#13: Birthday Boy

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Era véspera de Natal e Tomlinson acordou animado. Uma semana havia se passado desde a última vez que viu Harry e a distância entre eles tornara mais fácil criar uma barreira entre os dois. Os outros garotos bem que tentaram conversar sobre esse assunto, mas o mais velho se encontrava irredutível, não querendo nem falar com Styles depois do que aconteceu no mirante. Por isso, se assustou ao ver o sobrenome daquela família iluminando a tela de seu telefone. Após perceber que na verdade se tratava da irmã-nem-tão-maligna do doce garoto de covinhas, William respirou aliviado e atendeu a ligação:

- Fala, Styles do mal! - Louis atendeu, ainda com sua voz rouca pela falta de uso nas últimas 10 horas de sono profundo - Você me acordou no meu dia e ninguém deveria me torturar assim desnecessariamente em dia algum, imagine no meu dia especial.

- Mas isso é necessário Boo, eu preciso ser a primeira pessoa a te dar parabéns, se não eu vou sofrer imensamente por um ano inteiro... você me conhece, Lou e sabe que não é exagero - Louis conhecia sim a garota e não queria sofrer ao ouvir os lamentos melodramático da garota de cabelos agora vermelhos.

- Eu sei sim o quão desesperada e louca você pode ser, afinal, eu vi o que aconteceu no aniversário do Niall... - as lembranças de Gemma desolada ao descobrir que o colega de quarto do loiro fora o primeiro a dar parabéns à ele voltaram para a mente de Louis com um sorrisinho no rosto.

- Que seu dia seja tão único e especial a ponto de um floco de neve perfeitamente simétrico cair bem no seu narizinho de botão! - a animação dela ao falar algo tão aleatório era louvável, e isso fez Louis rir, mesmo que ele ainda esteja um pouco chateado com ela - Todos aqui estão te parabenizando, Boo: mamãe te mandou um beijo e disse que você é um anjo adorável; já Harry acabou de surgir na sala e está quase pegando o celular aqui, então vou passar para ele.

Não se sabe ao certo o que levou Louis a encerrar a ligação antes de ter a chance de ouvir aquela doce voz lhe parabenizar de um jeito tão especial quanto uma alma gêmea poderia fazer, mas a melhor hipótese seria que: ele não queria se derreter por aquele garoto e era claro que, assim que o mais novo falasse do jeito arrastado que era característico dele, Tomlinson perderia o controle e se encheria de um afeto indesejado que só causaria horas de choro mais tarde.

O mais velho praticamente caiu da cama quando ouviu a porta de seu quarto ser escancarada e suas duas irmãs gêmeas começassem a gritar a plenos pulmões algumas canções de aniversário que aprenderam no colégio. Naquele momento ele se arrependeu de ter nascido numa familia tão grande e barulhenta como a dele, porque em dias como esse era praticamente impossível dormir em paz. As garotas se jogaram na cama dele e começaram a pular em cima dos longos edredons que cobriam não só ele como também a vazia cama.

Após abraçar ambas e ouvir suas músicas cantadas de forma estridente, ele gentilmente as expulsou do quarto no mesmo momento que ouviu seu celular tocar no meio das cobertas. Minutos se passaram até ele conseguir achar o telefone entre os vários cobertores mas, por fim, ele achou e atendeu antes da chamada cair na caixa-postal

- Alô? - como ele não havia visto o nome antes de aceitar a chamada, Tomlinson não sabia quem estava ligando-o. Nesse momento ele pensou que poderia ser um de seus familiares mais distantes que acordavam cedo para gritar um "Parabéns" exagerado e relatar coisas de quando ele ainda nem tinha consciência de sua existência - Tia Carmen? Tia, quando foi que você descobriu meu número?

- Que mané Tia Carmen, Louis! Eu lá tenho cara de ser sua tia Carmen? - a voz cheia de sotaque de Zayn foi ouvida do outro lado da linha e isso causou a alta risada do aniversariante, o que teve como consequência uma bufada irritada do amigo.

Wrong (Larry) *Editando*Onde histórias criam vida. Descubra agora