo para essa história? Um começo, seja digno ou não, vamos dar um início para que o nosso futuro autor venha a abrir seus olhos, e nos contar, o que ele realmente precisa contar. Seja verdade, seja ficção, ou seja apenas um desejo, ou quem sabe uma irrealidade.

Vamos tentar, vamos fantasiar uma história de contos de fadas, onde um certo príncipe sem coroa esbarra com uma princesa sem seu sapatinho de cristal. Sempre vemos o príncipe salvando a princesa de um pequeno perigo, e é esse o laço do destino que sempre liga às pessoas. Nas horas menos esperadas, é que o nosso "príncipe encantado" aparece. E talvez, seja aí que nossa verdadeira história tenha início.
Assim como os ponteiros de um relógio, os dias passam, o tempo voa. Amizades se fortalecem, sentimentos são construídos, saímos para a diversão noturna, chegamos tarde em casa e muitas vezes levamos broncas de nossos pais. No entanto, se você passou o tempo com a pessoa que você gosta, e teve uma noite incrível, vale a pena a bronca não é? É claro que vale minha pequena princesa favorita.
E os dias? Aliás, eles continuam voando, passando tão rápido, que no décimo dia daquele ano que eu não me recordo, naquele lugar que eu não conheço, aconteceu. Pode não ter sido em um castelo a meia-noite, mas sim, no décimo dia em que eles passaram juntos, aquele príncipe sem coroa, beijou a sua princesa sem seu lindo sapatinho de cristal, e mesmo que não tenha sido em um castelo, foi incrível, porque dali surgiu algo, uma pequena centelha.

Tic-tac, o nosso calendário realmente sabe voar, parece que ele não brinca em serviço. Tão tal, que agora se passaram 5 anos, a idade atual da nossa princesa? É 21 anos, e do nosso príncipe? Eu acho que é 24. Como eu posso não ter certeza disso? Porque a única idade que eu tenho certeza, é a da princesa. E como? Por que é aqui, onde essa história tem seu início.
Mas vamos voltar um pouco no tempo, mais especificamente 9 meses atrás.
Aonde o príncipe e a princesa tem a sua primeira noite, sem casamento, sem obrigação, apenas movidos pelo sentimento, ou pela força maior que unia os dois, a força que aproximou e os guiou, os guiou a estarem juntos, a se unirem, ainda que por um curto período de tempo. Depois da sua primeira noite, foi revelado o porquê, na verdade, foi revelado o que, ou quem os unia, a grande força maior que esperava ansiosamente pelos seus nove meses de formação, pois algo naquela noite, havia sido deixado.

Ah, eu acabo de me lembrar de uma coisa, uma pequena lembrança. Espera, eu acho que eu estou ouvindo algo, você não?
Espere só um momento.
Na verdade, só mais um pouco.
Consegue ouvir?
Ainda não ouviu?
Se concentra, por favor.
Nada ainda?

Ah sim, agora eu consegui ouvir, sabe o que era? A primeira apresentação na conversa entre o príncipe e a princesa, afinal você não acreditou que esses seriam seus nomes não é?

-Oi? É um prazer conhecê-la, meu nome é Juan.
- Digo-lhe o mesmo, a propósito, me chamo Mary.

O Garoto SolitárioOnde histórias criam vida. Descubra agora