Capítulo 6

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Oi oi pessoinhas. Capitulo um tanto deferente, mas super importante, as vezes ver algo de fora nos ajuda a entender a situação. Boa leitura, e se estiver gostando da história me dá um feedback, me deixa saber sua opinião. Beijos beijos

Sabra

Olhando a sena de longe não dava pra contestar; Vitória estava feliz ao lado do Deco, dava pra ver em como ela ficou mais leve depois que ele chegou com a mãe, ou então em como relaxava sempre que se davam as mãos. Minha Vivi fez daquele rapaz sua paz e porto seguro e isso era a única coisa que me deixava em duvida.

Tem coisas na vida que só uma irmã mais velha pode perceber sobre você, pois ela estava presente durante toda sua infância e juventude assim como os pais, mas a semelhança em idade faz ela perceber coisas que os mais velhos já não veem mais. Eu, Vitória e Ana Beatriz sempre fomos muito amigas, uma máquina, eu agia como a cabeça das três, traçava os planos para as surpresas em família e cuidava pra que cada detalhe desse certo, elas me chamavam de Nerd, mas sempre corriam pro meu colo ao fazer besteira e precisarem de conselhos; AnaBe era o corpo, a energia, podia fazer qualquer um rir por horas só com suas palhaçadas e nunca nos deixava ficar tristes por mais de cinco minutos, não importava oque precisava, AnaBe faria; Vitória sempre foi o coração, o sentimento, era ela que nos fazia funcionar, enquanto eu resolvia os problemas e Aninha os fazia desaparecer, com a Vi é como se eles não existissem, ela nos fazia ver tudo de outro jeito, de um lado mais bonito que te obriga a ser grata.

Não ter a Vivi em casa foi como perder a luz daquele lugar, de repente as coisas já não eram tão mais bonitas como antes. E só aceitamos sua partida pra deixa-la seguir seu primeiro amor; o teatro. Eu me sentia preocupada com ela a cada instante, só por medo do que o mundo podia fazer com toda essa luz, quando Ana Clara entrou na jogada finalmente fiquei em paz.

Só uma irmã mais velha perceberia oque estava rolando entre elas no começo, então eu já soube desde o primeiro almoço em família que Ninha apareceu. Eu soube desde sempre que elas pertenciam uma á outra.

Voltei pro presente com uma risada de Ana Beatriz. Eu olhava aquela cena com uma enorme interrogação na cabeça, Vivi sentava no encosto do sofá, mas quando Deco se sentou perto da mãe ela simplesmente levantou, foi sentar junto deles e soltou um leve suspiro como se até um minuto atrás estivesse sentindo dor. Foi então que entendi, Vitória não tinha o noivo como um porto seguro, não, ele era seu bote salva-vidas, seu remédio pra alguma dor que a afligia.

- Vi. – Chamei baixo pra não atrapalhar a conversa de Mainha e a Senhora Martins. – Pode me ajudar com as malas? Queria guardar no guarda roupa do quarto de hóspedes antes que Mainha queira passar tudo de novo.

- Ajudo sim Tatinha.

- Vou com vocês. – Ana Beatriz nos seguia até o corredor antão falei baixo só pra ela escutar.

- Na verdade Aninha, eu queria ter uma conversa com a Vit. Pode segurar todo mundo na sala?

- Fazer oque né. – Ela deu de ombros.

- Tatinha porque a Aninha voltou?

- Quero conversar com você.

- Eita! – Ela fechou a porta do quarto e pegou a mala da Mainha pra começar.

Nosso pai sempre dizia que se tem uma conversa difícil pela frente é melhor fazer algo útil com as mãos. Assim a mente se sente confortável e as mãos estariam ocupadas de mais pra possíveis socos.

- Vi, você vai mesmo seguir adiante com esse casamento? – Comecei a ajuda-la com as roupas. Ela suspirou e me olhou.

- Na verdade ainda não decidi. Não sei por que fazer essas coisas na pressão, não seria mais fácil perguntar em particular e dar tipo, duas semanas pra pensar na proposta?

Em fim noivaWhere stories live. Discover now