10: Fique comigo, Kihyun

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oioi bebês, mais um capítulo pra vocês 💗
tem muito kiho nesse capítulo 🤭
boa leitura aaa

[ .*+ 🍶 ]

Se chamar Changkyun para jantar conosco foi o primeiro erro que eu havia cometido naquele fim de tarde, certamente beber três copos de soju por pura implicância de Hoseok era o segundo erro. Eu nunca me dei bem com bebidas alcoólicas, pois não me bastava nem um copo inteiro e eu já estava levemente alterado. E, naquele momento, eu sentia que qualquer coisa que saísse da minha boca não seria meu eu consciente que diria.

— E então, como está indo o caso? — Hoseok perguntou.

— Ainda não li. Kihyun precisa aprender algumas coisas antes de partirmos para o caso — disse Changkyun — e ele aprende devagar, tenho que ir com calma — caçoou.

Revirei o olhos e, enraivecido, peguei o garfo para enrolar mais do macarrão e comê-lo. Changkyun riu de mim e suspirou, passando a olhar Hoseok por um minuto inteiro sem dizer absolutamente nada. Diante daquela cena, eu me senti deslocado, então, abaixei o rosto enquanto brincava com meus próprios dedos.

A mão de Hoseok, que antes estava em cima da mesa, segurando seu copo, encontrou seu caminho pela madeira do banco em que estávamos sentados até que pousasse sobre minhas mãos. Atônito, o olhei. Mas ele não me olhava. Ele agora ria com Changkyun de alguma história que havia ouvido do melhor amigo. Em determinado momento da noite, o advogado pediu licença, se levantou da mesa e foi ao banheiro, situado na parte de trás do restaurante.

Hoseok, que ainda tinha sua mão por cima da minha, apoiou a bochecha direita com a mão livre e me olhou, com um semi-sorriso. Engoli em seco ao ter aqueles orbes escuros, que eu evitava olhar pois não sabia o que eles escondiam, me engolindo vivo.

— Kihyun — Hoseok pronunciou meu nome bem baixinho, como se ele fosse um segredo que precisasse ser guardado às sete chaves — você fica fofo quando está meio alterado. Está até vermelho.

Meus olhos dobraram de tamanho e eu engasguei com o ar. Puxei minhas mãos para longe da de Hoseok e me afastei um pouco dele, que riu.

— Você é o único alterado aqui — rebati. Hoseok contorceu os lábios e sorriu — por que você sorri tanto?

— Você já viu alguém não sorrir quando está perto da pessoa que gosta?

Minha boca se entreabriu e eu não conseguia dizer nada. Hoseok simplesmente soltou isso no ar e, no momento em que Changkyun voltou, fez de conta que não havia dito aquilo, me deixando totalmente revirado ao avesso.

[...]

Depois do jantar, Hoseok foi quem se voluntariou para me deixar em casa. Changkyun tinha que voltar para o escritório e, como era o caminho contrário, decidiu pegar um táxi.

O carro imergia em silêncio. Hoseok não dizia nada, sequer me olhava. E eu já estava ficando irritado.

— Encoste o carro — falei, olhando pela janela.

— O que?

— Encoste o carro, Hoseok — repeti. Ele suspirou e fez como pedi. Assim que ele puxou o freio de mão do veículo, tirei meu cinto e, quando abri a porta para ir embora, Hoseok fechou-a.

— Por que está agindo assim? — o Shin questionou.

— Me responda você, Hoseok. Jogou no ar sobre a pessoa que gosta e depois faz de conta que não disse nada.

Hoseok e eu nos encaramos pelo o que se pareceram anos, até que ele umedeceu os lábios, respirou fundo e tirou o cinto que o impedia de chegar até mim. Em um piscar de olhos, sua canhota já acariciava minha nuca e seus lábios estavam rentes aos meus, esperando que eu fizesse ou dissesse algo. Mordi o inferior e o olhei. Não era certo, eu claramente não estava pesando os fatos. Mas uma voz na minha cabeça dizia que eu devia deixá-lo me beijar e me tocar já que há muito tempo eu não sabia como era essa sensação.

Só que eu também sabia que não sentia algo profundo o suficiente para estar com Hoseok. Se eu o beijasse naquele momento, nossa amizade se despedaçaria junto com o coração dele. E Changkyun me pediu para não deixar isso acontecer.

— Eu não posso fazer isso, Hoseok — sussurrei, sem o olhar. Ele franziu o cenho, se afastando um pouco — não quero quebrar seu coração, você não merece isso.

— Por que está dizendo isso? — toquei sua bochecha e suspirei.

— Eu não sei se sinto algo profundo o suficiente para estar com você, Hoseok. Por isso não posso te beijar.

O Shin deu um sorriso de canto.

— Nós, jovens, — ele certamente disse aquilo para me provocar — temos uma terminologia chamada "ficar". E não é preciso gostar profundamente para ficar com alguém — quando sua canhota voltou para minha nuca e me puxou para perto de seu rosto, eu sabia que não conseguiria não ceder à voz, agora rouca, e os toques de Hoseok.

— H-Hoseok... — ele colocou o indicador sobre meus lábios, pedindo por silêncio.

— Pare de me ver como uma criança, Kihyun — com facilidade, Hoseok me ajudou a não esbarrar no painel do carro e me sentou em seu colo. Engoli em seco. Eu já não comandava nada do meu corpo, estava totalmente entregue a Hoseok. Claro que a bebida facilitou o acontecimento — fique comigo, Kihyun — ele sussurrou em meu ouvido e apertou minhas laterais com força, me fazendo arfar.

Se ter chamado Changkyun para jantar havia sido o primeiro erro, beber três copos de soju havia sido o segundo, então ter aceitado os lábios macios de Hoseok contra os meus era o meu terceiro erro.

Mas parte de mim estava gostando daquele erro.

A LEI DO AMOR「 Changki 」Onde histórias criam vida. Descubra agora