XIV - quattuordecim

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         brutum fulmen

         brutum fulmen

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Harry

Nenhuma maneira que tentou arrumar seu cabelo pareceu agradá-lo. Os cachos nas pontas já se encontravam se desmanchando do tanto que mexeu de um lado para o outro em busca de algo que o contentasse, até mesmo chegou a fazer tranças, porém nada pareceu ser bom o suficiente.

Com um suspiro cansado, desiste de qualquer penteado e decide por deixar o cabelo solto. No entanto, por precaução, deixa um elástico no pulso pois sabe que as chances dos fios se tornarem uma bagunça quando secarem totalmente são enormes.

Com uma última conferida no espelho, Harry deixa o banheiro para se deparar com Niall ainda na mesma posição sobre sua cama, tão à vontade quanto se fosse na dele própria. Pascal passeia sobre o estômago do loiro, a cor azul clara indicando o estado relaxado do animal, enquanto tenta se agarrar nas tiras soltas de algumas pulseiras que o amigo tem no braço.

— Estava esperando uma escultura com o seu cabelo pelo tempo que demorou. – Niall resmunga ao que o percebe no ambiente, tirando os olhos do celular para analisá-lo.

Harry encolhe os ombros, caminhando até a cadeira da sua escrivaninha para pegar o moletom que tinha deixado lá, antes de retrucar com um bico nos lábios: — Meu cabelo decidiu não colaborar hoje...

— Falando nisso... você não me disse como foi seu encontro ontem com o senhor Tomlinson. – O loiro comenta com um sorriso provocativo, deixando o celular de canto antes de realocar Pascal para cama e deitar de lado para poder observar com atenção o cacheado.

— O que uma coisa tem a ver com a outra? – Rebate com um suspiro enquanto confere todos os ângulos de sua aparência no espelho de corpo inteiro, passando as mãos vez ou outra a fim de desamassar a estampa de "Givenchy" do tecido.

— É meio óbvio que você só está tão preocupado com a sua aparência porque ele estará lá.

O cacheado revira os olhos, o lançando um olhar por cima do ombro antes de dar alguns passos e se abaixar para pegar o par de all star preto jogado aos pés da cadeira.

— Isso não tem nem lógica, Ni. Eu o conheço tem um tempo, ele provavelmente já me viu com todo o meu guarda-roupa. – Murmura segundos depois, se sentando para facilitar o trabalho de calçar o tênis.

— Antes você não estava apaixonado. – O amigo pontua divertido, mas o de cachos não perde um instante antes de girar um pouco a cadeira para o mandar um olhar cortante, para o qual o loiro rapidamente levanta as mãos em rendição. — Não precisa me olhar como se quisesse minha decapitação, por ora eu vou esquecer esse assunto. – Dá uma pausa, alongando a vogal da palavra ao que continua: — Mas você ainda não me respondeu sobre ontem.

— Foi normal. – Harry retruca baixo sentindo o rosto esquentar, embora abaixe a cabeça para se concentrar em amarrar o cadarço em uma desesperada tentativa para que o outro não note.

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