VI - sex

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   errare humanum est

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Harry

Os feixes de luz que transpassam pelas cortinas acordam Harry. O cacheado não era alguém que dormia bem com a claridade e nem com todo analgésico do mundo o menino deixaria de se incomodar com os raios solares fracos brincando exatamente sob seus olhos por causa da cortina mal posicionada na janela. Como solução ele tenta virar o corpo e voltar a dormir, mas além do seu cotovelo protestar em dor naquela posição, o sono aparentemente foi assustado pela luz.

Harry sabe que está no próprio quarto dessa vez, o produto que ele usa para limpar o local tem o cheiro bem característico, o qual gosta de dizer que cheira a "vento fresco", está por todo o lado.

O calor do corpo de Sven em suas costas é algo raro, ela só deita em sua cama em noites de tempestade ou se sentir que tem algo errado com o garoto. Contrário de Snowball que está presente em sua cama sempre que ele está nela. Ou no sofá. Ou na cadeira. Ou seja, qualquer lugar que pareça confortável e tenha um corpo humano.

As lembranças após o hospital não passam de flashes, uma sequência de imagens recortadas e coladas juntas. Na bagunça de sua mente dopada, ele lembra vagamente de navegar entre estar consciente e apagado durante todo caminho até em casa, então a próxima coisa que tem ciência é os azulejos azuis do banheiro, a água descendo pelo seu cabelo e corpo enquanto o cacheado evitava olhar para baixo e ver o sangue de Louis ser lavado dele, em seguida ele está aninhado na cama, nem mesmo lembra-se de ter comido algo ou sequer ter secado o cabelo.

Em um ato impensado, Harry procura o celular na mesa de cabeceira ao seu lado. Só quando se depara com o local, que sempre o deixava, vazio, a lembrança que não o possui mais um o atinge. O cacheado solta o ar de seus pulmões em um suspiro, pensando no gasto que terá com isso.

Passa a mão no rosto e levanta da cama, assustando Sven no processo. Já de pé, caminha até o interruptor para ligar a luz, sentindo que seus braços pesam toneladas e o cotovelo que usou para quebrar a janela se mostra mais dolorido a cada movimento. A lâmpada pisca acesa, inundando o quarto com a claridade, o que é suficiente para fazer Greeny gritar animado.

No canto, perto da janela, Harry montou um viveiro para o pássaro. E com viveiro, ele quer dizer que plantou uma árvore dentro do próprio quarto. Na época ele estava procurando formas de deixar o animal mais confortável, então quando a ideia surgiu o cacheado correu atrás para pôr em prática.

Com algumas pesquisas encontrou uma espécie de árvore que não crescia muito, e com a garantia do vendedor, que até agora aparentava ser verídica tendo em vista que as raízes não forçaram a estrutura de cimento que construiu para manter a terra no lugar, ele plantou a planta. O canto foi decorado com grama na parte de cima e Harry até tentou plantar algumas flores, mas Sven sempre comia todas. Os galhos da árvore eram podados frequentemente e havia vários acessórios por eles para Greeny brincar. Portanto, no geral, Harry estava satisfeito com a sua obra.

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