Atelina evitou por anos voltar à sua cidade natal, mas graças a irmã casula que foi presa por infligir as leis das constituições na comunidade de Anjos Terrestres e Vampiros, ela é obrigada a permanecer na cidade por meses. A cidade para ela é o cen...
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Abri meus olhos repentinamente com a sensação de medo crescendo no peito. Minha boca gritava por causa de toda a dor que eu tinha sentido e eu me perguntava com medo da resposta o que de tudo aquilo foi verdade. E como isso foi acontecer?
Eu não sabia nem ao certo a última coisa que era realmente verdade. Talvez o beijo, mas eu não sabia dizer com certeza. Olhei ao redor, eu me encontrava no meu quarto, coberta pelos meus edredons que emanavam um calor que me lembravam do fogo agressivo pelo qual meu corpo foi consumido. Eu o afastei na primeira oportunidade.
— Calma — Ouvi aquela voz e procurei pelo dono. Daimen estava ao meu lado e se aproximou quando comecei a chorar, ele me abraçou e deixou minha cabeça descansar no seu peito — Calma, você está bem.
— O-o que... houve? Co-como... isso aconteceu? — Consegui perguntar com a voz trêmula e gaguejando.
— Eu contarei tudo, mas antes se acalma — Ele olhou para mim com empatia e beijou minha testa com carinho, exatamente como no sonho enquanto acariciava meu cabelo solto com os cachos caiando sobre meus ombros.
Olhei para o relógio no criado-mudo, eram sete e vinte, mas o céu lá fora ainda estava escuro, não havia vestígios de que o sol estava para nascer. Mesmo assim eu preferia confiar no meu relógio. Afastei-me de Daimen para poder respirar melhor, não que ele me atrapalhasse, porém ele estava lá comigo. Não sabia que lugar era aquele, mas ele estava comigo, eu salvei ele daqueles homens e ainda me deixei ser levada pelo desejo que eu não sabia que tinha por ele.
Encarei fixamente seu rosto que olhava gentilmente de volta, seus olhos buscavam os meus e eu não me permiti olhar de volta. Eu só queria respostas. Senti seus olhos queimarem meu corpo buscando aquilo que queriam, isso não me alegrava muito, porque a sensação podia ser boa, mas lembrava o fogo que corroeu meu corpo antes de eu abrir meus olhos por completo.
— Eu preciso levantar — Minha voz estava nervosa.
Daimen se levantou, caminhando na direção da janela e ficando longe de mim me dando todo o espaço que eu precisava. Tentei esconder meu descontentamento, mas ele não veria do mesmo jeito. Quando me aproximei para ver onde olhava, ele se virou e eu ouvi o barulho de uma porta sendo aberta.
— Eu não posso ficar, mas eu volto quando suas amigas saírem, então me espera não saia de casa antes que eu explique, tudo bem? — Ele estava desesperado para me explicar.
— Sim, mas... — Fui interrompida por alguém que tinha batido na porta.
Allyson entrou no meu quarto com o rosto cheio de esperanças e iluminado quando me virei.
— Oi, bom dia! — Cumprimentei.
Não deu muito tempo para perguntar sobre seu olhar, porque ela avançou na minha direção e me abraçou bem apertado como se ela não tivesse me visto há dias. Senti quando lágrimas caíram de seus olhos e molharam meu ombro e ouvi quando seus soluços abafados contra o meu cabelo começaram.