07. Manda e eu obedeço.

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Meu celular não parava de tocar. Os meninos todos me ligando e eu estava plenamente dormindo ao lado do meu cunhado.

Só que a realidade é bem diferente disso, não deveríamos está alí. Então em uma ação aleatória, eu me mexi na cama e senti que havia alguém ao meu lado. Olhei para janela e já havia amanhecido.

-- Lascou! Acorda, Túlio. Acordaaa!!! -- Eu balançada ele para que o mesmo pudesse acordar.

-- Hã? O que foi? -- Ainda sonolento não raciocinou direito. -- Caralho, eu tô fazendo o que aqui? Puta que pariu, porque você não me acordou? -- Ele levantou e começou a se vestir.

-- Eu também peguei no sono. Vai, corre! Ainda é 5:15 da manhã -- Olhei para o relógio na parede -- Dá tempo você fingir que dormiu no sofá da sala... Correeee! -- Falei olhando no correndo para me certificar que ninguém havia acordado.

Graças a Deus deu tudo certo. Ninguém viu ou desconfiou de nada (pelo menos eu acho). Eu voltei para o quarto para dormir novamente. Dormir tanto que esqueci que antes do ocorrido, eu havia marcado para sair com o pessoal. Também não tinha pego no celular desde então. Possivelmente teria várias mensagens e coitados dos meus amigos, acho que eles ficaram super preocupados...

Já era tarde, e eu só acordei com a Janete batendo em minha porta.

-- Caio, Caio! Seus amigos estão lá em baixo, vieram te ver.

Pulei da cama e botei uma camisa nas pressas. Peguei o celular e já era mais de meio dia. Ao olhar as notificações, vi mais de 300 mensagens no WhatsApp, outras no Instagram. Havia 35 chamadas não atendidas e algumas mensagem de texto.

Puta merda, os meninos devem está putos comigo.
Desci e lá estavam Luana, Luiz e Enzo.

-- O que aconteceu, frango? -- Luana fala furiosa.

-- Você é doido? -- Enzo pergunta.

-- Caio, fala o que aconteceu! Ficamos preocupados. -- Diz o Luiz.

Eu fico calado, procurando respostas para todas as perguntas. Antes de qualquer coisa, decido cumprimentá-los com um abraço. Faço isso com a Luana e o com o Enzo. Com o Luiz além de abraça-lo, eu o beijo na bochecha. Nesse exato momento, o Túlio desce as escadas e ver esta cena. Ele me olhou de cara feia, mas foi educado e deu boa tarde a todos. O mesmo foi para cozinha e lá mesmo ficou.

Chamei os meninos para subir, com medo que o Túlio pudesse ouvir nossa conversa. Ao chegar no quarto, expliquei que não estava bem. A sorte que isso já estava sendo perceptivo por todos. Informei que tive febre e vomitei. Menos mal, pois isso colou e todos ao invés de ficarem furiosos, ficaram preocupados comigo.

Devido a isso, só para fortalecer a mentira, pedi para que todos passassem a tarde comigo. Todos toparam, então eu só pedi um momento para comer alguma coisa e tomar um banho, pois tinha acabado de acordar.

Ao chegar na cozinha, Túlio ainda estava lá e me acompanhava com aquele olhar safado e sorrisinho de lado, mas eu o ignorei com medo que a Janete pudesse ver algo diferente. Entretanto, no momento em que eu iria sair, Janete também se ausentou do local, então Túlio me puxa pelo braço.

-- Quem é aquele cara que tava te abraçando?

-- Meu amigo, ué. Igual a todos que vieram me ver. Ficaram preocupados porque eu não sair ontem e não dei notícias. -- Puxei meu braço. -- Simplesmente porque eu estava transando com um idiota. Mas como você não quer nada comigo, eu não te devo satisfação... Tchau! -- Fiz um gesto debochado.

-- Você me deve sim, eu sou o cara que te come e que te faz gozar gostoso. -- Ele usou um sorriso maldoso.

-- Cala a boca. Janete pode ouvir, ela tá na sala, idiota!

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