13: O incriminado

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oioi amores da minha vida 💗
eu só gostaria de dizer que a fic é slowburn, ou seja, os personagens ainda irão evoluir e ainda tem chão pela frente, okay?

boa leitura, bebês 🥺

[ .*+ 🍶 ]

Eu estava mergulhado em um mar escuro, sendo puxado pelos pés e acorrentado pelas mãos ao ouvir as palavras daqueles dois homens, que se encontravam do outro lado da porta, conversando logo na cena do crime e totalmente sem remorsos. Changkyun tentara me tranquilizar segurando minha mão, enquanto ainda espiava, como se fosse uma criança travessa em busca de um tesouro.

Os dois homens não mais se pronunciaram, apenas deram uma risada abafada antes que eu ouvisse a porta de entrada se fechar. Inspirei e espirei, percebendo que havia prendido a respiração durante aquele momento, cujo pareceu durar milênios.

— Changkyun! — exclamei seu nome assim que ele abriu a porta da dispensa com certa voracidade em direção ao lado de fora da casa, em busca daqueles que entraram — Changkyun, você ficou louco? — murmurei ao que me aproximei de Changkyun, no corredor de entrada — e se eles estivessem armados, você faria o que?

Changkyun mordeu o interior de sua bochecha direita e respirou profundamente, pousando ambas mãos em sua cintura ao me olhar.

— Devia ter gravado, eu não consegui fazer nada — sussurrou, irritadiço, ao fechar a porta e trancá-la.

— Se eles foram audaciosos ao ponto de vir à cena do crime uma vez, certamente virão uma segunda — falei ao colocar as mãos nos bolsos da calça — geralmente, essas pessoas estão mais próximas do que imaginamos.

— Diz isso porque já viu acontecer?

— Tecnicamente, sim — o único lugar que eu havia visto tais coisas eram em séries e filmes, já que nunca trabalhara na área — eu também não pude fazer nada além de ficar com medo — admiti — me desculpe por isso.

Changkyun, diante da minha fala, apenas suspirou.

— Vamos visitar o suspeito do crime e comer depois, o que acha?

Assenti, com os lábios contorcidos, e o segui pela calçada.

Nossos passos, diferente dos demais, eram apressados e silenciosos. Pareciam querer fugir do fardo que o destino insistia em nos fazer carregar. Changkyun ainda estava irritadiço pelo o que aconteceu há pouco, eu conseguia perceber, mesmo que ele estivesse de costas, que seu cenho estava franzido e seus lábios, contorcidos. As mãos nos bolsos da calça social escura deviam estar cerradas, e vez ou outra ele disfarçava passando a mão em seus fios e olhando para o lado.

Apenas cinco degraus de uma larga escada de mármore nos separava do suspeito, que eu preferi chamar, após ouvir aquela conversa, de o incriminado. Changkyun velozmente cortou essa distância e eu o acompanhei. Ao atravessarmos a porta de vidro do presídio, nos deparamos com alguns policiais; uns estavam anotando depoimentos das vítimas, outros haviam acabado de chegar com indivíduos algemado para pô-los em celas, e outros zelavam pela segurança do local.

Bastou que Changkyun mostrasse sua carteira de advogado para que os policiais abrissem um sorriso e permitissem nossa entrada. À priori, aquele que nos guiou até a cela do incriminado, não parou de elogiar o trabalho do Lim, que apenas sorriu em agradecimento.

Passar por todas aquelas celas e ouvir os tilintares das mãos nas grades da cela me deixaram aflito.

— Fiquem nessa sala que eu vou trazê-lo — disse o policial ao abrir a porta de metal para nós. No centro da sala havia uma mesa e duas cadeiras, igualmente de metal, e, do outro lado, um largo retângulo horizontalmente posicionado, para monitorar os atos do detento.

A LEI DO AMOR「 Changki 」Onde histórias criam vida. Descubra agora