Capítulo 3 - O Meu Próprio Castigo

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   No caminho para a escola deixei de pensar e guardar cada nome de loja ou rua, estava mais concentrada em não ser descoberta como Amanda foi, mas havia uma diferença muito nítida

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   No caminho para a escola deixei de pensar e guardar cada nome de loja ou rua, estava mais concentrada em não ser descoberta como Amanda foi, mas havia uma diferença muito nítida. Não havia rapaz nenhum que tirasse minha atenção nesse momento. E confirmei isso quando estacionei o carro no estacionamento vazio. Estava cedo para ter algum aluno e o estacionamento era quase deserto.

   Na entrada do colégio tinha uma grande estátua em homenagem ao fundador dele. Era uma escola grande e bonita, parecia moderna até. Com os armários bem pintados, o piso bem lustrado e as várias escadas.

   Encontrei a secretaria depois de dar no mínimo cinco voltas pelos mesmos corredores, mas o lugar estava completamente silencioso e havia apenas uma mulher de cabelos vermelhos mexendo em um computador antigo. O que destruiu minha impressão de que era uma escola moderna.

     — Com licença. — Falei, chamando sua atenção. Ela levantou seus olhos castanhos para mim — Eu vim fazer matriculas.

     — Tudo bem — Ela pegou os documentos que estavam na minha mão e começou a digitar e escrever em outros papéis, tudo simultaneamente.

   Eu estava tão concentrada em observar os movimentos da mulher que quando a porta se abriu eu saltei, voltando meus olhos para o garoto que entrava na sala.

     — Mily, pediram para pegar um exemplar, mas não está na biblioteca... — Ele parou de falar, vendo-me pela primeira vez — Desculpe, não sabia que estava ocupada.

     — Vai demorar um pouquinho querido, já te atendo — Mily, a secretaria, falou sem tirar os olhos do seu trabalho.

     — Sem problemas, eu espero — Ele sentou nas cadeiras pretas do lugar e voltou seus olhos para mim — Então, quer dizer que vai ser a novata?

     — Sim, eu me chamo Atelina Piierce — Estendi minha mão na sua direção.

   Ele sorriu, seu rosto gentil.

     — Prazer, sou Nathan Green.

   Ele apertou minha mão e eu tentei disfarçar a surpresa, fingindo um sorriso amarelo.

   Só podia ser ele. Os olhos claros e o cabelo loiro só podiam significar que ele era sim, o irmão de Dabria que recebeu o nome do meu irmão. Quando um nasceu o outro automaticamente morreu.

     — Você é o irmão da Dabria? — Perguntei, para confirmar. Ele concordou — Sabe de onde veio o seu nome?

     — Não, perguntei para minha irmã uma vez, mas ela não me falou porque diz ela que não gosta de relembrar dessas coisa. Isso me fez pensar muito se a pessoa de quem o meu nome veio era uma pessoa boa — Ele parou um pouco e continuou percebendo algo — Você é amiga dela? Da minha irmã? — Ele perguntou.

   Concordei, balançando lentamente a cabeça.

     — Eu não sabia que você já era praticamente um homem — Falei, sorrindo sem jeito.

As 12 Chaves 1: O Retorno (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora