Capítulo trinta - Hora de festejar.

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Catarina

Como dizia Ariano Suassuna: O Otimista é um tolo, O pessimista, um chato. Bom mesmo é ser um realista esperançoso. A cada dia que passa, estou vivendo um sonho maravilhoso, quem diria que um dia minha família estaria toda reunida? Amo Valentina. Amo Benjamin. Amo a força que somos juntos e a conexão que temos. Amo também o Ian, que agora se tornou mais que um irmão de Valentina, se tornou meu filho.

Muitas coisas boas estão florescendo e trazendo bons frutos, exemplo disso, é Fernanda. Ela teve o pequeno Gustavo, é um menino lindo e animado, ao contrário do Ricardo, ele é cheio de energia, e olha que nem tem um mês ainda. Fê também está morando com Alex, se diz muito feliz e que está vivendo uma vida que nunca imaginou, ela disse que é muito perfeito para ser verdade. Minha amiga merece as coisas boas que está vivendo, ela merece ser feliz e ganhar o mundo com seu talento por fotografia.

Sobre Maria Luiza, é difícil falar sobre ela. Meu coração ainda está com uma ferida aberta pelo ato inconsequente dela, mesmo que o seu pedido de desculpas através de uma carta pareça ser sincero. Eu nunca teria coragem de sequestrar ou fazer quaisquer que seja o mal, para uma criança. Malu enlouqueceu, não sei se por causa de poder ou amor. Ela perdeu todo o dinheiro, está falida, Benjamin por sua vez, retirou toda sua parte da empresa que tinha em conjunto com Maria Luiza e investiu em uma nova, que está dando muito certo.

Ninguém nunca mais ouviu falar de Rosa, apenas que ela deixou o açougueiro de vez e não apareceu mais. Benjamin disse que Rosa roubou mais da metade do dinheiro, que correspondia a parte de Maria Luiza na empresa. O resto do dinheiro que sobrou da Malu, está sendo investido nos cuidados que ela está recebendo no hospício ao qual se encontra internada.

Paulo permanece morando ao lado da minha casa, todas as vezes que me ver, ele sorrir, as vezes prefiro fingir que nem vejo, principalmente quando estou com Benjamin. Não vou mentir, Paulo me desperta algo que não consigo entender ao certo, mas que prefiro omitir para não influenciar no meu relacionamento, até porque, sei bem que meu querido vizinho quer. Tenho certeza que se eu tivesse aceitado jantar com ele, na noite a qual optei por me encontrar com Benjamin, eu não estaria vivendo esse momento que para mim, é o melhor da minha vida. Paulo merece uma pessoa boa, que o faça feliz, pois ele é uma pessoa maravilhosa e encantadora.

Hoje o dia é de festa, pois há cinco anos atrás tive o maior presente da minha vida, Valentina. Para comemorar este dia, convidei amigos e familiares para uma grande festa para minha filha linda e maravilhosa, a razão do meu viver.

Chamo todos para cantar os parabéns para minha pequena, na hora que pego a câmara digital na mesa da sala de estar, ouso a campainha tocar. Olho para todos os convidados presentes no intuito de identificar quem está faltando, mas todos que confirmaram estão aqui. Então, viro-me e caminho até a porta, assim que abro, lagrimas escorrem pelos meus olhos quando o vejo parado na minha frente, meu pai. Está com uma camiseta da de manga simples, uma calça jeans e um chapéu de couro. Há cinco anos trás, foi a última vez que ouvi sua voz, quando ele disse que não me considerava mais como filho. Eu deveria sentir desprezo por ele ou quem sabe raiva, mas mesmo que ele fale as mesmas palavras de novo, eu só quero ouvi-lo e abraça-lo novamente, mesmo que meu pai venha a me ignorar de novo.

— Pai! — Digo.

— Eu precisava te ver.

— Mas você disse que... — Sou interrompida por um abraço aquecido de amor. Já não existe mais rancor sobre meus erros no peito do meu pai, sinto a sua saudade de encontro a minha — Como é bom ter você de volta, pai. — Sussurro.

— Eu digo a mesma coisa, minha menina.

Meus olhos voltam a ficar marejados ao lembrar a última vez que meu pai me chamou de minha menina. Foi quando eu sai de casa para vir para o Rio de Janeiro, ele me abraçou e beijou minha cabeça dizendo "minha menina", nunca vou esquecer daquele momento, foi um dos mais emocionantes da minha vida.
Meu pai abre os braços liberando-me de um longo abraço.

Uma Amante Inesquecível II (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora