Sucesso?

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Callie

"Arizona, Arizona, Arizona, Arizona."

"Com licença Arizona, você tem uma ligação na linha um."

"Eu só vou dar uma saída para almoçar, Arizona."

Enquanto chegávamos ao trabalho, eu fiquei cantarolando frases banais na minha cabeça, tirando o "Srta. Robbins" delas e substituindo por Arizona.

Era tão incrivelmente libertador poder chamá-la pelo primeiro nome dentro e fora da minha mente, que eu não conseguia parar de repetir, uma vez atrás da outra, até que finalmente a palavra perdeu o significado.

Certo, eu admito.

Isso é mentira.

O que eu realmente estava tentando fazer era desesperadamente impedir a mim mesma de olhar e verificar se ela permanecia fisicamente excitada.

E o que eu realmente não conseguia parar de repetir na minha mente era: eu excitei Arizona, eu excitei Arizona.

Ela não olhou para mim até que o carro estivesse estacionado na garagem da empresa. Quando desligou o motor, Arizona virou-se sobre seu assento e eu pude sentir seu olhar penetrante sobre o meu rosto. Eu não correspondi o olhar, simplesmente porque se eu me virasse não era para o rosto dela que eu olharia.

Eu a ouvi suspirar no que parecia ser um resfôlego decepcionado, e em seguida falou suavemente:

— Eu sinto muito por antes, eu pensei... Bem, eu senti que...

Merda, ela pensou que eu me arrependi de flertar com ela. Apressando-me para corrigir o mal entendido, libertei o meu mastigado lábio inferior dos meus dentes, e me virei para Arizona com o cenho franzido em uma expressão confusa.

— Antes? — perguntei numa voz inocente, certificando-me que meus olhos acompanhavam o meu tom de voz.

Arizona franziu a testa, e nós éramos duas estúpidas pervertidas franzindo uma para a outra dentro de uma Ranger Rover.

— Na garagem... quando eu... — ela deixou a frase no ar, ainda sem perceber que eu estava brincando com ela.

Eu ajustei minha pasta e o café numa mão, abri minha porta com a outra, e coloquei um pé para fora do carro. Quando já estava me erguendo, me virei novamente para Arizona, e o olhar inocente foi substituído pela melhor cara de me-seduz-por-favor que eu podia fazer.

— Não se preocupe, Arizona. Eu não senti nada. Talvez seja tudo coisa da sua cabeça.

Eu só tive tempo de vê-la se inclinando para mim, enquanto seus olhos escureciam, antes que eu pudesse fechar a porta na cara dela. Obviamente, eu havia feito o perfil da minha chefe de forma excelente, porque aquele pequeno gracejo sexual havia enervado a Arizona da vida real tanto quanto aquela dos meus sonhos.

Não dei três passos para longe do carro antes de ouvir a porta dela bater e seus passos rápidos atrás de mim no concreto. Agilmente, ela logo estava ao meu lado, com a sua mão posicionada nas minhas costas, guiando-me até o elevador.

— Você não sentiu nada, é? — ela ponderou delicadamente, enquanto eu comparava essa Arizona com a Arizona de três semanas atrás. Três, o inferno! De uma semana atrás, que jamais, nunca tinha andado tão perto de mim a ponto de eu sentir todo o calor do corpo dela se impregnando no meu vestido.

— Não. — falei descontraída.

A mão dela que estava nas minhas costas serpenteou por ela até pousar possessivamente na lateral do meu quadril, formando uma curva com o braço atrás de mim. Ela se inclinou e sussurrou em seguida no meu ouvido.

Minha Querida Chefe RobbinsOnde histórias criam vida. Descubra agora