7: Boa sorte, Kihyun

1.7K 293 92
                                    

oioi bebês, como estão? gostaria de agradecer pelas views AAAAAAAA, vocês são maryvilhosos!!!!
espero que estejam gostando da fic 💞

boa leitura ✊🏻

[ .*+ 🍶 ]

— Eu não acredito que seu pai fez isso — Jooheon murmurou ao pagar a atendente do café em que estávamos — você vai realmente levar isso adiante? — quando a moça o entregou seu copo de café, ele sorriu docemente.

Cruzei os braços e contorci os lábios. Em seguida, respirei profundamente, acompanhando os passos de Jooheon, que nos levavam para o lado de fora do estabelecimento.

— Eu preciso, Joo. Quem sabe assim meu pai não para de me encher o saco? — torci o nariz. Falar sobre meu pai me deixava com a raiva à flor da pele, sentia até mesmo insetos andarem por meu corpo.

— Você não sabe nada sobre a lei, Kihyun. Sem querer ser pessimista, mas já sendo, isso vai dar errado — ele parou de andar. Seu semblante, que, na maioria das vezes era singelo e fofo, havia se tornado sério e fechado. Era a primeira vez, fora a vez em que ele brigou com Minhyuk, que eu o via dessa forma. O olhei.

— Você precisa confiar em mim, Joo.

— É exatamente esse o problema.

— Então confie em Changkyun.

Ele arqueou a sobrancelha esquerda. Assim que abriu sua boca para contestar minha fala, meu celular tocou. Ao tirá-lo de meu bolso e olhar o visor, vi que era um número desconhecido. Meus orbes se alternaram entre um Jooheon curioso e o número que insistia em me ligar. Já imaginando o pior, umedeci os lábios e atendi.

— Alô?

Você esqueceu que temos um caso para resolver? — era Changkyun. Seu tom era rígido, o que denunciava, de duas coisas, uma: ou ele queria me matar ou suas próximas palavras iniciariam um sermão. E acertei em cheio: as palavras seguintes de Changkyun foram uma lição de moral, alegando motivos pelos quais eu não deveria ser bagunçado e manter uma agenda comigo, para que eu não me atrasasse ou esquecesse de algum compromisso.

Cansado de ouví-lo, desliguei o telefone. O coloquei de volta no bolso e massageei as têmporas para me acalmar.

— O que foi? — Jooheon indagou.

— Esqueci que tinha que ir para a firma. Estou acostumado com a vida de ator, já vi que isso não vai dar certo. Changkyun me ligou para dar mil e um motivos para ser mais atento.

Meu amigo segurou o riso.

— De que lado você está afinal? — resmunguei.

Retomamos o passo e caminhamos em silêncio até que o Lee limpou a garganta e questionou:

— Você não vai pra firma?

— Vou.

— Então vá.

— Eu não quero encarar o Changkyun, ainda mais depois de ter desligado na cara dele — bati o pé no chão e mordi o interior da bochecha. Jooheon terminou de beber seu café para jogá-lo em uma lixeira próxima; depois, me fez dar meia-volta, girando-me pelos ombros, e empurrou-me até o ponto de táxi.

— Não é como se você tivesse uma escolha — ele me deu uma piscadela e, com um assobio, chamou a atenção de um taxista que estava estacionado à poucos metros de nós — boa sorte, Kihyun.

— Jooheon, você... — não tive tempo de contestar. O Lee abriu a porta do táxi e me jogou para dentro, para então dizer o destino ao motorista, me deixando completamente boquiaberto.

De fato, para qualquer lado que eu fosse correr, eu estava lascado.

[...]

Changkyun estava de braços cruzados e escorado em sua mesa. O escritório parecia mais silencioso que ontem, me pergunto se era por conta da aura negra que sondava o advogado.

— Eu aceitei te ajudar, não só pelo dinheiro — eles suspirou — mas também porque pensei que fosse ser interessante.

— Desculpe — murmurei. Abaixei o rosto e tornei a encarar meus próprios sapatos.

— Está tudo bem — ele apertou as pontas dos dedos contra os olhos, como se buscasse a paciência remanescente que havia em si — só preste atenção na próxima vez.

— Vou prestar — mordi o lábio inferior.

— Eu queria te levar em um lugar — curioso, ergui o olhar e encarei Changkyun por um minuto inteiro — em uma audiência, Kihyun. Se você vai mesmo adiante com esse caso, precisa saber como se faz.

— Por que você não ensina? — pensei um pouco alto demais — desculpe.

— Você se desculpou duas vezes em menos de um minuto, apenas pare.

— Foi mal.

— "Foi mal" e "desculpe" são sinônimos.

Bufei.

— Changkyun e irritante são sinônimos.

— Silêncio e Kihyun são antônimos.

Parecíamos duas crianças brigando por doce.

— Que horas é a tal audiência? — desconversei. Changkyun arrumou a gravata e, ao abrir a boca para me responder, a porta do escritório foi aberta. Inclinei a cabeça por cima do ombro para ver quem havia entrado sem fazer cerimônias e foi como se meu coração parasse.

— Kihyun, por que está aqui? — Hoseok perguntou.

A LEI DO AMOR「 Changki 」Onde histórias criam vida. Descubra agora