05. O idiota me venceu.

173 16 17
                                    

Nesse dia, fiquei muito abalado com o que aconteceu. Queria muito não ter ligado para o fato, mas eu estava muito nervoso, querendo saber o que aquele idiota iria fazer a respeito. Mal pude aproveitar a noite na balada. Não conversai direito com os meninos, nem sequer beijei o Luiz direito. Todos estavam percebendo e me perguntando o que estava acontecendo, porém decidir não contar a ninguém.

A noite acabou e assim como ela, todo o final de semana. Os dias foram passando e não sabia o que fazer. Pensei em conversar com ele, ou até mesmo com a mamãe para contar logo de uma vez. Mas estava tudo silencioso demais. Isso me incomodava.

O Túlio talvez estava usando isso contra mim, pois o nível de folga dele se tornou ainda pior. Ele entrava com frequência no meu quarto para pegar meus jogos. Comia todas as sobremesas que a Janete me fazia, vivia bem dizer pelado por toda a casa sem respeito nenhum, sujava toda casa quando começava a assistir seus jogos. Isso me incomodava muito, mas eu me sentia oprimido, pois era como se ele tivesse uma arma contra mim e se eu fizesse algo, ele atirava.

Um certo dia eu explodi, já não dava para segurar mais, então falei... Era uma noite de quinta-feira, já estavam todos dormindo. Eu fui beber água e peguei ele no sofá da sala só de cueca samba canção e coçando os ovos olhando para mim.

-- Vem cá, qual a tua? -- Perguntei depois de tomar um gole de água e ter coragem.

-- Qual a minha? Tá ficando louco, Caio? -- Ele levantou-se do sofá ficando sentado.

-- Beleza que você me viu vestido daquele jeito e possivelmente você já percebeu desde o início que sou gay. Aliás, todos percebem, menos a mamãe e eu não quero que ela saiba agora, muito menos por você. Então se você contou, quer ou vai contar, saiba que será sua palavra contra a minha. -- Soltei tudo.

-- Vamos lá, garoto... Primeiro, você baixa a bola e veja como fala comigo. Segundo, caso eu tivesse com a intenção de falar algo para sua mãe, eu teria provas. -- Nesse momento ele pega o celular na mesa ao lado e mostra uma gravação.

Eu não estava acreditando que o filho da puta havia gravado eu saindo de casa. Ele gravou cada momento e até deu zoom na minha roupa... Eu odeio esse cara.

-- E terceiro -- Ele continuou a falar. -- Eu estava esperando você vim falar comigo, para que possamos entrar em um acordo.

-- Que acordo? Você é um louco! Eu não quero mais falar com você. Pode mostrar essa merda a quem você quiser, estou tipo foda-se pra você e para o que todos vão pensar de mim...

Eu me levantei e quis ir embora, mas ele me puxou pelo braço.

-- Me solta, seu louco... -- Exaltei um pouco o tom de voz.

-- Fala baixo, você não quer que sua mãe e sua irmã acorde né? -- Ele me forçou a sentar.

-- Você tá me machucando. -- Falei.

-- Me desculpe -- Ele soltou meu braço e continuou -- Voltando com o que eu tinha para dizer., Você não quer ouvir? Mas vou falar assim mesmo... Meu acordo é o seguinte: Eu apago esse vídeo definitivamente na sua frente, mas você vai precisar me fazer uma coisa. -- Ele segurou o pau para mostrar que estava nitidamente excitado e mordeu os lábios.

-- Não, nem pensar! -- Me toquei na hora e respondi tentando me levantar novamente. -- Você é o esposo da minha irmã, está louco?

-- Vai, eu sei que você quer... -- Ele me segurou novamente pelo braço e pôs minha mão em seu membro. -- Tem certeza que você não quer?

-- Sim, absoluta! Agora me solta, seu escroto de merda. -- Respondi friamente.

-- Vai, cara! Não tem ninguém olhando agora...

Seu olhar no meuOnde histórias criam vida. Descubra agora