Uma Amante Inesquecível II (EM REVISÃO)

Capítulo vinte e cinco - Filhinho.

Maria Luzia

O amor de uma bastarda, fez o meu marido sair de casa em busca de uma amante. Uma mulher que compartilhou momentos comigo, em uma certa época da minha miserável vida. É difícil ser traída, a gente não consegue mais confiar, mas eu não consigo deixar de amar o Benjamin. Eu o amo tanto, mais tanto, que sou capaz de matar e me suicidar por ele.

As palavras bonitas que escutei quando namorávamos, ainda está fresca na minha mente. Benjamin era tão carinhoso, ciumento e atencioso. Passeávamos para todos os lugares, até porque dinheiro nunca foi o nosso problema.

Depois de um ano de casados, ele foi se tornando um homem frio a ponto de chegar a me trair com uma antiga amiga. O carinho acabou. O ciúme diminui. Benjamin deixou de me dá atenção.

Eu sei que se eu quiser conquistar o que é meu, eu tenho que ir atrás, e fazer meu marido lembrar quem é a legítima mulher dele, que sou eu. Unicamente eu e mais ninguém.

Observo Ian brincar sozinho perto da lareira, ele está arrastando dois carrinhos no chão. Aproximo-me calmamente e sento no sofá. Abro e fecho as mãos sentindo o suor sair frio dos meus poros, a respiração está ofegante.

— Meu amor! — Chamo atenção de Ian.

— Oi mamãe.

Forço um sorriso no rosto.

— Vem cá! — Bato no sofá. — Senta aqui com a mamãe.

Ian deixa os carrinhos no chão e senta ao meu lado.

— Conta para mamãe, onde a sua irmãzinha Valentina estuda.

— Valentina está na escolinha Menino Feliz.

— Menino Feliz?

— Uhum. — Ele balança a cabeça indicando que sim.

Escuto um barulho. Levanto a cabeça e me deparo com Rosa no canto da porta me olhando assustada. Ian se levanta e sobe as escadas em direção aos quartos.

— Ela vai me pagar, Rosa. A desgraçada da mãe, e a bastarda da filha.

Rosa está visivelmente desconfortável, a mesma se aproxima de mim e senta calmamente no sofá.

— Maria Luiza, você não tem mais acionistas na empresa. Para falar a verdade, a sua empresa está à beira da falência. Resta apenas dois milhões nos cofres da empresa. Você fundou uma empresa que ganhava um milhão por dia, e agora não ganha nem cinco mil por hora.

Gargalhadas histerias saem dos meus lábios, jogo-me para trás no sofá e passo a mão na cabeça ainda rindo.