CAPÍTULO 24

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LUAN: Ela disse na carta que tem algumas coisas da menina aqui na mala.- Falo revirando as coisas dentro da bolsa, havia ali muitas roupinhas diferentes e fofas, mas eu foco na latinha de leite em pó e nas mamadeiras que também estavam lá- Alguém faz alguma idéia de como prepara isso?
BRUNA: Eu posso tentar te ajudar, Pi
LUAN: Vamos logo, esse chorinho dela me da agonia!- Falo meio sem paciência pelo choro, Bruna entrega ela pra minha mãe e vamos para a cozinha juntos.-
BRUNA: Pelo que diz aqui, precisamos só pegar água do filtro, esquentar e misturar com o pózinho, que são 1 medida para cada 30ml.
LUAN: Não entendi muito, mas vamos tentar!- Falo rápido, coloco água do filtro para esquentar enquanto a Bru vai lavando a mamadeira.-
BRUNA: Você está bem aflito, né?
LUAN: Poxa, Bru. De um dia para o outro tem um bebê novo na nossa casa, na nossa família! Quem não fica aflito? Eu tenho medo do destino dela, sabe?
BRUNA: Como assim, em qual sentido?
LUAN: Tudo bem que ela pode ser sim minha filha, e eu não descarto essa possibilidade! Mas e se ela não for? Como eu vou legalizar na justiça uma criança que nem se quer documento tem? Eu estou mais desnorteado com a possibilidade dela não ser a minha filha, do que o contrário.
BRUNA: Vamos viver o hoje, pode ser? Vamos cuidar dela, como o papai falou. Vamos alimentar, dar banho e trocar as fraldas até quando for necessário! Depois que sair o resultado podemos pensar no que fazemos, mas enquanto isso, vamos aproveitar ela, pode ser? Por mais que não seja sua, um bebê em casa trás muota paz!- Ela sorri toda positiva, eu amava isso na Bru, ela me ajudava à enxergar as coisas de uma forma menos dura.-

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