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-Maya, eu sinto muito

-Tá tudo bem Peter

-O que você vai fazer agora? Eu, eu posso te ajudar

-Ajudar sobre o que? Eu não quero ajuda Peter, eu posso lidar com isso, e aliás, ele vai ser uma pessoa melhor

-E se não for? O que você pretende fazer?

-Eu não sei... eu não costumo ter as coisas tão planejadas como você tem Peter

-Para de colocar as coisas que eu faço em jogo, pensa em você agora Maya

-Tudo bem Peter, eu realmente não sei o que eu vou fazer se ele não se tornar uma pessoa melhor

-E é isso?

-Sim, é isso e eu não quero discutir com você

-Desculpa, desculpa, não vou te pressionar

-Eu to indo —Me levantei

-Tem certeza?

-Tenho —Peguei minha mochila e segui o caminho até a porta

-Quer que eu te leve?

-Relaxa Peter, sua casa é aqui perto e você só perderia tempo. A gente volta amanhã ou qualquer dia desses

-Mas você tá bem?

-Claro —Sorri— Tchau

-Tchau —Ele disse enquanto pegava seu livro

Fiquei parada por alguns segundos enquanto minha mão estava em cima da maçaneta. Entender o que havia no plano de ideias do Peter poderia ser a coisa mais difícil que eu poderia fazer naquele momento.

Talvez eu seja muito problemática, ou talvez, eu só queria entender o motivo disso ter tanta importância pra ele.

-Tá tudo bem? —Ele me olhou confuso

-Sim, desculpa, tchau —Sai antes de ter uma resposta dele

Espero que eu chegue em casa e não tenha mais um jantar maluco da minha mãe.
Já havia ficado escuro então eu não tinha muitas coisas pra reparar no caminho além das milhões de luzes de cada apartamento da cidade. Eu não brinco quando digo milhões. Seria uma visão bonita pra um quadro novo.

Descobrir caminhos novos até minha casa podia se tornar uma nova atividade extra a partir desses dias, por mais que uns caminhos me fizessem cair em lugares que eu não fazia ideia de onde eu estava. Mas, o ponto do metrô eu tinha chegado. Todos os dias aconteciam as mesmas coisas e eu seria patética se ficasse contando todos os dias as diferentes pessoas que eu via aqui.

Eu cheguei em casa e logo senti falta da presença do meu padrasto, por mais que não sejamos muito próximos e que eu não tinha concordado muito com o casamento dele com a minha mãe, ele é uma pessoa espaçosa, é fácil notar sua presença.

-Mãe? —Disse enquanto pendurava minha blusa na porta

-Oi Maya —Ela saiu do corredor e parecia com pressa— Por que você está chegando tão tarde agora?

-Nada, tava na casa de um amigo meu, mas não importa. Você vai sair?

-Sim, vou passar a noite no trabalho pra ganhar um dinheiro a mais já que o Shawn está desempregado

-Quando ele pretende arrumar um emprego novo?

-Ele tá procurando, filha

-Entendi, cade ele?

-Foi passar a noite no hospital com a mãe dele, ela ficou doente e ligou aqui. Agora eu tenho que ir —Ela veio até mim e deixou um beijo na minha testa— Você parece triste, é por minha causa?

impossible, parkerhart. Onde histórias criam vida. Descubra agora