O que ele quer de mim?

Sempre amei você.. e nada vai mudar isso (Final)

EIRI

Eu sei que fui um babaca, se bem que o sentimentalismo dela me irrita. Ela tem um gênio forte e se as coisas não forem do jeito que ela quer, Irina simplismente surta. Ela tem um retrato de família ideal em sua cabeça.
"Ahhhh pra que isso velho? Ela é uma criança, fica insistindo em algo que não da certo!"
A verdade que eu e ela, não combinamos. E o que ela quer eu não posso dar. "Um amor eterno".
Pego meu carro e me dirijo a casa de dona Lena.
-Jáaaaa VAIII! ( ela grita só em uma única tocada de campainha ).
"Quanta indelicadeza".
-Oii.. ( a senhora abre a porta impaciente ).
Ela para e arregala os olhos.
-Antes que feche a porta na minha cara.. quero te dizer algo para sua felicidade.
-Tô fazendo bolo ( ela se faz de irônica ).
-O bolo pode esperar ( digo com firmeza na voz ).
-Fiz uma oração pra afastar o mal e olha você aqui...
-Pelo jeito não resolveu muito. ( a interrompo ).
Ela força para que eu não empurre a porta e então eu lanço.
-Só um mininuto..
-NEM DOIS!
-Então três?
-ESCUTA AQUI MOLEQUE..
-Dona só um minuto..o que custa?
-Você TÁ FAZENDO A MINHA FILHA DE TROUXA, ELA TÁ CAINDO NO SEU PAPO SEU VELHO SENIL.
-A senhora é mais velha que eu.
Ela me fuzila com os olhos.
-Com todo respeito, é claro ( concerto ).
-DEPOIS DE TUDO QUE FIZ PRA AFASTA VOCÊS.. AGORA? AGORA TA AÍ, PEDINDO AJUDA, VAI MENDIGA EM OUTRO LUGAR.
-Éhh! Grita mais alto pro mundo inteiro ouvir que sou um vagabundo.
-PIOR DO QUE ISSO É UM GALINHA, TRAIDOR..
-Quê mais? ( debocho )
Ela rosna.
-Tá agora é minha vez. ( aproveito o intervalo que ela da ).
-Eu tô aqui pra dizer, que vou desistir da Irina.
-KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKĶKKKKKKKKKKKKK
-Qual é a graça?
-É SÉRIO isso? seu animal!! SÉRIO? KKKKKKK, como você mente mal.
-Entenda como quiser. ( saio em direção ao carro ).
-Eiii, você não brincaria com isso né?
( ela diz de longe ).
-Eu nunca gostei de brincadeiras, Madalena ( coloco o óculos e entro no carro ).
Finalmente volto ao meu país de origem. Londres.
Entre conversas e negócios consigo voltar ao ramo antes paralisado da moda.
Faço sessões de fotos em um estúdio para lançar uma marca de roupa nova.
Topo também fazer algumas fotografias para cuecas box em sua nova edição.
A fotógrafa e a dona do produto conversam comigo e concluo ter ajudado na divulgação.
-Temos para relógio e perfume, você quer?
-No outro mês quem sabe, por hora só esses.
Ela sorri e fecha sua agenda.
-Tem certeza mesmo, seu perfil é muito bom.
-É melhor não.. ( insisto ).
A produtora me chama para um almoço e vejo que estou sendo vigiado pela fotógrafa.
Desvio o olhar e me foco na conversa em minha frente.
-Soube que sua empresa esteve a beira da falência.
-É.
-E também você tá sempre nos sites de fofocas. Quer dizer seu nome não sai delas kk ( ela brinca ).
-Pois é.
-E como vai seu namoro?
-Terminei.
-Ahh uma pena ( ela olha para as folhas de contrato ).
-Porque não conta mais da sua vida pessoal para os fãs.
-Eles sabem o necessário. Nada além disso.
-Soube que vai se casar.
Engulo seco.
-É nem eu sabia disso ( arregalo os olhos ).
-Tão dizendo que..
-O povo diz muita coisa, com licença!
Saio rapidamente antes de alcançarem.
No meio da rua o celular toca.
-Puta que paril.. quem é o infeliz.
-Oi tio... Tá firmeza?
Conto até dez para não estourar.
-Onde você tá, loiraça?
-Tô em londres ( digo entre dentes )
-QUÊ? MINTIRA?
afasto o telefone pra não fica surdo.
-Tem como você cola na minha escola, tenho uns bagulho muito loko pra te conta.
-Da pra traduzi seu neandertal.
-Ahhh, esquece loirão, tô te vendo, fica ai.
-Oxeee..
-LOIRAÇA AQUIIIII!
Procuro com desdenho.
Olho para uma ponte e ele está acenando pra mim.
-Tiooooo peraeeeeeê.
Acendo um cigarro, coloco a mão desocupada no bolso e saio andando.
Acelero o passo e ele me alcança.
-Aiii tio pera mano..
-Fala mala sem alça.
-Credo.. ( ele ri e entrelaça a mão no meu ombro ).
-Tira suas mãos imundas de mim. ( digo com os olhos fechados e amaço meu cigarro ).
-Tu é bixa é? Tá parecendo.
Nem dou bola e ele continua tragarelando.
-Se viu quem mato o meu pai?
Sento no banco de madeira e cruzo as pernas.
-Não.. e não me importo.
-Então, só que a parada é o seguinte tio..
-Desembucha, odeio mistério.
-Foi um cara chamado Light.
Meio rosto se paralisa por um instante mudando minha feição.
-Como é?
-Tio, você também conhece ele?
-Como garoto, é impossível.. ele não.. haaa tá bom, conta outra. ( gaguejo e minhas batidas se descontrolam ).
-Pois é achamos o filho da mãe, agora só falta manda ele pro inferno, já chamei a galera.
Levanto e ponho a mão no ombro dele.
-Vai pra casa garoto!
-TIOOOOO.. PELA MOR DE DEUS, FAZ ISSO NÃO VÉI.
-Acabamos por aqui!
-Tá tudo no esquema já!
-Então desfaz.
-Tá loko ( ele me puxa pela gola )
Eu pego seu pulso e torço.
-Solta tio.. tio.. Solta carai.
-Vai pra casa, agora! ( falo mais sereno possível ).
-Você não e o mesmo cara de antes.
Ele seca as lágrimas com raiva, pega sua mochila e vai embora.