◀Três▶

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Porque as paredes queimaram e nosso amor caiu
E virou qualquer coisa
Agora estamos dizendo nunca
Sinta o fogo porque está em todo lugar
E está queimando eternamente e para sempre
Temos que abrir mão, seguir nossos caminhos
E viver para um novo dia
Porque não é o mesmo, meu querido
Veja tudo cair pelo chão
Sem felizes para sempre, só desastre

JoJo - Disaster

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Eu estendo meus braços acima da minha cabeça e expiro lentamente enquanto me estiro. Levo alguns minutos para acordar enquanto a névoa na minha cabeça começa a diminuir. O relógio na mesa de cabeceira mostra doze e trinta e quatro, apressadamente eu chuto o lençol macio. Não consigo acreditar que eu dormi até a tarde.

A casa está quieta enquanto dou uma olhada, procurando Sebastian. Através das portas de vidro do pátio, eu o vejo sentado na varanda dos fundos. A ampla construção é sombreada por uma grande pérgula de madeira coberta por uma videira florida, e ele parece distraído digitando em seu laptop na mesa do pátio.

Olhando por cima do ombro, ele me pega de pé ali e gesticula para eu me aproximar. Sou recebida com ar quente, mas é confortável à sombra.

— Você dormiu bem? — Ele pergunta antes de levar o copo de suco de laranja para seus lábios.

— Sim. Eu não acredito que já é tão tarde. — Eu escapo para uma cadeira de ferro forjado acolchoada com uma espessa almofada. Eu não estou acostumada a dormir até tarde. Eu levantava cedo para trabalhar ou cuidar da minha mãe. Eu nunca tive o luxo de dormir o dia inteiro.

— O que eu posso preparar para você? — Ele pergunta com um sorriso. Eu aprecio que Sebastian seja sempre cuidadoso e atencioso comigo. Empurrando seu laptop de lado, ele descansa seus antebraços sobre a mesa.

Meu estômago resmunga com o pensamento de comida e, de repente, estou desejando waffles belgas de Catarina. Catarina. Meu coração aquieta quando eu penso nela. Eu não tenho meios para entrar em contato com ela, e nem tenho permissão para tal.

— Sebastian, você conheceu Catarina, a governanta de Jace?

— Eu não a conheci pessoalmente, mas sabemos quem ela é. Investigamos todos que já trabalharam para a família Herondale.

— E... — Eu incito, querendo que ele conte o que descobriu sobre Catarina.

— E não encontramos nada. Ela parece estar limpa. Por que a pergunta?

Eu imagino o que eu deveria dizer, o que fosse. Apesar de sua bondade, eu ainda estou desconfiada de Sebastian. Eu sei que preciso confiar nele, mas não tenho certeza se posso.

— Ela faz os melhores waffles belgas. — Eu respondo simplesmente, deixando-o nisso.

— Você quer waffles? — Ele pergunta com um sorriso esperançoso.

— É mais do que waffles. Eu sinto falta dela. Convivemos muito bem no curto período em que estive com Jace. Acho que também estou preocupada com ela. Ela era uma espécie de figura maternal para Jace, e eu me pergunto como ela está lidando com tudo isso.

Sebastian senta em sua cadeira e inala bruscamente.

— Eu entendo. — Ele diz, esfregando o queixo. Seus olhos mudam de um lado para o outro entre mim e seu copo de suco de laranja. — Eu não sei onde está Catarina ou como ela está Clarissa.

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