▶Quatro◀

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Podemos, fazer
Fazer companhia um pro outro?
Oh, talvez possamos ser
Ser a companhia um do outro
Oh, companhia

Justin Bieber - Company

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É antes de seis horas da manhã quando saio de casa. Clarissa está profundamente adormecida na minha cama, e escrevo uma nota rápida e a deixo no balcão da cozinha. Eu espero que ela durma até tarde, como ontem, e eu esteja de volta antes que ela acorde.

Mesmo que seja menos de quinze minutos até meu escritório, eu não sou o primeiro aqui. Bat já está em sua mesa com um copo de isopor de café preto quente da sala de descanso. Eu não sei como estômago dele aguenta. O café daqui é uma merda.

— Ei amigo. — Ele me cumprimenta enquanto atiro minha bolsa com o laptop na minha mesa.

Puxando arquivos e ligando meu computador, eu resmungo uma breve saudação para ele.

— Como vai isso?

Não estou realmente pronto para conversa antes de alguma cafeína, eu giro em minha cadeira de escritório e o convido a ir comprar no Café amour . Cinco minutos depois, estamos caminhando pelas ruas ainda vazias no início da manhã, no centro de Monte de Verde. Estou informando-o sobre Jace, explicando a recusa da oferta enquanto não conseguirmos algo para Clarissa.

— Eles não farão isso. — Bat assobia para mim. — Ela não é preocupação para eles.

— Eu sei. Mas precisamos que eles se interessem ou perdemos Jace. Sem suas evidências e testemunho, estamos fodidos. Antônio é difícil, você sabe disso. O pouco que temos não servirá muito no tribunal. Não tem como o processo seguir sem Jace.

— Merda. — Ele resmunga enquanto abre a porta do Café amour para mim.

Daniel está atrás do balcão, enchendo a vitrine com massas tiradas de uma grande caixa de papelão e diminuo o volume de minha voz para manter a conversa discreta.

— Precisamos de um acordo para Clarissa ou o perdemos. Ele vai insistir. Especialmente quando descobrir que Clariss está grávida.

Daniel olha para nós, mas abaixa a cabeça e volta a preencher a vitrine.

— Whoa, whoa, whoa ... — Os olhos de Bat estão arregalados de choque, e eu percebo que eu não lhe contei sobre Clarissa. — Ela está grávida? Filho de Herondale?

Eu mal me abstenho de rolar os olhos.

— Não, do Charlie Brown seu idiota. Sim. De Jace.

Ele ri e enfia as mãos nos bolsos.

— Como você está se sentindo sobre isso?

Eu olho para ele, ignorando meu desgosto.

— Podemos nos concentrar no tópico em questão? Precisamos de um acordo para Clarissa.

Ele suspira.

— Não tenho permissão cara. Conseguir um para seu irmão foi o último, e vamos apenas dizer que ninguém está feliz com o acordo. A DEA quer processar o traseiro de Herondale. Os favores que eu pedi vão demorar anos para serem pagos. — Abaixamos nossas vozes para pouco mais de um sussurro enquanto nos movemos em direção ao balcão.

— Bom dia cavalheiros. Chegaram cedo. O habitual? - Daniel pergunta. Ele fecha a caixa de doces e joga as pinças em uma pequena pia atrás dele.

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