#14: Pertencer

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2011 começou com Louis juntando os lábios de Eleanor aos seus num selinho ao som dos fogos de artifício. O beijo não fazia as entranhas dele se enrolarem daquele jeito bom que os poetas identificam como borboletas no estômago, mas parecia ser bom o suficiente para calar aquela vozinha em sua cabeça que insistia em dizer que na verdade ele deveria estar com Harry. Quando os Males deixavam seu coração pesado demais, Eleanor estava lá para trazer a leveza das bebidas do Starbucks e das conversas fúteis que só serviam para distraí-lo daquilo que realmente importava e por isso ele era muito grato a ela.

Os primeiros dias do ano se passaram com os dois retornando o vínculo que tinham anos atrás: Eleanor passava quase todas as tardes jogada no chão da sala dos Tomlinson com as pernas para o ar enquanto jogava pipocas nas gêmeas e reivindicava a Clover como a sua Espiã Demais, mesmo que as meninas insistiam em dizer que ela é a Sam. A proximidade entre eles fazia Jay admirar-se como todos ali pareciam irmãos, principalmente o casal de jovens. Além faz tardes regadas de desenhos animados antigos, eles muitas vezes passavam a noite toda conversando sobre o que aconteceu nesse tempo que passaram distantes um do outro.

A garota contava as desventuras que aconteceram em sua vida durante 2010 e aquilo fascinava Tomlinson por ser tão diferente do que ele passou no mesmo momento: enquanto ele estava estudando e criando vínculos com as duas melhores pessias que ele pôde vir a conhecer por causa da universidade, ela viajou para diversos países numa verdadeira caça em busca de sua alma gêmea. Mesmo que não tenha dsdo certo toda essa busca, é bom para ele ver o tanto de coisas boas que aconteceram com ela nesse tempo e como isso possibilitou que ambos amadurecessem, aproximando-se mais do tipo de pessoas que eles visavam.

Com a proximidade dos dois, houve também uma ente eles e Ziam, trazendo de volta aquele grupinho formado pelos quatro. Então não foi surpresa alguma quando Malik anunciou que faria uma festa de aniversário e chamou a amiga: a garota parecia cada vez mais animada sobre essa festa e isso contagiava todos ao redor, até o ranzinza do Louis.

No dia 12, Eleanor apareceu bem cedo na casa dos Tomlinson, sob a desculpa de que iria se arrumar com o amigo mas, na verdade, ela queria mesmo era passar a tarde vendo desenhos animados enquanto fazia tranças e penteados malucos no cabelo das irmãzinhas dele. Os desenhos da programação de quarta-feira eram os piores na opinião de Louis mas as garotas pareciam adorar, logo, ele assistia junto. Ao entardecer, Calder concordou em subir para se arrumar: como a festa ocorreria no meio da semana, ela aconteceria mais cedo que o normal, o que concordou os dois jovens que odiavam ficar acordados até tarde.

– Você acha que estará cheio de gente desconhecida? – a garota perguntou, depois de retornar do banheiro – Eu mato o Zee se ele tiver feito milhões de amigos depois de termos ido embora.

– Acho que vai ser mais algo entre os mais próximos e a família, não acredito que e faria uma festa gigantesca... porém o Zayn é meio imprevisível então não duvido aparecer um palhaço com roupa de Capitão América saindo do bolo ou algo do tipo.

– Se ele vai chamar os mais próximos porque estamos sendo chamados então Tommo? – os dois riram depois de Louis a olhar com uma falsa indignação. – Se tiver alguém que eu não gosto eu vou expulsar sem dó porque o Zee tem bom gosto e não pode andar com víbora.

Mesmo que a conversa se passa com Eleanor de toalha, isso não afetou Louis de forma alguma, o que era estranho já que antes aquilo causava tremenda vergonha no rapaz. Assim que terminaram de se vestir os dois foram até o quarto de Johannah no intuito de avisar que estavam saindo e também de se despedir antes do aniversário. Após os longos minutos nos quais Jay passou e repassou milhares de regras para eles "curtirem bem e sem nenhum risco de morte", Calder conseguiu sair pela porta da frente de forma animada enquanto Louis dava um beijo molhado na bochecha da mãe e saía tentando alcançar a garota que já andava no meio da rua com a propriedade que somente uma Eleanor Calder levemente alcoolizada poderia sustentar.

Wrong (Larry) *Editando*Onde histórias criam vida. Descubra agora