Atelina evitou por anos voltar à sua cidade natal, mas graças a irmã casula que foi presa por infligir as leis das constituições na comunidade de Anjos Terrestres e Vampiros, ela é obrigada a permanecer na cidade por meses. A cidade para ela é o cen...
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Abri meus olhos lentamente e com cuidado. Entretanto, mesmo assim eles arderam por causa da claridade da sala onde eu estava. Não era aminha casa, disso eu sabia e não demorei para saber que estava no hospital, porque eu vestia uma camisola super larga e todas as paredes e objetos ao meu redor eram brancos, cinzas ou azuis. Era uma sala muito estéril.
Pisquei várias vezes, tentando fazer meus olhos se acostumarem com a sala antes de me lembrar da cena que Dabria tinha presenciado, todo aquele sangue saindo de mim, as dores e não consegui evitar pensar em Peyton e no que ele estava se metendo novamente.
— Onde estão todos? — Perguntei para mim mesma.
— Eu pedi para que fossem descansar na cantina enquanto tirava mais uma amostra do seu sangue — Uma enfermeira que vestia uma roupa azul claro, que eu não tinha notado sua presença ao meu lado, respondeu — Você foi trazida por uma garota loira.
— Dabria — Murmurei.
— É engraçado como tivemos duas entradas no mesmo instante de pessoas cuspindo sangue — Ela comentou e eu não pude não lançar um olhar de reprovação — Bom, você pelo menos está melhor que o outro cara.
Ela terminou de mexer nas agulhas e balançando o seu rabo de cavalo castanho se colocou ao pé da cama, agarrando um diário que sugeri ser o prontuário.
Suas palavras grosseiras me deixaram pensando no outro garoto, ele tinha entrado com os mesmos sintomas que os meus...
— Ei, qual é o nome do garoto? — Perguntei. Seus olhos ficaram confusos — O que entrou junto comigo.
— Pe... alguma coisa — Ela respondeu, olhando para cima como se a resposta que procurasse estivesse lá — Ele é tão bonito, pena que está morrendo.
— O que? — Minha boca se escancarou junto com meus olhos que quase saíram das orbitas — O Peyton está morrendo!?
— Sim! — Ela exclamou, feliz — É esse o nome... desculpa não sabia que você o conhecia — Ela disse, encolhendo os ombros de vergonha.
— Tudo bem, eu só preciso — Tentei levantar, mas ela já estava me segurando contra o colchão.
— Nada disso, você precisa descansar — Ela falou, sendo formal — Deixarei ver seus amigos agora.
Ela saiu e sem demorar um segundo sequer a sala ficou um pouco mais cheia que antes com a presença dos meus amigos. Allyson não estava entre eles.
Luke foi o primeiro a me abraçar sem medo e bem carinhoso, seus olhos estavam fundos, ele com certeza estava com Peyton. Eles moravam juntos e deveria estar mais preocupado que eu. Afastei seu corpo do meu e percebi que ele tinha chorado, não saberia lidar se perdesse duas pessoas importantes no mesmo dia.