▶Um◀

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Foram 7 dias inteiros
Sem o seu abraço
Eu quero ver seu rosto
Eu tenho algumas coisas a dizer
Foi há apenas uma semana
Você disse: Eu te amo, garota
Eu disse: Eu te amo mais

Lea Michele -IF YOU SAY SO 

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Eu sento com as costas contra a cabeceira da cama de Sebastian, meus joelhos apertados contra meu peito. "Por que" é a pergunta que me assombra - todas as noites.

Por que Jace? Por que eu? Por quê?

Meus braços estão firmemente presos em torno de minhas pernas, na esperança de que esse tremor incontrolável que tem atormentado meu corpo pelas últimas doze horas pare. Doze horas desde que eu o vi. Doze horas desde que ele me deixou. Ele prometeu que nunca me deixaria.

Promessas. Eu não acredito em promessas. Toda promessa feita a mim foi quebrada.

Eu movo meu pescoço e meus músculos doem e gritam. Parece que quando se tenta desligar a mente, o corpo paga o preço. Exceto que isso não é nada. Jace pagou o preço - com sua vida.

Tudo o que vejo é sangue. Sangue em toda parte. Em seu peito. No chão. Em mim. Você conhece o cheiro de sangue? Em grandes quantidades, sangue tem cheiro metálico. Nunca vou esquecer aquele cheiro. Duas vezes nos últimos seis meses, eu me ajoelhei no sangue de pessoas que amo, implorando para não me deixarem. Duas vezes esse cheiro metálico poluiu o ar ao meu redor. E as imagens, aromas e sons nunca são esquecidos, uma vez que são experimentados. Principalmente o cheiro, é algo que eu nunca vou esquecer - nunca.

Eu mal noto que estou seminua. Apenas de sutiã e calcinha, meu shorts e blusa no chão, cobertos com o sangue do Jace. Minha pele está suja dele, carmesim escuro e marrom. É nojento e aparentemente aterrorizante, mas agora eu não estou pronta para lavá-lo.

É tudo o que sobrou dele.

Minha mente continua a tocar como um disco quebrado, repetindo tudo em câmera lenta. Ithuriel entrando pela porta da frente do apartamento de Jace, cabeças virando, armas apontadas, e então, sem aviso, tiros.

Eu tapo minhas orelhas para bloquear o som dos tiros e dos gritos na minha cabeça. Fico espantada de como a memória vai além de apenas visões, mas sons e cheiros também. Eu ainda posso ouvir os disparos. Ainda sinto o cheiro da pólvora.

Meus dedos vão para base da minha garganta, procurando o colar que Jace me deu, a única coisa que vai me confortar agora. Mas ele se foi. Lágrimas surgem em meus olhos quando minha mão toca na cavidade onde o colar deveria estar. Eu jogo a cabeça para trás e bato na cabeceira da cama enquanto sufoco as lágrimas iminentes. Minha cabeça explode com uma dor de cabeça terrível que vai de minhas têmporas até a base do crânio. Provavelmente há uma concussão por bater minha cabeça no chão de cerâmica quando Sebastian jogou-se em cima de mim durante o tiroteio.

— Clarissa. — A voz de Sebastian me chama silenciosamente da porta. Ele está de pé com os braços levantados acima de sua cabeça e apoiado na porta. Ele trocou sua calça de terno cinza e camisa branca que estavam cobertos de sangue, e agora veste uma calça de moletom e uma camiseta.

Olho para ele de canto de olho, mas mantenho a cabeça encostada na cabeceira da cama. Estou entorpecida, incapaz de sentir nada no momento.

— Clarissa, vamos. Precisamos te limpar. — Ele me oferece um sorriso simpático, porque é Sebastian. Seguro, cuidadoso, preocupado. Eu sempre considerei que ele era segurança onde Jace era perigo, mas eu afasto tais pensamentos quando Sebastian se move em minha direção, seus pés movendo suavemente contra o chão de madeira, e senta na borda da cama. Preocupação obscurece seus olhos escuros. — Eu deveria ter te levado ao hospital. — Ele diz calmamente, apoiando a mão no meu antebraço. — Nós precisamos verificar sua cabeça. — Ele escova as pontas dos dedos em minha têmpora, empurrando para trás uma mecha de cabelo que estava presa ao meu rosto. Seguro. Seu toque é seguro.

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