Traição

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Katharina é uma pessoa que me deixa maluco, ela tem o dom de me fazer pensar besteiras a todo momento, tem horas que da vontade de quebra-la em quatorze mil pedaços. Insano e desequilibrado acelero meu Audi e-tron Gt preto, no mesmo lugar que um dia quebrei a cara de Light. No famoso
" The Unicorn Bar " aqui em Stealle .
Raider tenta me tranquilizar, mas é inútil, estou com o corpo em chamas, perto de explodir.
-Pela mor de Deus Andy!!! Se vai mata nois neguín!
-Cala merda da boca.
-Cara ela só saiu, só isso, o que tem demais?
-Num da um de Adam não, que eu quebro sua cara e nem vou precisar de duas mãos.
Ele se fica mudo, pensando em outras alternativas.
Minha respiração está descontrolada. Abro um pouco o vidro na tentativa de esperar que o vento amenize meu calor e meus pensamentos turbulentos.
-Liga pra ela!
-Não da cara...
-Liga, agora ( pressiono ).
-Tá desligado.
Sinto que ele está mentindo.
-Dá o celular.
-Quê?
-Da a porra do celular agora seu pastel.
Ele enrola.
-Não confia em mim?
-Não!
-Porque não Andy?
-Porque você tá do lado dela.
Ele engoli seco, resmunga e em seguida eu mesmo tomo.
Ligo 7 vezes e nada.
-Vagabunda ( Respondo sozinho dando um tapa na buzina ).
-Biii Biiii Biiiiiiiiii..
-Ohhh caralho desliga isso.
Olho pro retrovisor e vejo alguém mostrar o dedo do meio pra mim.
Coloco o dedo pra fora retribuindo a gentileza.
Ele passa com tudo e arranca meu retrovisor.
Eu como um bom ser humano que sou, jogo meu carro na frente dele o fazendo parar.
Ele bate amassando a lataria e o alarme dispara.
-Andyyy que que isso? ( Raider se desespera ).
-Ta maluco irmão?
O cara de toca preta e corrente dourada grossa sai do carro.
Fazendo expressão de marrento.
-Tá feliz? ( pergunto tirando meus óculos escuros )
-Como é parceiro?
-Amasso meu carro!
-Você, que se jogo.
-Euu? ( meu semblante é de incoerência ).
-Sim você, tá querendo arma pra mim seu bosta.
A polícia encosta.
-O que houve aqui.
Começo a chorar.
-Meu carro... meu pobre carro, demorei 8 anos pra paga ele, tão difícil..
Raider se afasta e tenta evitar o contato visual.
-Calma! ( o policial pede ).
-Nossa a gente não pode ter nada hoje em dia, a violência tá demais... eu vou ver minha filha que está doente pobrezinha, queria tanto me ver.. e agora acontece isso, que mundo injusto meu deus.
O policial começa a ficar com dó e anota tudo que digo.
Conversa com o animal de toca e corrente de pitbull.
-Esse cara me provoco, ele tá mentindo.
-Veja, veja só.. meu retrovisor, minha lataria, olha.. que prova maior o senhor quer? Nunca maltratei ninguém, todos estão de prova.
O policial coça a cabeça.
E eu seco minhas lágrimas na blusa, meu rosto está vermelho e meus olhos marejados.
-Vem comigo. ( o policial mostra o caminho ao esquentadinho ).
-Não... não.. eu.. Não fui eu, ele se jogo.
Aproveito para incrementar minha cena.
-O prejuízo, quem será que vai paga... a se eu soubesse que seria assim ficava em casa.
O cara vai pra cima de mim.
-Filho da puta, vou acabar com sua raça. SEU PLAYBOY, BURGUÊS SAFADO!
O olho chorando com cara de assustado, deixo ele se agarrar ao meu pescoço e fazer a marca.
O militar já nervoso o coloca dentro da viatura, e em seguida carrega seu veículo.
Eles oferecem ajuda e me pedem pra depor.
Falo que resolverei depois.
E então eles se de despedem.
Do jeito que estou entro no carro. E por último dou uma piscadinha de leve ao malandro sem noção.
Coloco meu óculos e entro. Batendo a porta Raider balança a cabeça.
-Cara você não existe.
E logo me recomponho, o mandando um sorriso de canto.
-Nem sempre se resolve uma luta na porrada.
-Tô vendo ( Raider cruza os braços ).
Perdemos tempo mas logo seguimos.
Umas garotas acenam para nós em cada esquina.
-Dependendo do que a Irina fizer.. eu volto e pego uma delas.
Raider bufa, mordendo a mandíbula.

Katharina

-Vira, vira, vira, vira, vira... aeeeeeeee.
Muitos aplaudem.
-Já é a oitava dose, que isso hein? ( Taylor me admira ).
-Che-gaaa.
-Mais um, mais um, mais um..
-Só um chote gatinha, suave ( Taylor põem um copo na minha frente ).
Victória está sentada no colo de um cara, rosando nele.
E Dancan está tragando um Narguile.
-Como vim.. parar com esses.. babacas.
-Melhor que ficar trancada e sendo cornada, né não? ( Taylor gargalha ).
Começa a tocar uma batida forte.
Meu corpo se move sozinho.
Vejo algumas garotas fazendo stripe e me junto a elas.
Subo na mesa onde servem as bebidas e tiro o sinto de meu short de maneira grotesca, os homens começam a bater na mesa.
-Ahhhhhh caralho essa mina é foda ( Taylor ri ).
Dancan chega a engasgar com a fumaça.
Abro o botão do short curto mostrando um pouco a polpa da bunda ficando só de calcinha.
-Tira, Tira, Tira...
-Filma ali Porra, é inédito. Bota no YouTube. ( Taylor dá a dica ).
Victória filma.
Tiro minha blusa decotada e a rodo.
Um homem me joga dinheiro.
E eu coloco dentro do sutiã.
Dou mini quebradas com o quadril.
E a galera vibra quando desço e subo sensualmente.
Pego a bebida da bandeja do garçom e jogo em meu próprio corpo.
Molhando-me  inteira.
-Nossa, batia uma pra ela, fácil. ( Taylor começa a ficar de pau duro ).
Victória abaixa a câmera.
-Não acha que já tá indo longe demais..
Ela diz, mas eu mal escuto, a música está no ápice.
A altura me impede de ouvir minha própria voz.
-Se masturba gataaaaa, vai lá! ( Um grita do fundo).
-Então quer dizer que você tá a venda?
A voz me faz soltar o copo de vidro que  logo quebra na queda.
-É com isso que você, gasta seu tempo?
A voz ecoa.
Um cara me puxa pelas pernas, dando alguns beijos em minha região íntima.
-KATHARINA !!
Ouço um grito.
Todos ignoram e voltam a dançar.
-V-ocê quer me dá, gostosa, fica nua pra mim, fica.
Minha fixa cai, e percebo que fiz merda, minha pele gela, dos pés a cabeça. Dou um sorriso falso e Victória empurra o cara que está agarrado em mim.
-VOU FALAR UMA VEZ, PRA FORA!
Eiri atira pra cima e todos começam a correr com medo de morrer.
Taylor abre a última latinha e os amigos arrastam ele.
Victória começa a sentir falta de ar.
Meu coração dispara.
Ele me olha com raiva misturado a ódio e decepção.
Ele morde o lábio pra não gritar mais e se esforça pra não voar em mim.
Ele aponta a arma pra na minha direção.
Minhas pernas ficam bambas.
-VOCÊ NÃO SERIA LOUCOOOO ( Victória berra ).
Ele mira e atira em uma garrafa da prateleira atrás de mim.
Me fazendo pular de susto.
Victória se baixa com as mãos pra cima.
E eu imóvel estou.
-Eu não sou sua Eiri.. Eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também, essa é minha vida, me deixa viver.
-QUER VIVER COMO UMA GAROTA FÁCIL? QUER FAZER ISSO PRA CHAMAR A ATENÇÃO? ACHA QUE É DONA DA PORRA TODA SÓ PORQUE TÁ DE CALCINHA?  ELES SÓ ESTAM ZUANDO COM SUA CARA SUA IMBECIL.
-CHEGAAAAA, VOCÊ NÃO SABE NADA SOBRE MIM, ME DEIXA EM PAZ.
-SEI TANTO SOBRE VOCÊ QUE ESCREVI UM LIVRO.
Cruzo os braços com medo de descer e cair, então permaneço na mesma postura.
Suas palavras me tocam como um alfinete pronto a penetrar vagarosamente.
-VOCÊ É UMA CRIANÇA KATHARINA!
-ENTÃO ME DEIXA.... QUERO SER ASSIM.
-OLHA A MERDA QUE VOCÊ TÁ FALANDO, PARO PRA PENSA?
-PARA DE ME MANIPULA, FICA ME TRANCANDO EM CASA.
-Fiz isso uma vez.
-ME XINGA, NÃO TEM UM PINGO DE PACIÊNCIA.
-Se fosse assim eu já tinha largado você faz tempo.
Ele se aproxima.
Pego todas as garrafas perto de mim e arremeço nele, e com suas balas ele atira estourando uma a uma.
-Já acabo Katharina?
-FILHO DA PUTA, CORNOOOOO EU TE ODEIO, TE ODEIO MUITO, SOME DA MINHA VIDA SEU VIADO CRETINO.
-Duas certezas que eu tenho na minha vida, primeira eu não sou filho de uma puta, minha mãe nunca trabalhou nessa área. E segundo não curto o mesmo sexo que eu então, tecnicamente não sou viado. Não sinto desejo por um pau estrando em mim. Ao contrário de você. Que tá aí toda fudida.
Victória entra na frente.
-Tentei para-la... mas foi sem sucesso.
-Cala boca vadia, você que trouxe ela.
-Só por diversão, pra distrai.
-Nossa que bela amiga, trazer para um bar que só existe homem.
-Tinha mulheres também.
-Já chega, você nunca foi boa companhia.
-E você é, Andrew?
Eiri passa a língua nos lábios e por um segundo mentalizo um pai nosso em minha mente.
-Só se preocupava com a merda da sua empresa, nunca se importou com sentimentos. Negou a própria filha, matou mais de 72 pessoas. Foi líder de uma máfia. Matou o pai dela. Foi tão egoísta que deixou a própria mulher morrer no altar.
-CHEGAAAAAAAAAAAAAAAA SUA VADIA IMUNDA. EU VOU ACABA COM VOCÊ.
-Você não é nenhum Santo. É um deus da mentira.
Pela primeira vez me sinto ser a
Atena e Victória um de meus cavaleiros.
-Sai da frente ou eu atiro.
-Você não tem bala, descarregou tudo nas garrafas.
Ela diz convicta de suas palavras.
"Ela tem ele nas mãos".
Ele põe a arma de volta a cintura. E baixa a blusa.
-Vem comigo.
Ele estende a mão.
-Oi???
Victória me olha pasma.
-Gente tô passada, você é muito bipolar.
-Por favor.
Balanço mais não caio, penso e despenso. Minha cabeça começa a arder.
-Por favor Katharina.
-Não vai, ele tá jogando.. ( Victória sussurra ).
Parece que agora ela tá com medo.
Não tenho mais um lado da moeda, parece que ela não para de rodar.
-Não vou fazer nada com você, só se você me pedir.
Olho torto e o observo de canto.
-E porque tá dando uma de cão arrependido?
-Porque preciso proteger a coisa pela qual não consigo viver, você.
Minhas lágrimas surgem.
-Você só me machuca-aa Ei-rii-i.
-Você é minha perdição, sem você eu fico louco.
-Você-ê é um mentiroso-o, eu acreditei em nós o tempo inteiro-o.
Ele entendi mas fingi que seu problema é maior que o meu.
-Irina...
Sua voz ecoa pelo ambiente como uma flauta doce.
Victória avança nele.
E ele desvia, e passa por ela como uma sombra.
Minha mente só pensa "ohhhhhh" ou "olée". Numa hora dessas não consigo me concentrar, devo ser criança mesmo.
Ele me tira de cima, pegando em minha cintura.
Imóvel estou.
Olho para o lado desviando o olhar. Evitando cantato com a aqueles olhos mel esverdeado.
Ele tira a blusa dele e me cobre.
Nesse instante ouço trovoadas e a luz piscar.
-Você não merece ela, e eu não mereço perder meu tempo com vocês. Ficam nesse vai e volta, chove não molha, quer saber, vocês são uma gracinha juntos. ( Ela ironiza ).
E sai em meio a tempestade.
Raider entra e me olha como quem diz
"desculpa por ele estragar seu momento".
"Eiri tem razão, estou querendo atenção, não sou esse tipo de garota.."
Meus pensamentos são interrompidos.
-Eii..
-Que é?
-Vamos pra casa.
-Me deixa só. ( digo por estar cansada ).
-Não, não consigo ficar longe de você.
-Porque insiste em uma pessoa que não tem futuro, uma baixinha, magrela, de cabelo azul, que é mimada, dramática, desastrada tem dois pés esquerdos...
Ele tampa minha boca num beijo.
Mal sinto seu gosto, mas senti falta desse toque.
O coração que batia com medo, mudou para desejo. E esse fogo arde em mim só de olha-lo.
-Você fala demais, esse é o seu pior defeito.
-Vocês estão ou não estão juntos..
-Hã..  ( travo ).
-Não sei ( ele solta ).
Eu me afasto e vou em direção a porta.
Ele me puxa pela cintura deixando-me frente a frente.
-Para de me confundir ( esbravejo ).
-E você para de me iludir.
-Hã?
-Burguer.
-Fala sério ( reviro os olhos ).
-O que você quer de mim?
-Que você seja sincero.
-Eu sou.
-Até parece.
-Você me buga Katharina.
-E você mais ainda, não sabe o que quer e ainda diz que sou imatura, qual é.
-Eu quero você.
-Então prova.
Ele muda o semblante.
-Estou aqui, não estou.
-Hunf ( bufo ).
-Você não é bom o suficiente.
-Então me beija.
-Tá maluco, esqueceu que não temos nada ( digo no intuito de irrita-lo ).
-Então porque quando você se masturba diz meu nome, ou até mesmo quando geme. Porque faz e leva café todo dia. Porque faz coisas sem sentido, se não for pra chamar minha atenção?
-Eu te amo Eiri! ( digo segurando em sua camiseta e olhando para baixo ).
-E isso não é iludir? Você disse que me odeia, agora me ama, tem certeza que  sou bipolar?
-Paraaaaaa ouuu, chega, tá irritando.
Vamos pra essa merda, não tenho pra onde ir mesmo.
Piso forte no chão e ao sair pela porta dou uma tonteada para trás.
-Calma, vai devagar ( ele me pega por trás, evitando minha queda ).
-Não preciso da sua ajuda.
Ele me observa ainda digerindo a resposta mal criada.
-Chega gente... parece gato e cachorro, meu deus. Como será daqui pra frente, juro que não sei como vocês conseguem dormir junto.
-Eu me seguro para não matá-lo ( Respondo confiante ).
Ele está aéreo e não responde.
Chegando em casa quem corre pra me recebe é a pequena Dora.
Ela me abraça forte e eu a beijo bastante.
-Tá cada dia mais alta.
Ela sorri pra mim e sai correndo envergonhada.
Raider pede pizza enquanto joga alguns jogos de tiro na TV.
Eiri pega como sempre seu wisque em seguida solta balançando a cabeça num sinal de "não posso".
Ele liga o chuveiro pra mim, coloca no frio. E me segura pra que eu não caia, vomito ali mesmo. Eiri tentando me ajudar, massageia minhas costas.

Eiri

Saindo do box, meu celular toca, atendo e é quem eu temia.
Mia marcou de sair comigo, e pediu a confirmação.
Penso que Katharina é boa, mais não burra, ela faz as coisas pra chamar minha atenção, é esperta e eu caio feito um mané.
Não confio 100% nela. E o que vivi hoje, só prova o quanto nós não damos certo.
Saio apressado em direção a porta.
-Onde vai?
-Pra que quer saber ?
Ela me olha desconfiada.
-A essa hora da noite Eiri, aonde?
-Resolve uns negócios.
-Que negócios?
-Uns negócios pendentes.
-Que negócios pendentes?
-Aiiii senhor, não me enche!
-Eiri não dá as costas pra mim. Eu tô falando com você.
-Que sorte que não me casei com você, parece um rastreador.
-Me responde droga!
-Cuida da sua vida, que eu cuido da minha, falou?
-Não sou um dos seus colegas, não! Pra me tratar dessa forma.
-E você não é minha mãe, pra recebe satisfação.
Bato a porta antes que ela fale besteira.
Escuto seus berros e depois um longo silêncio.
-Não vou ficar para pizza. ( Mando para Raider ).

Katharina

Estou agoniada Eiri não voltou pra casa, não consegui durmi. Pensando nas duzentas possibilidades de ele ter me abandonado. Ou até mesmo de estar fazendo planos para me matar.
Faço um café rápido para Isadora. Me arrumo para aparecer na faculdade depois de "anos".
Raider leva Dora para passear e eu a facul.
Chegando lá descubro que estou de férias.
-Oiiii?
-Você, não sabia?
-Não, ninguém me comunicou.
-E por falar nisso suas notas caíram  muito. Você não está nem no ranking dos 100 melhores.
-OOOO QUÊ ?
-Pois é flor ( a secretária me informa friamente ).
-Tá então, que colocação estou.
-Vixiii não sei amada.
-Haaaaaa não porque eu??? ( bato o pé e faço drama ).
-Quem é o primeiro?
-Andrew Foster.
-Quem é esse?
Ela me olha indignada.
-E só um dos caras mais bonitos na atualidade, é famoso e tudo mais.
Minha ficha cai.
-Eiriii... SEU MALDITO!
-Algum problema?
-Nada, nada não.. kkk.
-Se esforce flor ou irá reprovar.

Eiri

Acordo meio atordoado, meio tonto, meio... "Sei lá".
Remexo meu corpo, bocejo.
Os pássaros cantam e a luz invade o quarto apesar de estar frio.
Levanto a cabeça e percebo que a um braço embaixo de mim.
"Eu estava deitado com a cabeça em um braço, o tempo todo".
Ela geme baixo e beija meu pescoço.
-Bom dia amor.
Levanto como se fosse um pesadelo esfrego as vistas e minha visão ainda é ela.
Estou num quarto diferente.
"O que fiz para estar aqui mesmo?".
-Foi divertido não foi? Eu me mexi muito durante a noite? Está tão tarde assim pra você levantar?
Eu a olho por meia hora.
-Se tá legal?
-Miaaaa... Porque?
-Você tava tão fofo que não resisti. ( ela sorri ).
-Você precisava disso. ( ela acaricia meu pescoço e eu não me movo ).
"Fui consumido por essa pessoa sem saber".
Ela ameaça me beijar. Nossas respirações se descontrolam.
-Eu.. Não posso ( digo assustado e confuso ).
-Vou embora ( menciono antes que ela me prenda ).
Ao bater a porta ouço ela falar no telefone com um cara.
-Oiiii meu amor, tô indo, já vou vida, não se preocupe.
Ela desliga e eu volto ao ap. Para verificar seu celular.
Ela foi pro banho e eu vejo em sua tela escrito. "Última ligação". "Marido".
Respiro fundo e me recomponho contando até 10.
Minha cabeça fica em branco e a única frase que surgi em mim é:
"Katharina me perdoe".

O que ele quer de mim?Onde histórias criam vida. Descubra agora