▶Dezesseis◀

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Talvez eu ore, ore
Talvez eu ore
Nunca acreditei, e você sabe
Mas eu vou orar

Sam Smith - Pray 

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— Ele está acordado e quer falar com você. — Diz minha tia por telefone. — Eu sei que você está indo embora, mas, por favor, venha antes de ir.

— Ok. — Eu murmuro e esfrego meus olhos. O relógio mostra cinco e meia da manhã. Por que ela está ligando tão cedo? — Eu vou passar mais tarde esta manhã. Primeiro eu irei a sepultura da minha mãe.

— Essa é uma boa ideia. — Ela concorda. — O agente Bat nos disse ontem à noite que você recebeu imunidade e que eles não precisam de mais nada de você. Eu acreditava que você iria procurar Clarissa o mais rápido possível. Peço-lhe que nos dê o seu número de telefone. Todos nós queremos dizer adeus, mijo.

Eu suspiro no telefone, não por estar chateado, mas porque eu não sou bom em despedidas. Eu não estou acostumado a sentir emoções, e ultimamente, isso é tudo o que tenho sentido. Eu queria visitar a sepultura de minha mãe uma última vez porque, até meu pai e Jordan serem pegos, não será seguro para mim ficar aqui. Mesmo depois de presos, eu não tenho certeza se será seguro para mim aqui. A família Herondale tem muitos laços, muitas conexões, e eu contei tudo o que sei para os federais.

— Esta manhã, mais tarde. — Eu digo a ela e rolo, esperando aproveitar mais alguns minutos de sono.

Nós desligamos, mas agora estou acordado, e tudo que penso é em encontrar Clary. Ela tornou muito fácil encontrá-la. Com seu laptop que eu peguei na casa de Sebastian, eu achei a marcação no Pinterest em Carolina do Norte, e todas as seleções me levaram diretamente para ela, até a cidade em que ela está morando. Tenho certeza porque pus um segurança atrás dela pelas últimas vinte e quatro horas, e ele a encontrou após duas horas de desembarque em Carolina do Norte.

Minha doce e ingênua menina.

Estou um pouco calmo porque ele estará observando Clary até eu chegar lá. Ele me dá atualizações a cada poucas horas, e eu finalmente consegui respirar melhor sabendo que ela está segura.

Eu me levanto e faço um pouco de café enquanto termino de guardar os poucos itens que me restam, o que não é muito. Incrível como você pode possuir um império, e no segundo seguinte, ser pobre.

Guardo o laptop de Clary e seu diário na minha mochila, depois tomo banho e me visto. Antes de sair, eu passo algum tempo na varanda da frente, apreciando o meu café e minha última manhã em Monte Verde. Embora eu tenha muitas más lembranças daqui, algumas das melhores foram criadas neste lugar. E embora não esteja emocionado em ir embora, mesmo com a falta de segurança, o amor é sacrifício, e eu estou sacrificando tudo. Mas Clarissa vale a pena. Ela significa mais para mim do que minha própria vida. Vale cada risco que estou prestes a correr.

O marechal federal que está estacionado em frente toda a noite, abre a porta do carro e se estica. Ele me oferece um aceno antes de subir pelo caminho pavimentado que conduz à minha varanda. Ele sobre dois degraus por vez e para na minha frente.

— Parece que este é o fim da linha. — Ele diz com uma sacudida de cabeça. Eu sei que todos os marechais pensam que eu sou louco por recusar a proteção, mas é a única maneira de estar com Clary e nosso bebê. Eu tenho que fazer isso.

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