Insinuação

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Callie

Para meu espanto, as portas do elevador iam se fechando, a pasta de Arizona se chocou entre elas, dando espaço para que ela entrasse.

Eu fiquei ali estacada de frente para as portas fechadas, esperando conseguir sobreviver aos próximos quarenta e cinco segundos, quando ela se virou de frente para mim.

Eu me recusava a olhar para Arizona, embora pudesse sentir seu olhar intenso sobre o meu rosto.

— Srta. Torres - Calliope. Por favor, olhe para mim. Por favor.

Como eu não fiz nada a não ser continuar a fitar meus próprios pés, vi Arizona estender o braço e apertar duramente o botão de emergência do elevador, largando sua pasta no chão.

— Estou pedindo gentilmente, Calliope. — ela me avisou, indicando que isso poderia mudar se eu não fizesse conforme ela ordenava — Mas, não vou pedir de novo.

Sabendo que isso era bem verdade, ergui a cabeça, levantando o queixo, desafiante.

— Eu não vou fingir ser sua se você vai ficar me tratando como lixo a semana toda.

Ok.

Então, provavelmente, isso foi a coisa errada de se dizer.

Eu poderia chamar Arizona de qualquer nome que pudesse imaginar, de filhinha de mamãe até filha da mãe bastarda, e ela não ia se importar. Mas, não acho que falar para Arizona que eu não era dela foi a ideia mais brilhante que já tive. Especialmente quando eu estava confinada neste ínfimo espaço com ela.

O olhar penitente que havia em seu rosto mudou até que finalmente tudo que eu podia ver era apenas uma máscara inexpressiva. Somente o lampejo predador, remanescente em seus olhos azuis, me dizia no que eu havia me metido.

— Eu queria me desculpar com você, anjo. Queria te fazer se sentir melhor, te mostrar como eu estava arrependida. — Arizona falou de forma amorosa, doce, enquanto se aproximava de mim. Instintivamente, recuei até estar de costas para a parede. Ela parou quando seu corpo estava a centímetros de distância do meu, trazendo seu rosto para baixo, nós duas na mesma altura, olho no olho. — Mas, claramente, você ainda não aprendeu a sua lição. Você. Pertence. À. Mim.

A ponta da língua aparecia entre seus lábios, tamanha era sua antecipação enquanto falava.

— Eu vou te levar para casa e te foder toda. Isso te faz minha. — a mão dela puxou bruscamente meu vestido para cima, até a cintura — Vou te comer toda e tão forte que você vai ficar tremendo por uma semana. Isso te faz minha. — ela encostou todo seu corpo no meu — E, o mais importante de tudo, não vou te deixar gozar até a porra do sol nascer, amanhã de manhã. Porque você é minha pra eu fazer o que quiser.

Ela se pressionou mais contra mim.

— Vamos ter que cuidar disso antes de eu te levar para casa, não é mesmo, anjo?

E assim, rápido, senti seus lábios se grudando nos meus, seus dentes me mordiscando, até que eu automaticamente abri a boca para respirar, totalmente sem fôlego. Arizona se aproveitou dos meus lábios abertos, imediatamente me invadindo com a sua língua que se curvou ao redor da minha. Ela estava me beijando como se quisesse me devorar, se chocando contra a minha boca como se eu fosse uma ferramenta para ser usada à sua vontade.

Eu adorei cada segundo daquilo.

Ainda mais quando as mãos dela deslizaram pelo meu corpo para agarrar meu bumbum, praticamente me levantando do chão com esse movimento. Arizona tomou vantagem desse novo ângulo, dobrando um pouco os joelhos para encaixar seu corpo no meu em mais um empurrão, me "sarrando".

Minha Querida Chefe RobbinsOnde histórias criam vida. Descubra agora