Em fim noiva

Capítulo 8

Oi oi pessoinhas!  Primeiro gostaria de agradecer por quem está acompanhando essa maluquice minha, obrigada. Segundo quero pedir desculpa pelo capitulo curto, ele é o mais especial pra mim com toda a certeza, porem saiu curtinho. Espero que gostem. Beijos e boa leitura

Ana Clara

- Eu não aguento Maicon. – Já era a milionésima vez que eu reclamava.

- Eu sei Ana, mas sossega. – Ele porem, permanecia sentado enquanto eu dava voltas e voltas pelo meu apartamento. – A Sabra pediu pra esperar só até hoje não foi?

- Aham. – Peguei meu celular pra reler em voz alto a mesma mensagem que passei o dia olhando ontem.

Tatinha (Sabra Falcão)

"Ana não surta tá!

Preciso que você espere até quarta a noite pra procurar pela Vivi, eu tenho um plano tampinha e é de extrema importância você ficar bem ai, e quietinha.

Desculpa, mas vai valer apena.

Te amo, Beijos"

- Então Ana. – Mike tentava me fazer ficar calma desde segunda a noite, e ainda não tinha tido sucesso. – Se a Sabra diz que tem um plano é porque tem né.

- Plano? – Fiquei de frente pra ele. – Ela me incentiva a lutar pela Vitória na segunda, pede na terça pra que eu espere até quarta e se não reparou o jantar de quinta já é amanhã. Jantar de noivado Mike. Eu vou morrer se tiver que ir até lá.

- Morre não baixinha dramática. – Ao menos o drama me rendeu um abraço. – E ela pediu pra esperar até hoje a noite não foi? Prometo te levar até lá assim que der seis horas.

- Promete?

- De dedinho e tudo. – Mike me ofereceu o dedo, mas puxei sua mão inteira.

- Então vamos fazer o tempo passar. Tem uma serie nova que to louca pra ver.

Passamos o resto da manhã em frente ao notebook abraçados, quem chegasse certamente veria o casal que deveríamos ser. Eu admito, até combinamos como namorados, e se a vida fosse de um jeito mais fácil, de um jeito sem dor, nós ficaríamos juntos de verdade. Dois compositores com almas de poetas dividindo a vida em um único coração sincronizado, isso era tão romântico, tão fácil e inovador que por um momento desejei ser verdade.

- Mike? – Chamei quando acabei de almoçar.

- Oi Ninha.

- Como vamos fazer agora?

- Se você me disser oque se passa na sua cabeça vai ficar mais fácil responder.

- Quero dizer em relação a nós dois. Como fica nosso namoro agora?

- Ah! Eu estava pensando nisso também. – Ele veio até a cadeira na minha frente e segurou minhas mãos. – Ana você sabe que te amo né? Que você pra mim é mais que família, é como uma parte do meu próprio coração?

- Sei sim e você também é parte do meu. – Entrelacei nossos dedos. – Por isso juro que faço qualquer coisa que você quisesse, se pedir pra casar agora contigo eu caso. Juro.

- Não Aninha. Credo. - Era sempre muito fácil tirar um sorriso daquele menino doce. – É exatamente por te amar tanto assim que quero terminar.

- Como..?

- É isso mesmo minha rainha. Nós dois sabíamos que não dava pra viver pra sempre nessa mentira Ana, começamos como uma válvula de escape e já faz dois anos que fugimos do mundo e nos escondemos um no outro. Eu te amo mais que qualquer outra pessoa nesse mundo e por isso te quero feliz, você tem que ao menos tentar ficar com o amor da sua vida e se não der certo eu duvido que continuamos com a mentira ajudaria. Ninguém consegue ser feliz se escondendo e eu to começando a aprender isso.

- Você tá terminando comigo?

- Estou. – Ele fez uma careta, mas sorriu. – Me desculpe coração, mas eu to sim.

- Não. Tudo bem. – Provavelmente minha cara estaria de espanto, então sorri. – Você vai ficar bem?

- Claro que sim. Tenho a melhor amiga do mundo pra me ajudar a finalmente sair do armário não é mesmo?

- Pode apostar que tem. – Abracei ele com toda a força que tinha. – Obrigada.

- Está agradecendo por eu terminar com você? – Ele se sentou e me olhou nos olhos, os lábios subindo em um sorriso.

- Não. To agradecendo por todo o resto.

- Minha baixinha linda.

- Meu homão da porra. – Acariciei sua bochecha. – Mas não pense que vai escapar da carona que me prometeu não em.

- Meu Deus, como se eu fosse perder isso de alguma maneira. Venho esperando ver Ana Clara Caetano criar coragem a anos.

- Ah e não vai escapar da louça suja também não.

- Sempre sobra pra mim né? Pode pegar um pano de prato porque eu lavo e você guarda.

...

Estávamos terminando de ajeitar a pia quando o interfone tocou.

- Tá esperando alguém Ana?

- Não.

Olhei confusa enquanto ele atendia.

- Oi? Quem? – Me preocupei com o olhar assustado que ele me enviou. – Não, tudo bem. Pode a mandar subir Senhor João. Ah, não precisa dizer que estou aqui não tá? A Aninha tá sozinha. – Ele escutava sorrindo enquanto o porteiro falou alguma coisa. – Serio? Adoraria ver essa cena. Bom manda ela subir, eu não me importo com isso pode ficar tranquilo. Estou feliz em saber. Até mais Senhor João.

- Mike dá pra explicar? Quem tá subindo? E porque você não tá aqui. – Eu realmente não estava entendendo nada.

- Primeiro fica calma tá? – Ele falou sorrindo de canto. – Segundo eu vou embora porque vai ser melhor assim e realmente espero que seu porteiro não seja paparazzi.

- O que isso tem haver com...

A campainha me interrompeu e fomos os dois em direção a porta, eu confusa e ele sorrindo.

- Terceiro. – Ele segurou a maçaneta com uma mão e me entregou um anel com a outra. "Era a nossa aliança???" – Você está muito bonita hoje. Me liga assim que quiser.

Então Mike abriu a porta revelando uma Vitória toda de branco com um buque de girassóis na mão. Era como ver um anjo conjurado ali do meu paraíso particular, ou uma noiva do meu próprio inferno.