ALÉM DE MIM

CAPÍTULO 17

Ele me olha assim que eu falo meio alto, mas não diz nada. Parece que estava tentando se lembrar de quem eu era, qual da várias garotas que ele ficou dentro desses meses. Tento me aproximar mais uma vez e o segurança me barra, eu só penso em segurar a pequena garotinha perto de mim, para que ele não à machuque.-
VITÓRIA: Não encosta em mim!- Falo alto-
LUAN: Deixa elas, Well.- Ele fala para o segurança, que se afasta na mesma hora e me da passagem.- Oi, quem é você?- Me dói, mas era óbvio que ele não se lembrava.-
VITÓRIA: Eu me chamo Vitória, podemos conversar um instante?
LUAN: Claro, eu estava de saída. Mas podemos ir até o café do outro lado da rua, pode ser?- Ele me encara nos olhos, ainda estava me analisando para ver se lembrava de algo.-
VITÓRIA: Claro, pode sim.
LUAN: Vamos...- Ele me da passagem e vamos juntos com os segurancas mal encarados dele, que fialcaram na porta do café e nós entramos, nos sentamos e ele me olha.-
LUAN: Perdoa a minha lerdeza, mas eu te conheço de algum lugar?- Pergunta direto assim que se senta.-
VITÓRIA: Eu me chamo Vitória, nós ficamos na minha última vinda para o Brasil, alguns meses atrás.- Ele franze o cenho, talvez ainda estivesse com a esperança de lembrar.-
LUAN: Me perdoa, acho que eu não me lembro.
VITÓRIA: Tudo bem- sorrio sem jeito e dou com os ombros.-
LUAN: Essa é sua irmãzinha?
VITÓRIA: Na verdade... Não! Essa é a minha filha, ou melhor, nossa filha!
LUAN: Oi?- Fala espantado- Como assim?- Ele pergunta incrédulo-
VITÓRIA: Como você não se lembra da nossa transa, não vou me chocar se disser que também não lembra que não usamos preservativo. Essa criança é fruto de uma relação imprudente nossa.