sapientia timoribus de mea
Harry
Quando alcança a localização exata e estaciona em frente a uma das casas de tijolos vermelhos, Harry sente o corpo inteiro reclamar pelas horas sentado, principalmente por ter passado todo caminho tenso da cabeça aos pés, sem mencionar a dor no peito pela freada brusca.
A madrugada tinha cedido espaço para o sol fraco da manhã já fazia um tempo, nesse período a única companhia que teve além dos próprios pensamento foi o curto intervalo que Snowball acordou, mas já se encontra dormindo em seu moletom uma vez que não fazia parte da rotina dela estar desperta tão cedo.
O tempo sozinho o fez bem no entanto, ele realmente precisava de um momento para absorver tudo e esclarecer as coisas. Louis está passando por algo o qual não faz ideia de sua magnitude, então a última coisa que gostaria é causar ainda mais problema para a cota de coisas que o outro tem que lidar.
Tirando o cinto, os olhos verdes escorregam para a figura de Louis dormindo pacificamente no banco ao lado. O cabelo liso está bagunçados contra a testa dele, os lábios vermelhos levemente abertos e a expressão abatida parecendo uma sombra distante. Chega até ser um crime pensar em acordá-lo
Sem se conter, Harry leva as pontas dos dedos para os fios desordenados, os afastando um pouco antes de descer os dedos pela lateral do rosto dele. O ato o faz se mexer um pouco e franzir o nariz, o que faz o de cachos se inclinar e deixar um beijo na bochecha dele.
— É impressão minha ou tudo o que eu faço nos últimos dias quando estamos sozinhos é dormir? – A voz grave pelo sono soa em seu ouvido e o mais novo se afasta com um sorriso pelo humor natural de Louis ter voltado.
— Talvez eu tenha trocado meu perfume por sonífero. – Harry sugere divertido, sem parar com carinho que seus dedos fazem no cabelo liso.
— Desculpa. – Pede ele, a expressão cansada voltando aos poucos.
— Tudo bem, não é sua obrigação estar bem o tempo todo. – O menor dispensa com um sorriso e para com o toque no mais velho. — Você está entregue, aliás, e a melhor parte é que eu consegui trazer nós dois vivos.
As palavras parecem trazer Louis para a realidade, os olhos azuis correndo pela paisagem antes de soltar uma respiração pesada ao reconhecer o lugar. Por um momento, Harry abandona a visão para pegar a mochila no banco de trás e trazer ao colo com o pensamento que seria uma boa encontrar um hotel para conseguir tomar um banho e dormir um pouco antes de arrumar um jeito de voltar para Londres.
— É uma cidade bonita. – O de cachos comenta ao notar que o mais velho continua com olhos na rua. Ainda é muito cedo e por ser domingo de manhã as ruas estão tranquilas e sem muitos andarilhos. — Uma mistura nostálgica de anos 50 com modernidade.
— Apenas você para ver beleza em tudo. – Os olhos azuis voltam para si, só então notando a mochila sobre seu colo. — Pega o carro e volta pra Londres, os horários de trem e metrô são específicos e não deve ter muitos em um domingo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Sui Generis
Fanfiction"Os crentes do efêmero dizem que tudo muda, que nada é para sempre. Mas se a mudança é algo constante então o efêmero é uma contradição por si só? " Esse é um dos milhões dos questionamentos de Harry. Um garoto que provou desde cedo a instabilidade...