Atelina evitou por anos voltar à sua cidade natal, mas graças a irmã casula que foi presa por infligir as leis das constituições na comunidade de Anjos Terrestres e Vampiros, ela é obrigada a permanecer na cidade por meses. A cidade para ela é o cen...
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Ouvi sua respiração ficar pesada minutos antes de ela abrir as asas mais lindas que eu já vi na minha vida, nem as que meu irmão tinha eram tão belas. Mas eu também não tinha visto muitas. Com um toque prateado as asas de Deb eram negras como uma noite sem estrelas, elas faziam uma curva na parte de cima que a tornava longas, as penas bem alinhas pareciam emanar um brilho, não muito forte que cegasse e nem tão escuro que parecesse as trevas. Era algo mais suave.
— Sr. Hannigan, qual será o castigo da sta. Green? — O homem ao lado de Keilan perguntou, com olhos inexpressíveis.
— Ela não terá um castigo. Dabria Green, você não terá acusação nenhuma, não pediu e nem coagiu ninguém a transformar você e eu entendo sua situação — Keilan dizia, sua voz um pouco rouca pelo uso excessivo — E esqueça o que Clayton disse, você continua sendo apenas uma anja terrestre, não faz parte de dois conselhos, entendido?
— Você vai deixar ela ir assim, sem um castigo básico? — Clayton perguntou, indignado.
— Antes dela ser uma vampira, Dabria Green é uma anja terrestre que sofreu uma tentativa de assassinato por um dos seus — Keilan se virou na direção de Clayton com seriedade nos olhos — Então pare de se meter nas minhas decisões e vá aprender a cuidar do seu povo!
Dabria guardou as asas no meio da discussão e voltou para a cadeira ao meu lado, mas ninguém queria perder a atitude que Clayton tomaria diante a afronta, pois ambos se olhavam de maneira muito ameaçadora.
Mesmo assim nada realmente aconteceu, Clayton respirou fundo e voltou a olhar para frente e com o mesmo sinal pediu que continuasse a chamar os nomes dos próximos. Eu nunca o vi baixar o rabo para outra pessoa, mas entendia o motivo de baixar para Keilan. O anjo era forte, mesmo sendo velho e o seu único ponto fraco era sua filha, depois que perdera a esposa para uma mordida de demônio o mesmo se tornou frio com as pessoas, porém nunca deixou de ser justo.
Quando o tédio, das próximas acusações me levaram a quase dormir sentada e não prestar atenção em nada, lembrei que precisava ligar para alguém. Na verdade, para duas pessoas, uma que deveria estar preocupada comigo e outra que me deixava preocupada. Ainda precisava ter certeza de onde Peyton estava. Eu não acreditava muito em maus pressentimentos, mas Deb estava com um ainda cedo e nada aconteceu com ela, talvez acontecesse com outra pessoa, pensei.
— Piierce — Um outro homem chamou.
Caminhei a passos lentos que tiravam a vontade de qualquer pessoa de ficar esperando. Era a intenção, sabia o que eles me perguntariam e também sabia o que eu responderia. Iria me fazer de mosca morta e até mesmo as outras pessoas perderiam o interesse em me ver sendo julgada. Sentei na cadeira na qual todos se sentaram e esperei.
— Srta. Atelina Piierce — Clayton disse, saboreando cada letra do meu nome — Você tem conhecimento da outra metade que há em você?