Olha pra mim.

Feche os olhos.

Não. ...não pode ser...Ele não, qualquer um, menos ele. Porque? Como? Nos mudamos pra um lugar mais escondido pra não sermos achados fáceis. Que que eu faço? O que que eu faço?!!

Andei de um lado para o outro olhando Jungkook ainda caído. Eu olhei a arma no chão.

-Talvez haja um outro modo de matar a dor.

Eu peguei a arma no chão e apontei pra Jungkook.

-Talvez. ..só talvez, se eu matar você eu pare de fazer mal a todos e a mim mesmo. Eu me destruí por você. ..então porque eu tô tão feliz de ver você? Porque?

Eu coloquei a arma na cintura e fui em direção a ele. Peguei ele pelas axilas e puxei para dentro. Ele estava leve....parece 10 kilo mais magro, não haviam mais aqueles músculos, a pele lisa e macia agora era áspera e pálida. Mesmo tomando aquela chuva o corpo dele está ardendo em febre. O que que eu faço? Eu peguei ele no colo e levei até meu quarto, depositei ele na cama voltando a andar de um lado pro outro. Eu preciso de ajuda...a...droga.

Eu peguei o telefone correndo...antes de eu ligar pra qualquer pessoa, ele passou a vibrar na minha mão.

-A-alo?

-Bebê! Aí que susto, garoto! Você não me ligou! Eu fiquei desesperado aqui!

-Ah! Oi, Jin. Desculpa, eu esqueci.

-Aish. Olha, aconteceu um problema aqui. Com essa tempestade toda a estrada ficou bloqueada!

-Aí meu Deus! A estrada toda?

-Não, foi logo em frente ao restaurante, mas tem emergências dessas por toda a cidade, tá um caos! Nós vamos ter que ficar aqui até se resolverem as coisas! Você fica bem sozinho, bebê?

Eu não tô mais sozinho. O que eu faço? Se eu falar, Jin é capaz de tirar ele mesmo as árvores do caminho, pode ser perigoso, se eu não falar e ele encontrar Jungkook aqui vai pirar e matar nós dois.

-Fico sim...pode me ligar sempre que quiser, sabe que não durmo muito.

-Tudo bem, bebê. Boa noite.

-Boa noite...é.. .Jin!

-Sim, bebê?

-Preciso...te contar uma coisa.

-Fala.

Nesse momento Jungkook se mexeu e se encolheu na cama, juntou as mãos no peito e as apertou. Ele usava a nossa aliança.

-Eu te amo, Jin.

-Ah...eu também te amo, meu bebê. Fica bem, não esquece dos remédios antes de dormir. Beijinhos.

-Não vou esquecer. Beijos!

Eu fui até ele e ajeitei o cabelo dele pra trás da orelha.

-Por onde você andou? Porque está desse jeito?

Peguei o telefone novamente e fui ligar para o meu médico...um deles pelo menos. Fui pro quarto do Jin guardar a arma no lugar, minha morte vai ter que ficar pra depois.

-Alô? Jimin? Já está tarde, algum problema?

-Não, mas...tem ...um amigo meu aqui em casa e ele tá cheio de cortes e arranhões pelo corpo, tem um enorme no joelho dele que eu acho que vai precisar de ponto.

-Entendi. Como ele está? Posso falar com ele?

-Ele está desacordado, desmaiou a alguns minutos. Ele está ardendo em febre, não sei o que fazer. Tem como o senhor vir aqui para vê-lo?

-Nessa chuva?!

-Sim...Ele. ..é muito importante para mim.

-Tudo bem. Mas terá que fazer umas coisas pra mim.