Zona erógena

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Callie

Arizona teve que ir ao banheiro se limpar depois que terminamos a sobremesa, e eu não conseguia me fazer parar de sorrir de satisfação, apesar de ela ter basicamente acabado de dizer que eu estaria comendo na palma da mão dela quando a noite chegasse ao fim.

Quando Arizona sorriu para mim também, eu fechei a cara imediatamente. Aquele sorriso estava lá no rosto dela para me lembrar que eu havia estabelecido um desafio sexual que ela tinha total intenção de vencer.

Bem, eu não ia cair de joelhos sem uma boa briga. Trocadilho intencional.

No instante em que ela desapareceu pela porta do banheiro feminino, eu corri feito doida nos meus saltos para o pequeno banheiro no fim do restaurante, mais especificamente, para o fraldário. Sinceramente, como eu fui parar lá eu não sei. Havia uma moça de mais idade lá, trocando um nenê, que me olhou estranhando o porquê de eu estar lá sem um nenê e me deu um boa noite meio arrogante.

— E não é que é mesmo? — eu respondi, deixando a mulher em choque enquanto rebolava para sair das minhas meias-finas bem lá na frente dela. Assim que me vi livre das meias, e da moça escandalizada que deixou o fraldário com uma expressão perplexa, removi minhas calcinhas e vesti novamente as meias. Vamos ver quem ia ficar de olhos arregalados quando Arizona descobrir o que está faltando por aqui.

Tentei não ficar analisando demais o fato de que eu nutria expectativas com relação a Arizona colocar os olhos debaixo da minha saia hoje, ou na questão dela perceber que eu ainda era virgem, ou no motivo pelo qual ela realmente me ignorou há duas semanas atrás, ou o que aconteceria se ela descobrisse que eu estava seduzindo-a de caso pensado. Eu não tinha respostas para os meus muitos "e se?", então afastei todos esses pensamentos da minha mente.

Dei uma olhada rápida no espelho enquanto descartava minha calcinha no cesto do lixo, e aproveitei para agitar um pouco o meu cabelo e dar aos fios aquele visual que o momento pedia.

Quando Arizona saiu do banheiro feminino, eu estava encostada num pilar no foyer de forma provocadora, com os quadris e peitos empinados, provavelmente me fazendo parecer uma prostituta que cobra por hora.

Bem, se esse era o caso, a expressão nos olhos de Arizona — quando ela se aproximou de mim e deslizou uma mão pelas minhas costas e posicionou o braço ao redor da minha cintura — dizia que ela não somente me contrataria pela próxima hora, mas também que acabaríamos sobre um piano ao melhor estilo de Uma Linda Mulher.

O dedão de Arizona ficou desenhando círculos no meu quadril, enquanto o restante de seus dedos estavam bem esticados a ponto de quase atingir o centro entre as minhas pernas na frente do meu corpo. Pelo jeito ela estava pronta para assumir o controle, porque eu jamais havia sido abraçada de forme tão possessiva em público antes.

Arizona me puxou contra si enquanto esperávamos o manobrista trazer a Range Rover, e com uma mão impetuosa, ela inclinou meu pescoço para que pudesse devorá-lo com a sua boca.

— Está tudo bem, amor? — ela perguntou, intercalando lambidas, tipo, lambendo mesmo o meu pescoço. — Você parece um pouco corada.

— Estou bem. — sua babaca. Ela sabia exatamente o que fazia comigo. Arizona inesperadamente puxou meu cabelo para o lado, sobre um ombro, para que a ponta de seus dedos pudesse massagear minha nuca. Mordi meus lábios, selando-os com força, para que eu não começasse a babar nos meus próprios sapatos.

Minha Querida Chefe RobbinsOnde histórias criam vida. Descubra agora